As três Marias
Foi olhando para o céu estrelado que Amália sentiu suas primeiras dores do parto, deitada em uma esteira improvisada de madeira, a sua volta somente o zunir de pernilongos e o mato alto que só dava para aparecer o rosto negro de Cândida, parteira e amiga de uma jovem costureira que sonhava em ter uma menina! Cândida era conhecida na região como feiticeira, sua fama era tanta que qualquer problema de saúde na cidade ela e suas ervas milagrosas eram sempre lembradas, agora ela se vê de frente a Amália gritando de dor e sofrendo com as contrações do parto que parece se um tormento que não acaba, com a sua ajuda e paciência a parteira segura as mãos da amiga e pede que ela tenha fé que tudo dará certo. E já era de se esperar, com seus rituais da cultura africana a negra com seu turbante na cabeça canta músicas em outra língua e rodeia a grávida enquanto sua primeira filha nasce, Amália olha para o céu e vê o cruzeiro do sul e logo fixa seu olhar nas três Marias, a curandeira pede que a mulher faça mais força e nasce mais uma menina e logo após nasce a terceira e ultima trigêmea que parecia ser a menor e mais frágil, Amália chora e em homenagem as estrelas que brilhavam e contemplavam o nascimento de suas filhas ela dá o nome as meninas....
Maria Regina será a mais velha, terá um nome forte e de personalidade, ela pensou. Logo após vem Maria Fernanda tão doce será como o mel, e em seguida a ultima Maria Clara era frágil como sua aparência pequenina e delicada, chegando em sua casa sendo guiada por Cândida, Amália abraça seu marido Josué que chora em alegria em ver sua esposa e suas três Marias! As meninas vão crescendo e cada uma idênticas umas as outras, porém, a personalidade delas era fácil dos pais distinguirem... Faltando um dia para completarem seus 15 anos de idade uma surpresa, Cândida a parteira é encontrada morta em sua humilde casa pelas meninas que correm em dar a noticia para os seus pais, a cidadezinha lamenta a morte da negra que fez muitos partos por ali e em meio a uma chuva fininha todos choram no enterro da velha mulher que dormiu pra não mais acordar! Enquanto termina seu enterro Maria Regina, a mais velha convida a todos que estão no enterro para seus tão esperados 15 anos, Maria Fernanda a do meio lhe chama a atenção junto de Maria Clara, mas era em vão pois o que Maria Regina queria era sempre estar em evidencia. No dia seguinte, todos estavam abalados e Maria Regina se maquiava e colocava seu vestido novo, ela não parava de falar pela casa que a noite teria festa, parecia que não queria entender que Cândida tinha morrido uma grande amiga, e não entendia que todos não tinham prazer nenhum em fazer festa, daí a Maria Regina que queria tudo do jeito dela começou a gritar exigindo sua festa! Josué por sua vez, não aguenta lhe dá uma surra para ela nunca mais esquecer! Os anos correm com muita pressa Maria Fernanda é dona de algumas terras na cidade, com seus 28 anos ela trabalha duro para conseguir administrar melhor sua fazenda, Maria Clara a mais nova, chora todos os dias por ter descoberto a poucos meses que tem uma doença rara e que não tem cura, já Maria Regina a mais velha tem como principal objetivo casar-se com um homem rico e que suprisse suas necessidades com dinheiro. Era meados de março quando Amália sonhou que uma das filhas iria morrer, as três então procuraram o médico da cidade que diagnosticou que Maria Clara só tinha meses de vida, a noticia abalou a família menos Maria Regina que dizia “Antes ela do que eu!” o que chocava a todos e fazia Maria Clara chorar como criança.
