Olhos Fechados!

Escuridão...

Uma súbita sensação de medo, pois estou dentro de um local fechado que assemelha-se e muito á um lugar claustrofóbico. Uma vez que, não é possível sentir uma brisa primaveril que fosse e, exatamente, por isso sinto como se cada molécula do meu corpo estivesse preste a morrer.

Minhas têmporas transpiram de calor e nervosismo, enquanto as minhas mãos tremem pela ânsia de enxergar qualquer coisa e minhas pernas inertes, súbito sintomas do bater descompassado do meu coração.

Respiro fundo, buscando ofertar - a quantidade que fosse - de oxigênio para os meus pulmões, mas de nada adianta. Pois, é como se tivesse um nó em minha garganta, impedindo-o de invadir o meu corpo e suprir-me de sua necessidade. Já num estado cambaleante, continuo a minha incessante busca, pelo feixe de luz que fosse.

Mesmo cada vez mais ofegante e com minha mente cada vez mais desvirtuada não desisto de prosseguir com a minha busca. Com isso, o tempo vai passando, minhas emoções vão ficando deturpadas, minhas vistas turvas e agora não há como negar, meu corpo está no seu limite.

Desiludido, sento em um canto, junto minhas mãos em torno dos meus joelhos, abaixo meu rosto e, antes de desmaiar, vejo um único e pequeno ponto á iluminar o local. Foi então, que num último momento de lucidez, percebo que o tal ponto, era uma lágrima a qual molhou meu rosto por não ter percebido que nunca estive preso e, sim, que apenas permaneci com os olhos fechados para o mundo.

Dr Vilela
Enviado por Dr Vilela em 13/04/2012
Código do texto: T3611445
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