A Cultura da Paz. - Lia Lúcia A. de Sá Leitão
Introdução.
“ A verdadeira Paz é muito mais do que a ausência de guerra. É um fenômeno que envolve desenvolvimento econômico e Justiça social;” ( Ano Internacional da Paz ,2001)
A convivêcia fraterna é um desejo antigo da humanidade, porém os intereses econômicos, religiosos e políticos sempre interferem nas proposições que elevam a paz em detrimento dos atos mais nefandos do egoísmo e sentimento de poder e força que alguns homens alcançam no percurso da vida.
É importante frisar que as mais importantes guerras do Mundo foram idealizadas por um ser e depois discutidas em axiomas para depois se tornarem fatos. É muito pouco no histórico da Terra a estatística de apenas 234 anos sem conflitos intensos.
A natureza bélicosa do homem tem registros desde a formação de clãs até hoje na sociedade pós moderna, as concorrências nem sempre honestas também são motivos para disputas que não se apresentam com a mesma dimensão dos sacrifícios das guerras mas mata e fere tanto quanto qualquer tipo de violência que seja contrária a paz e ao bem estar humano.
A poesia dos mais belos pores do Sol se dilui a esperança de um pouco de paz em tempos de conflito, mas como não vê-los em tempo de alegria? O homem como provedor de bens materiais é capaz de promover toda a sorte de propaganda midiática que funciona num percentual positivo de cadeia em cadeia, tribo em tribo, faceboock para faceboock e assim sucessivamente, a coragem das denúncias, a positividade das conquistas em vistas vitórias quase impossíveis, mas o homem parece não ter argumentos fortes para imprimir através do poder midiatico, a concordância em um único aspecto, a paz. A industria bélica não permite que o homem promova a paz assim como as neroses comuns no dia a ia da vida moderna também não vê com bons olhos as vagas nas empresas aonde existe uma concorrencia de trabalho, os preconceitos marchetados das entrevistas, a imposição de qualquer motivo de credo e religião como a única viés de salvação e fé,
Promover a paz é saber que ao lado existe alguém em conflito precisando de um olhar, um gesto, uma palavra, assim como pedir pela paz é exigir daqueles que respondem por nações em defesa da Terra se posicionarem como reais defensores públicos dapaz e pela paz, mas nunca empurrar para a humanidade os discursos mais sensatos e nunca executados.
A Paz para os Homens .
Geralmente em todos os temas abordados sobre a paz castiga-se períodos e períodos na situação conflituosa dos árabes, judeus, índios brasileios, o extermínio malaio, as forças socialistas de uma China que reluta em abrir para as influencias ocidentais, mas vence a economia mundial dos regimes capitalistas com os chinglingues que invadem as ruas do mundo e conquista o desejo de consumo pelo preço dos produtos de duração rápida assim como a modernidade exige.
A velocidade, a dinâmica, nada pode envelhecer e as indústrias do ocidente perdem funcionários e concorrem em seus próprios espaços numa economia desconcertante. Fechar para os chineses ou abrir para os nacionais? Eis a grande dúvida econômica, mas para quem serve dois senhores serve também ao poder da insatisfação e violência, as máfias ao patrocínio das violências urbanas que também são momentos de confronto e de pânico.
Ainda se mantém o discurso de Alexandre, o Grande é necessário vencer pela gu. erra, pela espada, pela luta para depois apaziguar o povo com mel e vinho, comedorias e festas, para só depois governar. Mas a frente Tomas Hobes escreve sabiamente; “ O Homem é o lobo do homem” ou seja; os homens são perfeitamente iguais, desejam as mesmas coisas e têm as mesmas necessidades, o mesmo instinto de auto-preservação.Por isso, o estado natural é conflito..é guerra. É desconcertante se pensar nesse movimento de paz pela guerra, quando seria mais interessante a sofisticação que é a razão humana pelo poder de descartar o extermínio dos seres.
Parece prazeroso saber imaginar o poderio bélico das nações, parece satisfatório para a humanidade o poder de violência do homem e mais interessante é o poder de criação e estudos desses fatos catastróficos. Os livros ainda mais vendidos no mundo inteiro são aqueles relacionados om a segunda Grande Guerra Mundial, em que Hitler apareça em evidência como o grande mentor e carrasco dos judeus, apesar dos omandos e dos comandados, quem ordenou ou desordenou o holocausto foi a disposição do prazer mórbido de intimidar pela força, alguuns teriam que purgar sem julgamentos, aleatoriamente marchavam para a morte com a vida entregue para o consumo da História da Guerra, fazer guerra é valorizar a paz em tempos de reconstrução e aprimoramento da modernidade. Assim sendo as maiores atrocidades do século XX foram registradas e aceitas as suas justificativas de guerra são aceitas.
O sinal de alerta já está lançado faz anos, o mundo não quer caber dentro da Terra que lhes é de direito e quer mais, o homem que não obedece ao homem e concorre com o poder é o inimigo em potencial. A dinâmica do mundo pela paz é a via inversa, historicamente as guerras se promoviam entre facções distintas pelo poder, pelo espaço, pela água, pela comida, pela religião, pela vida do outro que poder ser mais um bem a favor do ominador.
Porém, ninguém fala das lutas silenciosas, das canônicas, das humanisticas, das científicas, da vida pela vida.
Enquanto a guerra não é uma ilusão, é fato, mas quem faz a guerra é o poder da persuasão.
Ao tratar dos conflitos armados nunca se imagina que a mãe que perde o filho é em carne a Pietá. O homem que é morto independente da fação que pertença dos bandidos ou dos mocinhos, a dor da morte é única e a visão do corpo inerte é o que o cristianismo prega, o sofrer de mais um Cristo.
As comparações e as estatísticas são inerentes aos homens modernos para defender ou desencadear conflitos ou a interrupção deles, mas nenhuma situação de desordem é resolvida com bolas de sorvetes e pipocas, sempre os acordos são institucionalizados, homens da Lei de um lado, homens sem Lei do outro e uma parte minoritária são os espectadores que oportunamente se convencem que todas as atitudes pela paz são perfeitas.
Não haverá paz sem muito esforço de reeducação humanistica, mas o poder tem sabor de coca cola no deserto, feijoada com Tio San, pizzas na China, croassants no Japão e chucrutes na França, todos em um grande fast food turistico pela Grécia. Se falar de paz em meio aos conflitos existentes é teorizar o medo do escuro sem tocar no interruptor para deixar a claridade alumiar a vida.