UMA HISTÓRIA DE CANTORIA. (REPOSTAGEM) Lia de Sá Leitão em 22/02/2012

UMA HISTÓRIA DE CANTORIA.

Lia Lúcia A. de Sá Leitão – 6/11/98)

O Nordeste brasileiro abraçou o menestrel medieval na figura dos cantadores, cordelistas e emboladores populares, os poetas que ainda detêm o poder da informação, os arautos do bem, do mal ou do bem mal, observadores políticos, impiedosos juizes dos crimes passionais provocados pelas mulheres de reputação quase ilibada como um ocorrido nas Tabocas, propriedade familiar onde estava cravado em solo massapé o engenho da cana de açúcar. Ali, morava um traído e um traidor, o marido era Pastor, mulher crente de Jesus, o amante um Guarda Municipal metido a artista de rádio parecido com ator de um circo mambembe .

O Pastor fora ao púlpito, a mulher, queixou-se das dores uterinas e aquietou-se deitada, o Guarda Municipal ocupado com o bem estar social, pulou a cerca sem olhar para os lados das velhas fuxiqueiras da cidade e adentrou sem delongas como se a permissão de amante oficial promovesse as regalias da aliança oficial, tomou a gentil irmã, inaugurou a cama de vara comprada recentemente na feira do Boqueirão. Fez amor, beijou, apalpou, acalmou a mulher do irmão, sedenta de homem viril mais pecaminoso que os Salmos.

Os cantadores são os defensores da honra e do bom costume, apaixonados pela cabrocha trigueira que passa pela estrada de chão batido em busca do ouro d’água, fogosa, fremosa, a blusa arriada de um lado insinuando deixar pular fora os peitos duros da menina moça no requebro das ancas, despertando os olhares dos esfomeados pela carne fresca, deixando à mostra as pernas e coxas aos pinotes feito mula faceira marcando passo pela estrada,. Inatingível, era a reencarnação da virgem ou da megera indomada.

O mote das cantigas de amor de um vilancete camoniano.

As mortes por amor, os pagadores de promessas, as rezadeiras de olhado, as carpideiras dos mortos de morte morrida e dos de morte matada e os benditos, também os matadores de emboscadas, atiradores de olhos amarelos, nunca abertos na direção ofuscante do Sol, sempre enfreixado nas sombras das arueiras e mulungus. Armados de punhais de prata cravado com pedras turquesas e rubis verdadeiras obras de arte vindas do Piauí, rifles ponteiros, escurecendo a vista do futuro defunto no opaco brilho da contratada ,a papo amarelos mirando o filho de alguém que vinha naquela contramão da estrada, antes montados em seus cavalos hoje nos carros importados e daqui ao estampido andará sobre a terra de seu Deus num caixão de cedro talhado em flor de Liz na madeira e com pinos dourados, se for um rico se é de um coitado qualquer, vai em caixão de taboa com pregos enferrujados à mostra, parecem os cravos do Cristo marcando a pouca sorte do pobre defunto ele vai apenas levando a sua rede de fios coloridos compradas do cearense na feira de domingo.

Atentos aos ventos da capital, tudo o que se passa na política de lá é cantoria, é loa aqui no eito, a seca, a fome, a morte, a esperança, a vida, o amor, a traição, a espera, a partida, a lua, o padre que deixou a batina e fez mulher dama a mais bonita moça da cidade, a filha do prefeito que tirou o padre da matriz e virou Mula sem Cabeça, tudo vira chiste nas ruas nos dias das feira, as freiras são respeitadas, da mesquinhez ninguém fala, das esposas de Deus mui amadas, imaculadas filhas de Nossa Senhora, as freiras do Colégio mais antigo da Zona da Mata..

O padre, esse, é o Senhor na Terra, perdoa todos os pecados, beijando-lhe sempre o anel, vale tirar o chapéu para ganhar uma benção do céu, livrar-se da culpa de ontem, nos botecos da rua da lama, das putas meninas da rua do fogo, onde o diabo servente da alma alumia os olhos dos macho adoradores carne, comedores de broa passadas por todas as mãos.

