Melina (1° parte)

Melina, depois de correr muito, chegou a um lugar diferente de tudo que já havia visto. Um lugar lindo, com animais e plantas de espécies raras, o gramado de um verde fascinante, e um sol que parecia nunca parar de brilhar, lagos com a água totalmente transparente que permitia á todos enxergar o seu interior e árvores com a mesma perfeição de um quadro pintado á mão. Ela ficou encantada com aquele lugar e se perguntava como havia chegado ali.

Ela se sentou debaixo de uma árvore e começou a chorar. Sentia muita saudade de sua família e de seus amigos. No mesmo momento em que pensava neles, sentia uma dor inexplicável, como se alguém estivesse arrancando seu coração. Depois de sentir esse aperto, ela saiu correndo á procura da saída, pois não suportava mais aquela dor. Após correr muito, ela avistou bem longe, o princípio de uma rua deserta, que era em sua certeza, por aonde ela chegou. Melina saiu correndo em disparada e quanto mais ela corria, mais e mais o caminho ia se distanciando até que suas lágrimas começaram a despencar de seu rosto com a mesma freqüência que os pingos da chuva e uma poça de água ia se formando em baixo de seus pés. Apesar do cansaço, ela não parava de correr. Depois de tanta resistência em sair dali, o caminho parou de se distanciar, mas quando ela chegou perto, ele foi se desfazendo.

Ela chorava tão dolorosamente, que sua dor, de tão forte, refletiu em tudo o que estava a sua volta. Então, a cada lágrima que caía, uma flor murchava. A cada suspiro de desespero as folhas das árvores caíam. E para cada batida de seu coração, uma gota de chuva caía daquele céu, que agora, estava negro. O seu cabelo molhado escondia seu rosto, mas não sua tristeza, as suas mãos arranhavam o tronco da árvore, mas assim, ela não conseguia acabar com sua raiva e os seus gritos demonstravam ainda mais o seu medo.

Com o tempo, a garota foi parando de chorar e passou a respirar profundamente. As gotas da chuva ficaram mais finas e limparam o seu belo rosto. Então a água parou de cair e logo aquele belo sol voltou a brilhar outra vez. O som dos pássaros voltou e a serenidade da menina veio juntamente com ele. E um sorriso apareceu naquele rosto enquanto uma bela borboleta branca foi em sua direção e pousou em sua mão, então voou em direção ao lago, como se a tivesse convidando para ir até lá. A garota foi andando até lá, enquanto segurava uma Margarida.

Feer Lacerda
Enviado por Feer Lacerda em 01/12/2012
Reeditado em 01/12/2012
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