O despertar de Laura

Estava de passagem pelo Rio de Janeiro e resolvi ir até a lapa, bairro que gosto muito de freqüentar no Rio. Naquela noite, antes de entrar num bar, encontrei do lado de fora uma jovem bonita, estava sentada no chão a chorar. Perguntei se ela estava bem, se precisava de ajuda, ela respondeu que não, que ia se matar porque a vida não presta, disse ela. Então eu disse moça, vá pra casa e se masturbe, depois que você gozar três vezes ai então você decide. Ela me olhou espantada e disse: - Nunca gozei e não sei me masturbar, já tentei, mas não consegui. - Disse ela. - Hora, disse eu. - Isso é muito fácil, é só uma questão de se permitir, lembre-se, nada é pecado porque o pecado não existe. Disse isso e entrei no bar, sentei numa mesa e pedi uma cerveja.

Minutos depois a moça entrou no bar, vi que ela me procurava entre os demais que lá estavam, assim que me viu, veio e sentou-se a mesa. - Como sabe que tenho essas questões religiosas? - Perguntou ela. - Isso não é difícil de adivinhar, você deve ter vinte e poucos anos e ainda não aprendeu a gozar, só pode ser uma questão religiosa ou puritanismo demais, não acho que você seja doente. Talvez a vida não preste mesmo pra uma jovem bonita que não sabe gozar. – Disse eu. – Mas não dizem que deus tudo vê? – Disse ela. – Minha amiga, sexo é o que faz a humanidade existir, se seu pai não tivesse gozado você não existiria, o fato de você ter nascido não é um pecado. Qualquer pessoa pode gozar isso é da natureza, é do corpo, não da mente ou de conceitos religiosos. – Disse eu. – Mas eu já tentei várias vezes e não consigo, acho que tenho algum problema. Eu até já transei com um rapaz e foi horrível pra mim, me senti péssima. – Disse ela. – Bem, seu problema não é você, agora tenho certeza, seu problema é um bom parceiro, alguém que estimule a sua sexualidade, mas para isso você tem que se permitir. Talvez você não tenha se permitido interiormente quando transou com o rapaz. – Tem razão. Não me permiti mesmo, achei meio grotesco, dolorido demais, não tinha atração pelo rapaz, fui apenas para tentar quebrar uma barreira em mim. – Disse ela. – Só uma pergunta, qual é o seu nome? – Laura. – Disse ela. – Laura, você já teve esse tipo de conversa com alguém? – Não, nunca. – Disse ela. – Bem, então estamos indo bem, ao menos já temos alguma intimidade. – Disse eu. – É verdade, você pode me ajudar nesse meu dilema? – Perguntou ela. - Depois de algumas horas saímos dali e passamos duas semanas juntos. Quatro anos depois eu voltei a cidade e a encontrei muito feliz e satisfeita da vida, estava casada e já tinha uma filha de um ano.

Charles Silva

CharlesSilva
Enviado por CharlesSilva em 25/01/2013
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