O espelho no deserto
Um dia uma alma se perdeu pelos caminhos áridos e fantasmagóricos. Essa alma vagava sozinha e aflita pelo deserto. Ela estava vivendo um momento muito difícil em sua vida sem acontecer solução para seus probblemas. Então perguntava o porquê que acontecia tudo aquilo, reclamando de Deus e do mundo. A alma parecia estar vivendo aonde nada acontecia, tudo era difícil de se realizar num dos lugares mais longíquos da terra. Estava perdida nos arredores sem saída sempre cruzando com estradas impertinetes tendo alucinações. Ouvia vozes gritando seu nome e falando de seu passado. Ela via vultos que se formavam através da fumaça dos cactos queimados pelas chamas do fogo do sol extremo.
Passando deste caminho para outro a alma vagava em inconsequência até que decobriu que tinha alguma novidade naquele deserto. Isso querendo dizer que ao menos podia tirar uma lição de tudo aquilo que acontecia.
Começou a descobrir irreverentes maravilhas quando pensava consigo mesmo. Até mesmo no deserto não parava de sonhar, ela encheu- se de desejos efervescentes conforme o calor invadia seu vulto. Então se deparou com um espelho no deserto naquele lugar tão incerto. A face da alma estava úmida de calor. No espelho via via seu reflexo tímido que mostraa todo seu percurso pela vida. Dava para ver que passou a exisência procurando um sentido para vida e nunca encontrava. O espelho mostrou sua profunda vaidade, pois mesmo sendo apenas uma alma atribulada habitando num corpo queria enxergar algum detalhe de beleza. O espelho ignorava o que ele queria ver, mostrando apenas o seu íntimo. O espelho refletia uma imagem de curiosidade . A alma passava seus momentos sempre querendo saber o que os outros achavam dela e acabava ficando insegura quando a opinião das pessoas não correspondia aos seus anseios.
O seu rosto ficava cada ves mais sóbrio diante do espelho que mostrava coisas surpreendentes. Mostrava seu imenso vazio que não se preenchia com nada, mas fazia muita busca muitas vezes inúteis por se preocupar com coisas passageiras e vãs. Mostrou aquilo que a alma tinha medo no fundo de saber que não era feliz conforme passava o tempo. A imagem mostrava as frustrações da alma quando não conseguia atingir seus objetivos e a ansiedade para aproveitar cada momento sem esquecer de fazer nada não se arrependendo depois. O rosto da alma exalava um perfume simplório, derrepente o espelho escureceu em meio a uma sombra assustando a alma. A sombra dela escurecia cada vez mais mediante as revelações sobre o que havia dentro da alma e aquilo não era a toa.
A alma indignada com o que o espelho mostraa pegou uma pedra que estava entre os cactos do deserto e atirou no espelho partindo-o em mil pedaços.
Ela não quiz admitir que mesmo vivendo um momento difícil em sua vida não admitia ser revelado a sua verdadeira face.
Cada parte daquele espelho refletia no silêncio da alma um segredo. Quando a alma está só nos deparamos com um espelho mostrando a verdadeira imagem do nosso eu.