Conversas arquitetadas
Essa noite, em sonho; conversei com o Encontro.
Descobri que a vida é feita de grandes e pequenas movimentações, que alternam-se entre noite e dia, bem e mal, arroz e feijão, ou postos e opostos, e os postes são de propósito para segurar o que não se mantém sustentado sozinho. Todas as manhãs quando o sol aparece, é para que os homens façam que seus sonhos da noite se tornem realidade.
De cima de uma nuvem, tudo fica tão longe, que resolvemos pular, e com as asas que os anjos nos deram; voamos na direção do mar, e lá vi estrelas do céu e do mar. Andei em cavalos alados, e segurei os marinhos cavalos. Com o sal que separei da água do mar, estourei pipoca pra criançada comemorar o dia de fazer nada, ou de nadar respirando o ar.
Num estalo de dedos, fomos para uma floresta. Lá, pude voar como águia.
Sentamos na sombra de uma árvore grande, que refrescava todo o lugar. Pássaros ali passavam, e percebíamos a liberdade que lhes era proporcionada, e a desejávamos como se deseja sorrir, se deseja amar, e voar. As conversas quase que arquitetadas por alguém que outrora eu desconhecia a existência, eram prazerosas e de não se acreditar nas coisas que pareciam tão maravilhosas. A vida às vezes surpreende tanto, em vários aspectos, que tem coisas que não são e nem se parecem verdades; mas que ditas por um ser nunca por mim visto antes, até se pareciam verdades ao meio, e a outra metade era só para que tudo se tornasse real.
E quando era hora de acordar, o Encontro veio me dizer, que como tudo na vida, encontros também acabam, e chegava a hora de partir. Não foi uma partida qualquer, porque hoje, no caminho que percorro todos os dias eu vi alguém, que se parecia tanto com o Encontro, mas que todos chamavam de Presente.