O supersticioso
Toc... toc... toc...
--- Quem bate?
--- É a sorte.
--- Ora, vá enganar outro trouxa. Não me encha o saco!
--- Sou eu mesmo, é verdade!
--- Não creio. Não vou levantar-me da poltrona por nada deste mundo.
--- Você sente preguiça em atender-me? Tá doido, cara?!
--- Não. Eu não gosto é de pegadinha. Você tá me parecendo um moleque sem o que fazer.
--- E se você estiver enganado e eu for realmente a sorte? Que me diz?
--- Não digo nada. Só desejo que vá embora. Se for o que diz ser, você atrai a inveja, traição e até mesmo a morte. Minha vida vai bem, obrigado. Sendo assim, volto a lhe pedir: Vá embora!
--- Ok, Zé Mané, já senti que não adianta tentar dialogar contigo. Estou indo. Vá se danar!
--- Dane-se você. Faça-me um favor: por onde você passar, não diga que esteve comigo, isso pode trazer azar. Tchau! Procure outra porta onde bater.
--- Tchau Zé Mané, tomara que você morra!
--- Já estou morrendo. Morrendo de rir... kkkkkkkkk... - Eu é que não sou bobo! O seguro morreu de velho e o desconfiado viveu mais ainda!