Um dia Maria Fernanda deu uma surra em Maria Regina,quando a flagrou com seu namorado aos beijos no celeiro, onde a única testemunha era o Ligeiro o pobre cavalo de estimação de Seu Josué, o ódio entre as irmãs crescia como uma praga, as vezes Amália se perguntava se Cândida ao fazer o parto rogou alguma praga, mas ela sabia que a negra era de confiança e que jamais ela faria tal coisa. Maria Clara cada dia que se passava se sentia pior pela saúde e não saia mais do quarto, por que só lhe restava chorar. Maria Fernanda por sua vez não se cansava de consolar a irmã mais nova junto a seus pais, enquanto Maria Regina frequentava noitadas com homens de posse, cada dia um diferente do outro e chegava sempre trazida de carros das mais variadas marcas, cores, modelos e tamanhos. O que fazia a fúria de seu Josué aumentar e todos os dias tinha uma nova discussão. Dona Amália somente orava e pedia para Deus levá-la primeiro do que perder uma de suas filhas, e parece que lá de cima o todo poderoso ouviu suas preces, numa briga com Maria Regina a velha sonhadora acaba sentindo-se mal e desmaia batendo com a cabeça na mesinha de cabeceira, o que ninguém esperava era que Maria Regina só dizia “Já deu a hora dela, agora é minha vez de viver a minha vida!” Ouvindo isso Josué a acusa de ter matado a própria mãe! Chega o mês de novembro Maria Clara em meio a tantas desilusões conhece Heitor, um rapaz bem educado que parecia querer ter algo sério com a moça apesar de seu medo de morrer, Maria Fernanda também conhece um médico muito famoso na cidade e os dois acabam noivando e Maria Regina parecia pálida porém não perdia a oportunidade de humilhar as pessoas e principalmente suas irmãs, sempre que podia se passava pelas irmãs para enganar os namorados delas e se aproveitar da situação por serem idênticas! Quando ela revela a Maria Fernanda que está grávida de seu noivo, o mundo desmorona e Marcos seu noivo se surpreende ao saber que a noite que passara a beira do riacho não foi com sua amada, mas com sua irmã gêmea. Maria Regina era assim, vivia para infernizar a vida dos outros, talvez por inveja ou despeito mas isso a fazia cada vez mais se sentir melhor ou pelo menos parecer estar melhor, chega o mês de dezembro num piscar de olhos já era natal e todos se reúnem na fazenda menos Maria Regina que foi expulsa por Josué depois dos acontecimentos envolvendo ela e seus genros. Morando em um quartinho alugado, Maria Regina não chora e não senti remorso por nada, ela se olha no espelho e repara que sua pele clara estava transparente, estava com olheiras profundas e já não tinha mais aquele corpo desejado e sim uma verdadeira pele colada no osso, foi correndo e pegou seu estojo de maquiagem e se produziu para o natal, deitou na cama o telefone não tocou, realmente percebeu que não tinha amigos, preferiu se deitar na cama e esperar....
No dia seguinte, Maria Clara vai buscar seus novos exames, quando ela tem uma enorme surpresa ela estava curada! Não tinha mais nenhuma doença e todos comemoram.
Maria Regina deitada ainda na cama, tem flash de sua vida inteira, ela se levanta olha para trás e vê seu próprio corpo inerte, pálido e sério na cama, desesperada a sua frente ela é tragada por seus maiores medos. A noite o médico da cidade liga para Maria Clara e lhe revela a verdadeira história que ela nunca estivera doente que infelizmente seu exame foi trocado com Maria Regina,chorando as duas irmãs correm para avisar a irmã para se tratar o quanto antes já que tem semanas de vida, quando abrem a porta do quartinho as duas observam as roupas da irmã na cama como se ela tivesse sido devorada e a única coisa que sobrou foi sua roupa. O corpo de Maria Regina nunca foi encontrado e a família na fazenda pode reconstruir sua vida novamente.
Foi olhando para o céu estrelado que Amália sentiu suas primeiras dores do parto, deitada em uma esteira improvisada de madeira, a sua volta somente o zunir de pernilongos e o mato alto que só dava para aparecer o rosto negro de Cândida, parteira e amiga de uma jovem costureira que sonhava em ter uma menina! Cândida era conhecida na região como feiticeira, sua fama era tanta que qualquer problema de saúde na cidade ela e suas ervas milagrosas eram sempre lembradas, agora ela se vê de frente a Amália gritando de dor e sofrendo com as contrações do parto que parece se um tormento que não acaba, com a sua ajuda e paciência a parteira segura as mãos da amiga e pede que ela tenha fé que tudo dará certo. E já era de se esperar, com seus rituais da cultura africana a negra com seu turbante na cabeça canta músicas em outra língua e rodeia a grávida enquanto sua primeira filha nasce, Amália olha para o céu e vê o cruzeiro do sul e logo fixa seu olhar nas três Marias, a curandeira pede que a mulher faça mais força e nasce mais uma menina e logo após nasce a terceira e ultima trigêmea que parecia ser a menor e mais frágil, Amália chora e em homenagem as estrelas que brilhavam e contemplavam o nascimento de suas filhas ela dá o nome as meninas....
Maria Regina será a mais velha, terá um nome forte e de personalidade, ela pensou. Logo após vem Maria Fernanda tão doce será como o mel, e em seguida a ultima Maria Clara era frágil como sua aparência pequenina e delicada, chegando em sua casa sendo guiada por Cândida, Amália abraça seu marido Josué que chora em alegria em ver sua esposa e suas três Marias! As meninas vão crescendo e cada uma idênticas umas as outras, porém, a personalidade delas era fácil dos pais distinguirem... Faltando um dia para completarem seus 15 anos de idade uma surpresa, Cândida a parteira é encontrada morta em sua humilde casa pelas meninas que correm em dar a noticia para os seus pais, a cidadezinha lamenta a morte da negra que fez muitos partos por ali e em meio a uma chuva fininha todos choram no enterro da velha mulher que dormiu pra não mais acordar! Enquanto termina seu enterro Maria Regina, a mais velha convida a todos que estão no enterro para seus tão esperados 15 anos, Maria Fernanda a do meio lhe chama a atenção junto de Maria Clara, mas era em vão pois o que Maria Regina queria era sempre estar em evidencia. No dia seguinte, todos estavam abalados e Maria Regina se maquiava e colocava seu vestido novo, ela não parava de falar pela casa que a noite teria festa, parecia que não queria entender que Cândida tinha morrido uma grande amiga, e não entendia que todos não tinham prazer nenhum em fazer festa, daí a Maria Regina que queria tudo do jeito dela começou a gritar exigindo sua festa! Josué por sua vez, não aguenta lhe dá uma surra para ela nunca mais esquecer! Os anos correm com muita pressa Maria Fernanda é dona de algumas terras na cidade, com seus 28 anos ela trabalha duro para conseguir administrar melhor sua fazenda, Maria Clara a mais nova, chora todos os dias por ter descoberto a poucos meses que tem uma doença rara e que não tem cura, já Maria Regina a mais velha tem como principal objetivo casar-se com um homem rico e que suprisse suas necessidades com dinheiro. Era meados de março quando Amália sonhou que uma das filhas iria morrer, as três então procuraram o médico da cidade que diagnosticou que Maria Clara só tinha meses de vida, a noticia abalou a família menos Maria Regina que dizia “Antes ela do que eu!” o que chocava a todos e fazia Maria Clara chorar como criança.
