O mundo se abriu
Talvez isso seja um desabafo de um estresse enorme, de um cansaço de tudo. Talvez seja um pedido. Talvez seja uma ordem. Talvez, e só talvez, seja um simples texto expressivo.
Eu já me cansei de tanta hipocrisia. Já me alimento de falsa nostalgia. Já não me contento com o que me contentei um dia. E o dia? Ao se tornar noite completa a fantasia de que tudo que já se foi não volta em nenhum dia. Quimeras, quimeras, quimeras de um homem só. De uma mulher só. De crianças escondidas. De músicas a beira mar. De algemas a aprisionar. Mente lúcida, tão lúcida, demasiada lúcida. Não vai embora nunca. Magia, onde está tu? Tu perde-se, evapora, e então evacuo. E depois sigo adiante. Eu já me cansei de tanta correria.
Subordinar, persuadir, enganar sem querer agir. Detonar, acabar, ver o fim.
Ver o fim de onde? De quem?
Cave um buraco bem fundo para ver se com isso consegue jogar tudo o que faz mal fora. Só me preocupo se o buraco for interno, fundo e interno é intrinsecamente perigoso.
Não fuja, encare sem pudor. E aguente a dor.
Corra sem correr, fique sem ficar. Continue a imaginar, a imaginar, a imaginar.
Deve haver algo bom, no fim, no fim..., e onde está o fim?