NÓ...NA ROÇA!
Prá chegar lá eu passava por um trio estreito,
com picão misturado no capim
de uns trinta centímetros de altura que pinicava a pele.
A chuva já havia molhado os arbustos e eu,
com a calça encurtada,
molhava minhas canelas com aquele orvalho frio.
Casinha pequena, tijolos desiguais,
telhas antigas de barro, verdes de lodo,
seguravam a velha porta, que ao ser aberta,
soou aquele rangido de boas vindas.
Eu já havia acendido o fogão de lenha
com alguns gravetos meio encharcados
que fumegavam devagar, e então de repente,
me vi sentado no rabo daquele fogão,
com os olhos ardidos, fazendo um cigarro de palha,
desde o vinco da palha até o ardume na língua!
O barulho do pingo da goteira naquela lata aumentava,
e eu peguei a pensar...