CONTOS PARA 0 POETA...GONÇALVES DIAS.
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A chuva cai sem trégua, sexta feira, transito infernal. Faz tempo que não vale à pena trabalhar com o carro. Caro e estressante. Além de perigoso se passamos das 22 horas. Como sempre faço todo fim de semana, reúno-me com amigos e namorada, para beber e jogar conversa fora, aproveitando que ela não bebe e dirige até melhor que eu. Mas hoje não vou beber, pois vamos ao teatro, precisamos prestigiar o teatro brasileiro, que infelizmente sofre com a falta de apoio de empresas patrocinadoras e apoio governamental. Lembrei de um poeta e teatrólogo brasileiro. Lembrado como poeta indianista. Poeta lírico da literatura brasileira. Filho de um comerciante português e uma mestiça. Foi para Coimbra onde estudou no Colégio das Artes e depois ingressa na Universidade de Direito de Coimbra. Onde escreve o famoso poema "Canção do Exílio". De volta para ao Maranhão, já formado, publica o livro "Primeiros Cantos" e no ano seguinte é nomeado professor de Latim e História do Brasil do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Difícil mesmo achar estacionamento para deixar o carro, Maria Lucia e eu namoramos a pouco tempo, apenas dois anos, o suficiente para saber de sua irritação em me acompanhar a esses eventos. Com certeza ela preferia estar no aconchego de seu apartamento, comendo pizza e assistindo novela. Nada contra, mas as pessoas são incansáveis na mesmice. A vida é tão curta e perde-se tempo com coisas tão banais. Esse poeta viveu no Rio de Janeiro entre 1846 e 1854, onde escrevia para o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Fundou a Revista Literária Guanabara. Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras. Minha namorada não gosta de romantismo, e eu adoro pipoca, muitos beijos, conversar bastante. Ela é totalmente o oposto. Excessivamente tímida, fica vermelha por qualquer comentário. Nem parece que vive nesses dias agitados que vivemos em Sampa. Parece que está em outro mundo, outra época. Não vivo de passado, mas gosto de saber a respeito de nossos grandes personagens. Em falar nisso você já deve estar curioso(a) para saber o nome desse grande poeta e teatrólogo. ANTONIO GONÇALVES DIAS. Nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no Maranhão. Filho de comerciante português e uma mestiça. Em 1838 viaja para Portugal, iniciando seus estudos no Colégio das Artes em Coimbra, concluindo o curso secundário. Dois anos depois ingressa na Universidade de Direito de Coimbra, em 1843 escreve Canção do Exílio, onde expressa o sentimento de solidão e exílio. Formado em direito volta ao Maranhão em 1845. Ocupa vários cargos para o governo imperial e realiza diversas viagens à Europa. Vai para o Rio de Janeiro em 1846 e em 1847 publica o livro Primeiros Cantos, que recebe elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. A peça inicia e com quarenta minutos sou obrigado a dar um toque em minha namorada, que cochilava. A peça era boa, mas falar de cultura pra ela é realmente forçar a barra. As vezes penso sinceramente em partir para outra namorada, mas tem um lado dela que compensa, é carinhosa, prestativa e nos completamos na hora do amor. Ela consegue tirar minha atenção da peça, fico com vergonha já pensou se ela ronca, não saberia onde enfiar a cabeça. Realmente não foi uma boa opção trazê-la, no barzinho pelo menos tem barulho dos amigos, a musica de um grupo musical onde o cantor desafina que dá dó, onde é fá ele canta fi. Mas o que vale é sair um pouco do lugar comum. Mas como a trouxe ao teatro tenho que segurar as pontas.
Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro Segundos Cantos. Ano seguinte 1849, é nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. Escreve para o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e Correio da Tarde. Fundou a Revista Literária Guanabara. Publica em 1851 o livro Últimos Cantos. Regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixonou, mas por ele ser mestiço, a família dela não permite o casamento. Mais Tarde casa-se com Olímpia da Costa, com quem não foi feliz.
Hoje temos toda a liberdade do mundo para escolhermos a parceira (o) que quisermos e não damos valor a tudo que foi conquistado. Sabe de uma coisa já estou arrependido de ter trazido Maria Lucia, se me perguntarem como foi a peça, não saberei contar absolutamente nada, ela ronca novamente. Que coisa chata, não ria não tomara que nunca aconteça com você, é coisa de doido. É caso de policia kkkkkkkk, em falar nisso, nosso poeta exerceu o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, encontra-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro inspira o poeta a escrever o poema "Ainda uma vez — adeus!". Em 1862, doente, vai à Europa, para tratamento de saúde, sem resultado, embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864. No dia 3 de novembro o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece. - Principais Obras de Gonçalves Dias: Como poeta indianista: I-Juca Pirama; Canção do Tamoio; Leito de folhas verdes e Canto do piaga. Como poeta lírico amoroso: Se eu morrer de amor; Ainda uma vez - adeus! E seus olhos. Como poeta da natureza: Canção do exílio. Dramas: Beatriz Cenci e Leonor de Mendonça. Livros: Primeiros cantos; Segundos cantos; Últimos cantos.
Maria Lucia acorda com os aplausos, assusta-se e pergunta acabou? Deu vontade de responder, não querida vai iniciar pra você poder assistir novamente. Mas realmente não vale a pena.

ZZZ
Nascimento: 10/08/1823 - Morte: 03/11/1864 - há 188 anos - aos 41 anos - há 142 anos – signo Leão.
Billy Brasil
Enviado por Billy Brasil em 14/12/2012
Reeditado em 26/10/2014
Código do texto: T4034807
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