O SORRISO DO PAPAI NOEL
O SORRISO DO PAPAI NOEL
Pedrinho e Alice eram dois irmãozinhos que viviam brigando. Pedrinho tinha cinco anos e Alice acabara de completar quatro. Como irmão mais velho, e por seu orgulho machista, já implantado desde os primeiros minutos do seu nascimento na sua cabecinha ele acreditava poder controlar todas as situações e sentia-se superior a irmãzinha. Achando que Alice era uma tolinha que só gostava de brincar de bonecas.
Aproximava-se o Natal e eles foram levados ao shopping para tirar uma foto com Papai Noel. Sua mãe sem saber como providenciar tantos presentes para os pequenos com a pequena quantia que seu marido traria para casa com um “bico” que tinha arranjado durante o mês, tentava empurrar-lhes a idéia, que Papai Noel talvez não pudesse trazer todos os presentes que eles pediram.
- Mãe eu quero tirar mais uma foto com o Papai Noel, gritava Alice, enquanto Pedrinho lhe dava um beliscão com raiva, pois notou que o Papai Noel tinha dado uma atenção especial para sua irmãzinha, e até piscou o olho para ela ao se despedirem.
Chegando a casa, Pedrinho resmungou bastante com a mãe e a irmã, tinha ficado com ciúmes do Papai Noel, e resolveu detonar a irmã com a bomba: - Sua boba, Papai Noel não existe ele é o nosso pai, todos os meninos da escola já sabem disso, só você bobinha que não sabe. Alice respondeu-lhe: - Você não é mais esperto do que pensa, Papai Noel é mesmo o nosso pai, eu já sabia há muito tempo. Ele sem graça, perguntou: - Como você descobriu, quem te contou? – Ela respondeu: - Eu vi hoje quando sentei no colo dele e dei um beijinho, ele tem o mesmo cheirinho do meu pai, quando ele piscou para mim, eu vi o sorriso dele, era mesmo o meu pai.
Pedrinho chamou a mãe e perguntou: - O Papai Noel do shopping é mesmo o papai?