A verdade nua e crua
Por um ano arrisquei e apostei todas as minhas fichas em uma amizade que eu achava ser verdadeira. Todos falavam que eu estava me equivocando em relação a essa fantasia, com toda minha ingenuidade, levantei e gritei na busca da sua defesa, estava contra tudo e todos.
Para saber a verdade, precisei me cortar em pedaços, perder a razão e finalmente concordar com todos que queriam me mostrar a verdadeira pessoa que estava ao meu redor.
Aqui, sozinha, entre gritos, soluços, risadas, raiva, vejo o tempo que perdir com nada. Achando que estava lapidando um diamante, quando na verdade estava apenas molhando uma bijouteria barata, que todos têm ao alcance, sem esforço, sem suor.
Estou aliviada de reconhecer que estava sendo enganada, envergonhada perante aos verdadeiros amigos, que me ajudaram nessa grande descoberta, com rancor a quem me enganou, pena a você um mero mortal, que não sabe o que fazer da vida, que pensa conseguir usar todos, e que esquece que existem pessoas que fazem isso melhor que você, sinto dó, por achar ser autossuficiente demais, ódio por ter perdido meses de felicidade, achando está sendo feliz, quando na verdade estava iludida.
Mas feliz, muito feliz em saber a verdadeira pessoa que é você, que se faz de vítima, quando na verdade não passa de um assaltante, de ser verme e pensar ser rei, de se achar rainha, quando todos a veem como plebeia.
Por isso me sinto sortuda, demorei, mas consegui desmascarar os falsos, com obstáculos pelo caminho, mas como já diz o ditado: não importa o caminho, o importante é conseguir chegar.