Um dia, talvez - III
- Eu quero que vocês preparem resolvam a lista de exercício, para que possamos corrigir na próxima aula.
E foi assim que terminou minha ultima aula nesta manhã. Não podia ir pra casa, pois eu ainda teria aula a tarde. Não sabia nem ao certo ainda de que, muito provavelmente de mais alguma matéria, que ninguém sabe ao certo por que temos de estudar.
O problema maior, para mim, não era ter que ficar na escola o dia inteiro e sim o que fazer durante o almoço. Eu ia almoçar sozinha muito provavelmente, mas eu sabia q eu precisava começar a se enturmar com resto da turma. Mas eu não estava muito a fim disso, mesmo sabendo que era necessário, todos iguais, sem personalidade, ninguém me chama a atenção.
Decidi que iria para uma lanchonete perto da escola, onde serviam almoço. Fui uma das ultimas a deixar a sala e fui direto para lá. No caminho eu fui pensando sobre o que as pessoas da minha sala deveriam estar pensando de mim, embora estivesse lá menos de uma semana, ainda não tive muitos diálogos decentes.
Ao chegar lá e me servir, ia me direcionando para uma mesa, quando escutei meu nome. Eram dois garotos da minha sala, Matheus e Felipe se não me engano. Olhei bem para eles pensei um pouco e sentei com eles. Ao sentar eles começaram a puxar assunto comigo, eram até simpáticos, um pouco forçado eu sei, mas pelo menos eles me ajudaram a começar algo que eu não estava nem um pouco a fim de fazer, embora fosse necessário.
- Onde você mora? – perguntou Matheus
- Moro mais pra perto da serra, longe do centro, meus pais não gostam de agitação. – respondi
- Uma pena – disse Felipe – acontece muita coisa legal aqui pelo centro
- O pessoal aqui do colégio costuma combinar de sair várias vezes, você devia aparecer também – completou Matheus.
Claro! – respondi, sem considerar muito a ideia.
Terminamos de almoçar e íamos retornar a escola, mas quando eu ameacei levantar da cadeira, senti uma mão em meu ombro, era uma garota da minha sala, Isabela, se não me engano.
- Vai ter uma festa na minha casa, acho que você deveria ir, Sophia! – ela falou, me entregando um pedaço de papel com seu endereço e continuou andando sem olhar para trás.
Parte 2:
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