Escrevente.
Era daqueles escritores habilidosos que tratavam bem suas melancolias; bom sabedor dos artifícios de sublimação de seus dissabores em literatura ao menos razoável.
E quando, às vezes a mente lhe negasse o verbo o dedo somatizava pauta e parágrafo, com saltos hesitantes e espaços exagerados!
Era quase sadismo revertido à fonte!
Uma compressão espasmódica de dores próprias para um tenso jorro literário!
Da felicidade sabia um tanto, porém não comunicava nada!
Era sentimento inda mais solitário; era plenitude por si só!
Da felicidade não diria nada, bastava a egoístamente senti-la!
Anderson Dias Cardoso.
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