Na feira, fala-se, grita-se e se vende de tudo, desde as últimas novidades tecnológicas chinesas dos rádios de pilha e carros de controle remoto, às peças para micro computadores, mais precisamente Bill Gates na boca dos cantadores das praças públicas assume a identidade nordestina de Severino dos Gatos o maior negociantes de boneca de pano e patinete, de seda, murim e renda, de lona e linho irlandês, dos livros dos grandes autores e das ilusões dos cordelistas famosos.

A notícia já chega à casa do campesino pela modernidade massificante das telenovelas ou dos telejornais, tudo impressiona, a comunicação o elo do benefício e da interação entre primeiro mundo cruel e avarento, massacrador, engolidor das gentes, dos subidores de paredes que sonham com o pagamento da construção civil em São Paulo e Rio de Janeiro.

Eita, opressão fantasiosa que não mostra ao nordestino o sabor do suor e o valor do choro saudoso, diferenciando o passeio das feiras livres da sua cidade interiorana com a fuga para a cidade grande. Será até notícia durante semanas, nas portas, portões, praças, até nas preces das beatas da Igreja rezando para São José do Amarantes, será assunto nas rádios comunitárias, nas vozes dos locutores... fugiu para São Paulo num caminhão de abóboras o filho de Maria Chiquinha e Zé do Gado... e lá chegado, descobre que ninguém faz pouco do Zé Nordestino, só somou mais um em milhões, sem notícia nem mandado, que fazer? Sai sem nem ao menos saber escrever em busca do que apenas viu nas propagandas de cigarros que passava na Televisão.

Mas é ali que estão os desejos de consumo, dos apartamentos bonitos que nunca entrará como dono, se muito, uma alma generosa houve de gostar de sua cabeça de cachalote e cara de Paraíba embora seja apenas um Nordestino, pode contentar-se em ser porteiro, algo melhor que os Severinos da favela num morro do Rio de Janeiro.

É ai, que está a releitura do terceiro mundo na dinâmica do sistema global, o encontro do burguês e do proletário, do empresário e do miserável, do comércio e do escambo, do poeta com o cantador, da Literatura Acadêmica e formal com o cordeslista e repentista fazedora da Literatura Oral.

(Não entendo o por quê das observações dos historiadores em não permitir tal colocação de uma vez que; em plena transição de milênio ainda existem tribos amazônicas na Idade da Pedra. Mas, eles, os índios, possuem a fala, os ritos, os seus códigos inscritos nas texturas das pinturas pela pele, se soubéssemos ler a semântica indígena, leríamos a exploração de uma gente milenar.)

O processo do Senhor Feudal em terras de Matogrosso, das Gerais ou Rio Grande ainda se pode notar nos latifúndios, o Senhor de Engenho trasvestidos de empresário industrial de açúcar e ácool, do Coronel de comandas compradas sempre vistos como os donos da política estão nas heranças oligárquicas dos nomes dos Deputados, Senadores e Ministros de Brasília. A família dos nunca decadentes e sempre ruidosos príncipes.

Os homens e as mulheres nunca percebem as igualdades, foram sempre educados pela Ocidental Cristã em aceitarem os iguais, será que se fazem iguais?.

Mas o sertanejo não, sabe, vive a miséria provocada pelos seus desiguais, inclementes doutores onde a justiça serve apenas para desonrar as suas filhas fazendo vim ao mundo os bastardos da bagaceira ou os cabras da caatinga. Contemplar os seus próprios interesses políticos sociais e promotores dos recursos econômicos, semideuses do poder ditadores da moral e das honras e dos bons costumes.

