Nunca diga nunca
(Num bar, setembro de 2002)
- Você vem sempre aqui?
- Que criativo! Acho que nunca tinha ouvido esta cantada antes.
- Bom, pra mim sempre tinha dado certo. Até agora.
- Nunca desista antes do fim!
- Ufa! É sempre bom ouvir isso. Como você se chama?
- Daniela... mas sempre me chamam de Dani. E você?
- Peter Pan, da Terra do Nunca.
- Você é sempre engraçadinho assim?
- Só quando estou na frente de uma mulher linda como nunca vi antes.
- Engraçado isso! Nunca ouvi uma frase tão sem sentido.
- Nem tudo sempre faz sentido.
- Verdade, tem coisas que nunca fazem.
- O amor, por exemplo... a gente apanha mas sempre tenta de novo.
- É verdade, a gente nunca desiste.
- Sempre se pode acreditar que será diferente, não é mesmo?
- Não sei... acho que nunca mais vou me apaixonar de novo.
- Nunca diga nunca. Lembre-se sempre disso.
- Sempre achei isso uma bobagem, mas agora estou repensando...
- Dani, veja só... É agora ou nunca. Vamos tentar?
- Sei lá... bem que você poderia ser o cara com quem sempre sonhei!
- Ué, nunca é tarde pra descobrir...
(Num quarto, março de 2003)
- Eu nunca amei alguém assim antes!
- E você é o cara com quem sempre sonhei!
- Dani... eu sempre vou te amar! Sempre!
- Eu nunca vou te deixar, Pedro. Nunca!
(Numa cozinha, maio de 2009)
- Nunca pensei que você fosse capaz de fazer o que fez! Nunca!
- Você, sempre tentando por a culpa em mim... Sempre!
(Na sala de espera do advogado, janeiro de 2010)
- Não quero olhar na sua cara NUNCA MAIS!!!
- Nunca diga nunca, lembra? Mas vou atender ao seu pedido... como sempre!
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Este texto faz parte do Exercício Criativo "Nunca/Sempre"
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