Seu Eugênio

Um negro matuto de meia- idade descomplicado e anelar,

Cantava a vida logo ali na Rua sete desmantelando seu violão

Companheiro insolúvel e descarado. Os dois riam a cautela na calada

De uma fria e singela noite desnuda, passavam moças-mulheres e eles,

Jogavam piadas ao vento procurando achar corações abertos, Alberto vendo,

Essa maluqueia riu e se dirigiu a eles falando da inocência velhices dos dois.

E isso era a rotina dos íngremes homem e violão, na canseira de um posto,

Estrada ligada á vida, rápida, ligeira, pertinho da travessia de qualquer passarela;

Eugênio forte velho rapaz ferroso de braços abertos para aquela cidadezinha onde morava

Encantava-se pelas pracinhas onde a alegria não se escondia o violão mais rudimentar

Pelas galerias de sons que surgiam de formação de ruídos ou de espertos afinados,

E nesse dueto de paixão levavam no sorriso duas baionetas mais vultosas quando

Cumprimentava alguém felicidade cítrica do começo, de dia ao fim de tarde, linda

Tarde, a frente de um por do sol cara de mar. È claro que existiam más línguas vivendo,

Da zombaria de um velho abobalhado companheiro de um objeto instrumental cuja

Notoriamente ele tinha apreço, deselegante né, porém o velho nem ligava guardava seu

Tempo, para o avesso da agonia e o violão. Ele então só chorava e ria melodias por vaidade

Despreocupada.

Renato Narciso
Enviado por Renato Narciso em 10/01/2013
Reeditado em 16/03/2013
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