Os heróis implantados no inconsciente da gente submissa, é o cabra da peste, por que é interessante aos iguais que os desiguais sejam submissos, disponíveis. acessíveis

Mostrai-me a diferença Ilustre Historiador, entre o vassalo e o trabalhador rural! Entre a puta e a filha do patrão que passeia nas datas festivas pelos shoppings da cidade, ou mesmo antevéspera do casamento dorme no apartamento com o noivo. Verão... quem será difamada... verão calor nas entranhas e uma preguiça cheira a alfazema dentro das redes embaladas nas varandas dos casarões.

No campo sobra a seca, chão partido, córrego rebentado de dor, bichos de olhares vazios, esqueletos que mais parecem a própria gente dos sem iguais, no homem sobra a esperança da chuva, a reza de padroeiro, a criatividade da sobrevivência e a poesia maldita de um amor de espinhos, palma, e flor de mandacaru, sem o academicismo sufocante das métricas, a intrigante metáfora dos que fazem as comparações mais esdrúxulas da escritas e do torpor do absinto e do ópio, a estrutura perfeita do desabrochar intelectual promovidos nos gabinetes, das ricas estantes repletas dos velhos e mofados teóricos, dos ácaros simbolistas, das amareladas resmas de papel substituídas pelo cem porcento branco das impressoras.

Das velha máquina de datilografia empoeiradas e esquecidas pelos computadores, nem isso justifica a beleza espontânea das rimas do poeta popular... e da sua atemporalidade oral, mesmo que sendo diferente dos iguais e vassalo fiel de um senhor que lhes impõe a ignorância do que seja noite ou dia, mês ou ano, secular desespero dos beatos santidade ou danação dantesca entre o céus e o inferno do mingau de farinha e a água salobra das cacimbas.

Quem dera ver.

À sombra de um salgueiro chorão, numa tarde de modorra, os poetas sertanejos rimando vida e comédia, cenário e realidade em detrimento da dor numa peleja inflamada com um poeta auditor.

Este cheio de gravatas, naftalina e tecnologia de ponta, câmaras de televisão cadeira de diretos megafone e banquinhos de imbuias, assistentes de governo, tecnocratas e o gibão suado do cavaleiro andante e aboiado dos vaqueiros, da mulher do prefeito querendo se parecendo igual a do deputado também irmã de Zefinha das Estrelas do cabaré de Mané João ou as fiéis devotas de Santo Antônio, das benzedeiras e dos doentes da sede e da fome, dos raquíticos e tísicos, daqueles dos olhares de anjo e dos anjos que garantem em caixões brancos seu torrão e seu adubo, tudo como platéia especial para ouvir do escritor o mesmo discurso encorpado da reeleição, é sempre o mesmo mote metafórico da vida, um palavrório danado de grande que para o povo sem igual é mais uma loa, uma saca de arroz doce com canela em dias de festas que carcome a vergonha e os ossos e deixa um sorriso cínico e dentados nas bocas dos que enganam os enrugados sem iguais.

Os poetas do planalto chegam a rimar sol e fartura, água e abundância, frente de trabalho, cesta básica e política educacional, comercial de galinha, feijão e reeleição.

Não convence pela rima, nem pela lente da câmara a realidade da fome e a secura das panelas ou das lágrimas, a perda do milharal ou a morte em vida do filho sonhador, menino que acreditou na escola, em ser doutor, na luz, na ciência, no saber da matemática, um sorriso com lógica do real enganador, tudo que os escritores pensam são verdes verdades, fartura de um pensador e nunca de um pesa(a)dor.

O embolador sabe do brasil poente, no ronco do fole, ou no sacolejo das cordas da viola, até no bum bum bum da zabumba, que se confunde com o bater da máquina abrindo na fazenda o aguadouro.

Do olhar perdido na linha da caatinga, dos galhos retorcidos ressecos do que poderiam ser árvores, avelãs, dos pios agourentos e dos mudos urubus, carniceiros iguais aos iguais, nunca morrem de fome, quem pode imaginar cidades, carros, edifícios, avenidas, clubes, motéis, praças, parques de diversão, nada disso é necessário aos olhos dos sertanejos que somente buscam a nuvem cinzenta aquela chuvosa, a mulher fala na chuva aos filhos como um conto de fadas, aquelas crianças nunca viram água caída do céu, benção dos santos quando se é bom na terra.

