EM CIMA DA MESA.
Eu tinha você que era o meu bem. Você chegava e vinha correndo me abraçar. Trazia um amor que somente em você eu sentia. Por força do hábito eu sempre o esperava.
Você pouco falava e fumava enquanto me escutava como ninguém. Sentados à mesa ficávamos aproveitando as horas, aquelas importantes de nosso convívio. Contávamos as coisas boas que aconteceram durante o dia. Por força do hábito, esses momentos tornaram-se muito prazerosos. Um dia, não sei o que aconteceu. Algo estranho surgiu e exterminou o nosso envolvimento. Nunca mais você chegou para mim, nunca mais recebi um abraço sequer. Nunca mais, com seu cigarro na boca, você me escutou. Passei a falar sozinha, a imaginar que você continuava perto de mim.
Por força do hábito, até hoje eu mantenho o mesmo cinzeiro em cima da mesa, caso um dia você volte para mim.
Você pouco falava e fumava enquanto me escutava como ninguém. Sentados à mesa ficávamos aproveitando as horas, aquelas importantes de nosso convívio. Contávamos as coisas boas que aconteceram durante o dia. Por força do hábito, esses momentos tornaram-se muito prazerosos. Um dia, não sei o que aconteceu. Algo estranho surgiu e exterminou o nosso envolvimento. Nunca mais você chegou para mim, nunca mais recebi um abraço sequer. Nunca mais, com seu cigarro na boca, você me escutou. Passei a falar sozinha, a imaginar que você continuava perto de mim.
Por força do hábito, até hoje eu mantenho o mesmo cinzeiro em cima da mesa, caso um dia você volte para mim.