ENQUANTO NOSFERATU PERCORRE A PAISAGEM DA SALA QUE FICOU ESQUECIDA NO VENTO
O silêncio da noite espalha as folhas tímidas caídas da árvore que esconde a pequena casa branca com portas e janelas verdes, no fundo do quintal, prisioneira da cerca branca que a rodeia.
O branco gelo das paredes um tanto úmidas da sala, se mistura com o preto e branco do “Nosferatu” de Murnau , onde a solidão é o próprio ar que respira, o coração que percorre as lembranças, o olhar que vagueia pela paisagem e move a mão em busca do copo de whisky que está sobre a mesinha de canto ao lado do sofá.
Arnoldo Pimentel