CORTOU MINHA ROUPA
Fim de semana inevitável, não faltava.
Como gerente de bar, achava todos diferentes.
Tinha que manter a todo custo à calma.
Era lugar de pessoas problemáticas e carentes.
Com minha recente separação, te fiz confidente.
Contei minha vida de cabo a rabo, parecia um doente.
Um dia em seu apê, rolou o imaginável.
Cervejas, futebol na TV, papos e o amor.
Apesar das loucuras, fui amável.
Não deveria acontecer, a pintura faltava cor.
Lá vou eu escrever outra página.
Adorei seu quadro N.Sra de Fátima.
Aos dezesseis, trabalhei na Leonam.
Rápido o vento, trazia William.
Minha sina é o destempero de menino.
Realmente queria tocar meu violão.
Você disse não.
Nosso romance bateu sino.
Fui morar num porão.
Cortou com tesoura minhas roupas, desesperou.
Estava traçado tudo sobre o que sobrou.
Tempo perdido, num jogo faminto.
Hoje estás no céu a guiar nosso filho,
- é o que sinto.
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Billy Brasil – 01-10-2012 – 04,52 hs – segunda –
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