É o poeta do roçado que dá alento ao coração, nos repique da viola vislumbrando algo engraçado no sorriso desdentado, na pele queimada sem protetor solar, das molecas rabudas dos sítios, das sonhadoras beatas das novenas de Santo Antônio doidas para casar. A perder uma esperança! também fiz promessas ao santo para casar com o Professor.

São os poetas populares quem sabem das artimanhas do cão no corpo das morenas jabuticabas, das canavieiras balas encomendadas nos barracões, os bêbados e dos boêmios, as paixões avassaladoras das moças de família pelo filho do boticário estudante em férias lá da Capital, das traições dos homens de negócios ou das viúvas, mulheres fazendeiras, dos bandidos da cidade e do sertão, da encantada balada dos valentes e das louvações nas Matrizes pelo senso comum implantando fé, as excelências, as carpideiras, o místico isolado dos iguais, o cantador transfere o banditismo do cangaço, a santificação de Padre Cícero, o genocídio de Canudos a prisão de Antônio Silvino a queda do Presidente e ascensão de outro igual, a eletricidade expandida no governo que esqueceu da água. Onde estão os severinos do engenho Galiléia?

A Academia exige estilos, exigem os críticos a criação da arte! Definem, definham nos jalecões bordado a ouro os pensamentos de cadeira de balanço, analisam, criticam as produções intelectuais deixando à margem aquilo que se constitui genuinamente criação... palavras sobrepostas como se escreve um épico popular? Cuida-se em quebrar as normas, os valores, as estruturas, ri-se os Erasmos da vã filosofia entre a terra e o céu mede-se o inferno da distância entre o não ser e os iguais.

A função do cantador é a mesma dos informativos, o processo de comunicação é feito através da visão do próprio poeta diante o seu mundo e à sensibilidade crítica dos olhos de quem recria a risadagem dos bufões, a alegria dos mambembes.

Nos pátios, nas feiras, festas, terraços de fazendas, nas bodegas dos engenhos degustando a pinga destilada no mais alto teor de pureza, o poeta suspira e na embolada faz seus versos como quem sorri da vida ociosa e ciosa das madames, nem sempre cultas porém voluntariosas, satirizam as pretas de aluguel que ganham fama promovendo felicidades e devaneios aos forasteiros ou servindo de montaria para algum novo rico da região.

As falácias da vida, das paixões, o roubo das éguas servem de falatório maiores do que Mariazinha do Trapiche que andava vestida de anjo azul e branco o timão amarrado na cintura, agora, ex-virgem. Coitada das solteironas fofoqueiras sacramentadas das sacristias com carteiras assinadas pelo ministério das desocupadas da fé divina.

Rezam nos paços das festas a Maria entre tantas Marias, beatas, putas e professoras, empregadas domésticas, descriminadas sofridas pobres mães, mulheres fortes na argura do sertão.

Dos mais variados motes, das mais diversas regiões um cantador desse é capaz de eleger, reeleger, ou destruir qualquer candidato político que assim o merecer pelas pagas dos votos.

Apontar os cornos antigos e indicar os mais novos, quem matou quem, quem deixou fugir, como foi o pagamento do novo vestido da mulher do juiz, e a procissão que sai da casa do Padre, segurando o andor os milicos da PM.

Se fosse possível narrar com a rapidez do pensamento um verso colorido sobre o governador, diria que é um esquerdista mas um mal estrategista juntando-se com deputado, presidente e vereador do grêmio dos oligárquicos do sabido cosumidor, do pobre e do trabalhador, do povo o sangue, do vagabundo a liberdade e do jovem a ilusão do direito ao voto só pra não perder o Status de permanecer engandador.

