A nossa mente, por vezes, mente!
Costumo dizer que uma mente cansada, pode assombrar a qualquer um...
Laura, seguia sua rotina, cansada, sem férias do trabalho há três anos, cursando o último ano da faculdade, mil projetos inacabados em sua cabeça.
Contudo, Laura, acordava às 5:00 h, percorria um caminho por 40 min a pé, até pegar duas conduções, que a levava ao trabalho no centro de São Paulo.
No final da tarde, ela saía do trabalho, rumo à faculdade, e de lá, voltava para sua casa, ao sagrado sono dos justos, que não durava mais, que quatro horas... O fato é que do caminho percorrido da faculdade à sua casa, Laura passava todas as noites, por uma viela, um lugar sombrio, devido ao horário e à quase ausência de luz.
A sua rotina diária, somada ao desconforto causado pelo trajeto, rumo à sua casa, misturada com a ansiedade de voltar logo, ao sono dos justos, e o seu esgotamento físico, em um dado momento, veio à assombrá-la:
Era uma sexta-feira, foi um dia de trabalho intenso, um calor escaldante, apresentação de um trabalho, uma prova, e mil coisas fervilhavam num mesmo caldeirão (seu cérebro)...
Laura saiu da faculdade, e fez o mesmo percurso de sempre, e na viela, sombria, devido ao horário e à quase ausência de luz, porém, conhecida, ela vê ao longe, um homem, totalmente de preto, agachado, feito uma estátua, como se estivesse preparado a dar o bote, vitimar alguém. Foram 15 minutos de terror e apreensão, seu coração palpitava... Seria mesmo um homem de carne e osso, ou seria uma assombração?
Naquele momento, naquela circunstância, qualquer resposta certeira, faria com que ela permanecesse naquele mesmo estado: assombrada.
Naquele momento, naquela circunstância, qualquer resposta certeira, faria com que ela permanecesse naquele mesmo estado: assombrada.
A nossa mente, por vezes, mente, e nos assombra, com a própria sombra, e não tão raro, pode nos aterrorizar com a sombra de um gigantesco saco de lixo, em cima de um muro baixo, residencial, numa viela, quase deserta, quase à meia luz, quase à meia-noite!
Assombração? Não! O que nos assombra, muitas vezes, é a nossa própria mente!
Depois deste episódio, Laura, seguiu os seus dias de rotina, mais serena, sem se iludir, sem grandes expectativas diárias, e sem criar fantasma imaginário com saco de lixo preto, ou qualquer outra coisa do gênero. Hoje, ela acredita que os piores fantasmas podem nascer dentro de nossas mentes cansadas.
Medo? Devemos temer os nossos pensamentos, o que alimentamos dentro de nossas mentes, fora isto, devemos ter medo é dos vivos!
A assombração consiste nos pensamentos que alimentamos, pois uma vez alimentados, eles se materializam...