Oi! Como vai você?

Estava num estado de felicidade supremo. Nada podia me abalar.
Estava saltitante, serelepe, extasiado. O sorriso em nenhum momento saia da minha face.

Foi nesse estado de júbilo que me encontrei com antigo colega de escola.

Como é de praxe nesses encontros, o supracitado me metralhou com várias perguntas.

Inicialmente, me perguntou como estava no trabalho. Respondi que nada tava fácil, que apesar de formado, ainda recebia quase como estagiário e o meu chefe era um ser desprezível.

Em seguida perguntou-me se já eu tinha um carro. Falei que tive que vender, no entanto, já estava juntando um dinheirinho pra comprar uma moto, do jeito que eu gosto e meu pai me ensinou, a vista.

Ele nem tentou disfarçar a sua repulsa.

Por último, questionou-me se eu tá tinha ido para Orlando, nos Estados Unidos. De início, não entendi o motivo da pergunta, mas depois tudo se esclareceu. Essa foi a maneira encontrada por meu ex-colega de dizer que tinha feito uma viagem para aquele lugar na semana passada.

Como eu não estava nada a fim de prolongar tal conversar, não perguntei nada.

Depois desse encontro, notei uma coisa. As pessoas sempre me faziam vários questionamentos, entretanto, nunca perguntavam se eu estava feliz.

Concluí que, para a maioria dos indivíduos,  a felicidade está inteiramente interligada em ter um bom salário, um bom carro e fazer viagens maravilhosas.

Bom, apesar de não ter nada disso, me considero feliz, muito feliz.


http://www.youtube.com/watch?v=gm9rsniAe_o

AnnaLuciaGadelha e Francisco Junior
Enviado por AnnaLuciaGadelha em 22/11/2012
Reeditado em 02/12/2012
Código do texto: T3999507
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.