Um dia Maria Fernanda deu uma surra em Maria Regina,quando a flagrou com seu namorado aos beijos no celeiro, onde a única testemunha era o Ligeiro o pobre cavalo de estimação de Seu Josué, o ódio entre as irmãs crescia como uma praga, as vezes Amália se perguntava se Cândida ao fazer o parto rogou alguma praga, mas ela sabia que a negra era de confiança e que jamais ela faria tal coisa. Maria Clara cada dia que se passava se sentia pior pela saúde e não saia mais do quarto, por que só lhe restava chorar. Maria Fernanda por sua vez não se cansava de consolar a irmã mais nova junto a seus pais, enquanto Maria Regina frequentava noitadas com homens de posse, cada dia um diferente do outro e chegava sempre trazida de carros das mais variadas marcas, cores, modelos e tamanhos. O que fazia a fúria de seu Josué aumentar e todos os dias tinha uma nova discussão. Dona Amália somente orava e pedia para Deus levá-la primeiro do que perder uma de suas filhas, e parece que lá de cima o todo poderoso ouviu suas preces, numa briga com Maria Regina a velha sonhadora acaba sentindo-se mal e desmaia batendo com a cabeça na mesinha de cabeceira, o que ninguém esperava era que Maria Regina só dizia “Já deu a hora dela, agora é minha vez de viver a minha vida!” Ouvindo isso Josué a acusa de ter matado a própria mãe! Chega o mês de novembro Maria Clara em meio a tantas desilusões conhece Heitor, um rapaz bem educado que parecia querer ter algo sério com a moça apesar de seu medo de morrer, Maria Fernanda também conhece um médico muito famoso na cidade e os dois acabam noivando e Maria Regina parecia pálida porém não perdia a oportunidade de humilhar as pessoas e principalmente suas irmãs, sempre que podia se passava pelas irmãs para enganar os namorados delas e se aproveitar da situação por serem idênticas! Quando ela revela a Maria Fernanda que está grávida de seu noivo, o mundo desmorona e Marcos seu noivo se surpreende ao saber que a noite que passara a beira do riacho não foi com sua amada, mas com sua irmã gêmea. Maria Regina era assim, vivia para infernizar a vida dos outros, talvez por inveja ou despeito mas isso a fazia cada vez mais se sentir melhor ou pelo menos parecer estar melhor, chega o mês de dezembro num piscar de olhos já era natal e todos se reúnem na fazenda menos Maria Regina que foi expulsa por Josué depois dos acontecimentos envolvendo ela e seus genros. Morando em um quartinho alugado, Maria Regina não chora e não senti remorso por nada, ela se olha no espelho e repara que sua pele clara estava transparente, estava com olheiras profundas e já não tinha mais aquele corpo desejado e sim uma verdadeira pele colada no osso, foi correndo e pegou seu estojo de maquiagem e se produziu para o natal, deitou na cama o telefone não tocou, realmente percebeu que não tinha amigos, preferiu se deitar na cama e esperar....
No dia seguinte, Maria Clara vai buscar seus novos exames, quando ela tem uma enorme surpresa ela estava curada! Não tinha mais nenhuma doença e todos comemoram.
Maria Regina deitada ainda na cama, tem flash de sua vida inteira, ela se levanta olha para trás e vê seu próprio corpo inerte, pálido e sério na cama, desesperada a sua frente ela é tragada por seus maiores medos. A noite o médico da cidade liga para Maria Clara e lhe revela a verdadeira história que ela nunca estivera doente que infelizmente seu exame foi trocado com Maria Regina,chorando as duas irmãs correm para avisar a irmã para se tratar o quanto antes já que tem semanas de vida, quando abrem a porta do quartinho as duas observam as roupas da irmã na cama como se ela tivesse sido devorada e a única coisa que sobrou foi sua roupa. O corpo de Maria Regina nunca foi encontrado e a família na fazenda pode reconstruir sua vida novamente.