Cuidado fique esperto seu filho pode não estar na escola
Querido amigos poetas e poetizas,quero postar pra vocês um livro que foi feito pelos alunos vencendo etapas-eja noturno do 9° ano a qual todos são meus amigos de sala de aula é um livro vivo que os personagens são os alunos ,eu não estou nesse livro eu estava muito depressiva e não consegui contar minha história, vocês não imagina o que as pessoas mais simples são capazes de fazer ficou muito legal.
Essa história é da menina Joyce de 17 anos que estudava a noite comigo.
O livro tem o titulo Retalhos Vidas... Amores e Paixão
Eu não sei como colocar vou colocar como biografia.
Vinte de fevereiro de 2008 foi quando mudei de bairro e de escola.Fui estudar numa escola chamada CAIC. Entrei em uma turma 6°V 4. Tudo ia bem exceto pelo fato de que por ser quietinha eu não tinha muita "moral" com a sala. Três meses depois de começar a estudar, entrou na sala uma aluna que veio do Rio de Janeiro. Como não a achei má pessoa tornei- me amiga dela, pois ela era parecida comigo, não fisicamente, mas quietinha. Enganei- me. Com o passar do tempo ela tornou- se mais abusada. Fazia bagunça, arrumava confusão. Eu não tinha coragem de acabar com a amizade e logo me enturmei.
Descobrimos um lugar perto da escola onde há uma lagoa, eu ela e dois colegas fomos lá pela primeira vez. Tínhamos de passar passar por uma linha de trem, era deserto, sentimos medo. Mas depois foi divertido e passamos a ir lá diariamente. Até que nossos responsáveis descobriram, nos proibiram de ir lá.
Jurei obedecer, terminei a amizade, a colega foi embora de volta pro Rio.
Em agosto de 2009, soube de uma turma que estava indo pra lá, não aquentei, me juntei a eles. Éramos 14 meninas e 8 meninos. No caminho só diversão, até lembrei- me da história de Pinóquio, que mentiu para seu pai dizendo que ia pra escola.
A uns metros da lagoa, atravessamos uns bambus que formavam uma toca. Demos de cara com um senhor loiro, de aproximadamente 40 anos, com um facão em uma mão e um par de chinelos na outra. Começamos a correr e ele atrás de nós. As cercas que na ida pra lá levamos uns dois minutos ou mais para atravessar, agora foram ultrapassados em menos de dois segundos tamanho era o medo.
Por fim ele desapareceu. Nós nos dividimos em grupos e fomos para o lado da pracinha, quando percebemos lá estava ele. Cansados de correr resolvemos falar com ele. De repente surge o carro da diretora. Demos a volta para sair de fininho, somos cercados pelo carro da PM. O rapaz virou para mim e disse: - Um dia você vai me agradecer. Na hora fiquei com muita raiva. Quando passei perto do rapaz ele abaixou a cabeça e eu disse: Muito obrigada, fui embora e nunca mais o vi. Hoje acredito que o destino e proteção divina existem mesmo. Reconheço que se não tivesse acontecido aquele episódio eu estaria matando aulas até hoje. Sou Joyce Lidiane, tenho 14 anos e 2010 é meu último ano no CAIC.
Tem 50 alunos que tem sua história nesse livro .
Todos esses lugares que ela falou eu conheço e é muito perigoso.
Joyce Lidiane