Herodoto era um homem de pouco sexo
E vinha munida de um medo que eu desconhecia.
Era mesmo muito amor e também muita vontade de deixar de amar,
Era também muita paciência e muita vontade de perdoar,
Eram muitos significados e nenhuma das alternativas.
Era bom,
Mas não a animava,
Era ruim também ao mesmo tempo
A deixava culpada
A fazia sentir um dor que ele ainda não sabia,
Ou não saberia
Ou não saberá.
Era o passado presente,
Como um ensaio de volta,
Ou um recado do que já foi.
Herodoto era um homem de pouco sexo e nenhum desejo por Judite sua noiva.Um casal que já era casal a mais ou menos 5 anos, muita água já havia passado pela ponte de seu relacionamento, muita conversa, muita diversão, meio reservada e formal é verdade, mas podia se chamar diversão, muita compreensão, muita lealdade, e muita fideli.....Pois é, um casal comum, e aparentemente feli...Tinham certa harmonia. Mas, como nem tudo são flores, no meio dessa perfeição toda tinha um fato; Herodoto de fato, era um homem de pouco sexo, Judite, que não sabia mais onde enfiar tanto desejo, ou melhor, sabia, mas preferia que não fosse ela a fazê-lo, não sabia mais pra raio de buraco ia o seu noivado, moças muito recatadas não perdem a linha e demonstram suas fraquezas, pelo contrário, elas encenam 24h por 365 dias para não serem descobertas, com Judite as coisas não eram diferentes, suas revelações e olhares sutis não surtiam efeito algum ao noivo, o que acabou é claro, em tragédia. Ah o passado, teima não sei porque, em aparecer quando num é chamado mais cai muito bem, ai a visita do “affer” da juventude de Judite como caixeiro em sua casa, logo pra ter minar de enfraquecer a carne da pobre. Com um encontro “inevitável” a faca o queijo e outras coisas na mão, só poderia dar em tragédia mesmo, Judite quando se viu rodeada por aquele homem que parecia deseja-la como fosse a própria a ultima mulher do mundo era demais, realmente era demais, Judite com o peso na consciência e muita culpa por seu compromisso, e muito mais culpa ficaria se não se satisfizesse agora e aqui...Pronto, a tragédia tava feita, ela agora estaria presa a dias e dias, de peso na consciência. E a história termina assim?...a história pra muitos e muitos termina assim, quantas Judite’s não há por aí ?? que não tiram e nem colocam o fim ? que vivem de fim? E na verdade nem estão nem aí.