RUÍNAS
Lá no meio daquele capoeirão
Existe ainda ruínas do velho galpão
De uma mulher que viveu isolada
Onde misteriosamente ela se escondia
Porque precisava de ajuda e ela me contou um dia
Afinal, era uma história bastante complicada.
Um dia encontrei quando fazia uma caçada
Parecia que tinha gente, vestígio de não abandonada
De repente aquele rancho naquele matagal
Parei alí e comecei bem a investigar
Até que ela resolveu se apresentar
E chegou querendo o que queria afinal.
Aquela mulher estranha me perguntou o que queria
Com umas folhas de bananeira que seu corpo cobria
Bastante desconfiada apareceu por trás daquele galpão
Com calma, medo e com muito cuidado
Fui descobrindo aos poucos seu passado
Sem assustá-la fui feliz na indagação.
Foi triste e longa a história dela
E naquele galpão sem janelas
Ela decepcionada da vida resolveu se exilar
Muito revoltada com o que lhe aconteceu
O meu mundo essa sua história estremeceu
Prefiriu viver assim do que se matar.