A Freirinha - Parte 3 - In contos

Passara-se 1 ano e Josefina Santos Chagas, ainda, não se acostumara

à rotina do convento, por isso, vezmente, trabalhos muitos extras; castigos, suplícios do corpo e da alma. Doía-lhe, no entanto, mais o corpo, que a alma descomprometida, indolente, descrente, nada sofria. Tudo lhe era indiferente.

Vez por outra, durante as orações, repugnava-lhe o ajoelhar-se perante uma estátua feia, pendurada sabe-se-lá-como, rezando para um pedaço de pedra.

Cansada de novo, já estava como estivera a primeira vez na casa dos pais, e sonhando, repetir o gesto da partida, não hesitou.Comunicou à

madre superiora que não faria os votos e, decididamente, partiria,já, no

dia seguinte rumo a casa dos pais, de onde aliás, nunca, deveria ter saído.

Assim, Josefina partiu. Nada mudou em seu modo de pensar ou em seu

comportamento. Ao contrário, continuava acalentando o mesmo sonho:

Viver na Contemplação. Agora, ela sabia o significado desta palavra.

E tanto pensou, refletiu neste estilo de vida tão sonhado que, logo,

teve uma revelação:

- Vou me casar com um homem rico.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 25/09/2012
Reeditado em 21/01/2013
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