NAQUELA RUÍNA
Andando naquele capoeirão
Naquelas ruínas de um velho galpão
Encontrei uma mulher que vivia ali escondida
Ela me disse que de tudo se escondia
Das coisas que lhe acontecera um dia
Era complicada, mas estava muito arrependida.
Encontrei por um acaso enfim
Ela até quis se esconder de mim
Se refugiando naquele matagal
Pediu pra mim não se aproximar
Mas assim mesmo fui chegando devagar
E fui dominando porque parecia um animal.
Ela muito sismada perguntou o que queria
E atrás de umas folhas se escondia
Uma cabeleira quase cobria seu rosto
E com um jeito bem cuidadoso
Fui se achegando pra não ser tão perigoso
Assim fui creditando seu gosto.
Foi longa a história dela
E naquele velho galpão só Deus e ela
Fugida ali ela se exilou
Amargurada com o que lhe aconteceu
Revoltados todos não te compreendeu
Fiquei indignado com o que me contou.