Das moças casadouras dessa cidade fermosa, o perfume e a seda das cobertas prestimosas cabe a todas experimentar, uma por uma lavada e curtida antes do amanhecer do dia os desvarios da noite no surrado lençol branco estendido no varal perto do espinheiro ou em outra freguesia onde a capela e a grinalda ornada com a flor de maracujá como a virgem em romaria atravessa todo o dia no lombo de um caminhão de pau de araras mas nunca de bóias frias..

Como se ninguém soubesse o tamanho da hipocrisia.

Para as freiras e para os padres, sinceras desculpas; mas é curioso entender porque nos colégios de madres sempre se encontra um padre refestelado, à própria imagem e semelhança da luxúria e prazer. Carros, castelos, seguranças, palavrórios de povo eleito esquecendo-se daqueles que estão no eito e nas varas, presos aos miseráveis salários dos ainda abastados patrocinadores desses guetos.

Para os heróis nacionais que preenchem a necessidade do Super-homem, Batman e Robim, Mulher Maravilha, todos heróis estrangeiros, acende-se um rojão de Carpina, que continuem lutando os neo-liberais para obter capital estrangeiro justificando a globalização e invocando Lampião o Hooby Wood do Sertão, pra quem sabe da história um bandido sem alma, um sanguinário sem coração, mas um amigo dos políticos que tendem fazer do bandido o segundo santo do Sertão..

O homem ainda não elegeu o seu deus, Deus livre essa gente de uma revolução; já bastam os tiroteios da miséria, e a violência omissa dos iguais. O sinal do desemprego, .e a falta de escola, o homem tolhido em tudo inclusive do direito de cidadão. Falta até confiança para se escrever as páginas da história, porém, o cantador faz verso como quem sofre da razão, ao deparar com tantas coisas desastrosas no colo da Terra Mãe, fala o que a sociedade pensa somente nos versos, na lua e na prosa, nunca esquece as denúncias e o poder, embora estremeça diante das falcatruas, infelizmente, para não perder a liberdade e não caber numa prisão, denunciar custa caro mesmo sem ter de citá-los, imaginem, se; se pudesse escrever os nomes dos acoloiados dos iguais, haveria de caber num listão de vestibular, macomunados de tanto candidato safado, de tanto corrupto, de tanto gatuno empolgado em mostrar título de doutor.

O cantador é assim que faz verso desarvorado para as meninas do lugar pensando que são as órfãs e nunca um pai vai cobrar. Faz verso paras mulheres da vida, boas raparigas que acalentam em seus seios os dias pesados dos eitos, as satisfações a lhes tomar a boca banguela num beijo e o cheiro azeitado entre o furtum do torrado e o perfume barato, a friagem da lua o olhar da moleca faceira que espreita o momento de ser iniciada sexualmente como um animal no cio.

O cantador traz consigo a mágoa da mula, do matulão, a saudade das cabras e dos cabras das praças coçando as barbas, tirando o chapéu de couro, sorrindo das aventuras, sérios com as notícias de Brasília, sensor dos destinos das freiras e deboches aos padres, crente na Virgem e no Jesus de Nova Jerusalém, Padre Cícero, conhecedor das histórias de Lampião e Silvino, levando curioso a imagem da Igreja do Espinheiro, sonhando com a pele branca e macia da filha do empresário que patrocinou a viola na festança da fazenda.

O cantador, segue em frente, pensando na boléia do caminhão, rumo ao resto de rio que divide um município do outro, dez reais no bolso e milhões de alegria no coração, espraiou riso, despertou e informou o seu povo de todo dia, como se luta contra o opressor aquele que diz no rádio e se amostra na televisão pisando nas terras brasis do Sertão, não aquele meio morto meio vivo não o que sofre seca, fome e dor.

Mas aquele das crianças estudando e todo adulto trabalhador, onde o verde cobre a colina e o gado pasta tranqüilamente, debaixo de um Salgueiro, Marília e Dirceu namoravam despreocupados, com a Inconfidência, amém.

Lia Lúcia de Sá Leitão
Enviado por Lia Lúcia de Sá Leitão em 22/02/2012
Código do texto: T3513205
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