UMA CADELINHA CHAMADA LICA

Em um determinado domingo de 2006, fui visitar o túmulo de meu pai e quando saía, próximo ao portão principal do cemitério, olhei para o lado e vi uma cadela deitada junto a um túmulo. Ela me olhou, parei, ela continuou me olhando, me dirigi ao seu encontro, vi que estava suja, com fome e sede. Peguei um vasinho preto de plástico, este era todo cheio de furos mas, tinha que dar água para ela, então o que fiz, achei próximo um saco plástico, coloquei dentro do vaso e então pude encher de água. Ela tomou toda água. Fiquei olhando-a um pouco mas, quando ameacei ir embora ela me com uns olhos de quem gostaria de ser atentida. Não tive outra reação, a levei comigo. Ao passar pelo portão havia uma florista e perguntei se conhecia aquela cadelinha. Respondeu-me que era de um cidadão que havia morrido e o túmulo que ela estava era do seu dono. Não saía dali há um bom tempo, como se estivesse com saudade do seu dono. No dia seguinte a levei a uma veterinária e mandei dar banho e vacinas. Hoje é, em nossa casa, o motivo de nossa alegria em todos os momentos. O nome dela é LICA.
Valter Jorge Schaffel
Enviado por Valter Jorge Schaffel em 21/01/2007
Reeditado em 13/05/2007
Código do texto: T354594