ABREU E LIMA E O CEMITÉRIO - LIA DE SÁ LEITÃO - 15/11:2011

Um pouco de História de Pernambuco para que os meus queridos leitores saibam o motivo que estou escrevendo esse conto, O Abreu e Lima e o Cemitério. José Ingnácio Ribeiro de abreu e Lima, o Padre Roma, entrou para o Conveno de Goiana um município pernambucano com tradições históricas, recebeu o nome de Frei José de Santa Rosa. Era um homem cultissimo, estudou Teologia em Coimbra, estudou em Roma mas, abdicou da vida monástica para a secular e o fez com valor no ano de 1807. Retornou ao Recife e abriu uma banca de advocacia, como particularmente em Pernambuco as pessoas ainda ganham a alcunha pelo que faz, Abreu e Lima ficou conhecido como Padre Roma, assim: aquela banca de advocacia é de Ignácio Abreu e Lima... que Ignácio? Aquele que ia ser Padre em Roma.... hum! O Padre Roma... e assim Ignácio entrou para a História. Tornou-se um revolucionário, foi mentor da Revolta Pernambucana de 1817, homem de brio, numa missão revolucionária a caminho da Bahia foi preso, julgado e condenado à morte em 29 de março de 1817. O fuzilamento desse herói pernambucano foi diante do filho seis anos antes de finalmente o Brasil ser liberto do poder português. Esse filho que testemunhou a morte do pai é conhecido pela História por General Abreu e Lima. Aquele que lutou bravamente ao lado de Simón Bolívar. Carissimos esse homem tem muito mais história a ser contada do que esse simples relato.

Agora começa o conto, a minha inusitada e aterrorizante historia dando graças ao Bom Deus que iluminou o Dom Cardozo Aires para deixar o herói no cemitério dos ingleses. Primeiro porque no cemitério de Santo Amaro hoje acomoda uma superpopulação de descançados já não tem mais lugar nem para se virar ou descansar mais um tanto de tempo quem perde a sepultura fica todo entroxadinho num saco dentro de um minúsculo ossuário familiar.

O Gal Abreu e Lima tem sua sepultura larga, só pra ele, até pode se revirar folgadamente como todo herói. Mas o que quero escrever é que o General foi reconhecido e homenageado cem anos depois da Revolução Praieira, em 1948 com um Município localizado a uns 20 quilômetros do Recife, a cidade de Abreu e Lima, a verdadeira protagonista desse enrolado conto.

Lá na cidade o cemitério leva o nome de Santo Antônio, e é mais recente que a velha e adorável história dos heróis pernambucanos, arcabuzes, espadas, gritos, picuinhas em periódicos, uns jogando pinicos de xixi nos outros, e lá vai água! A guerrilha tocava fogo nos canaviais dos senhores rivais, os rivais roubavam as filhas mais bonitas do inimigo e se apaixanavam e faziam filhos que não eram bastardos depois das brigas. era uma briga de titãs, mas hoje merece nosso respeito pelo e ideal de justiça, respeito pelo aquele homem queria para a sua gente e pela sua terra e pela Pátria.

Mas o respeito e liberdade estão adormecidos com o herói e o que resta é ficar junto ao berro do poder.

A colocação BERRO DO PODER é uma denúncia do descaso que se faz ao poder público administrativo do Estado de Pernambuco.

O cemitério dos Ingleses fica quase em frente ao Palácio dos despachos do Governador e caminho para a cidade que carrega o nome de tão enaltecedor staf Abreu e Lima. Porque tamanho arrodeio? Simples!

Hoje o cemitério de Abreu e Lima é uma exposição de cadáveres e ossos a céu aberto, tem vídeos em jonais sensacionalistas, que é lá aonde o povo tem voz e aonde os documentos mais caros da comtemporaneidade comprovam a História do povo e a veracidade do que escrevo.

No dia dos mortos uma família foi limpar e velar seu filhinho de oito anos e lá se deparara com a inenarrável situação, na sepultura do menino falecido em 30/09/2010 estava o corpo de uma mulher e uma outra família a chorar a ausencia daquele ente e as duas a se revoltarem com o descaramento da administração do cemitério Santo Antônio.

A mãe enlouquecida sai em busca de explicações para saber o destino do corpo de seu filhinho e a família que estava com a mãe enterrada naquele local apavorada garantindo que não permitiriam tal fato. Finalmente alguém aponta os restos mortais da criança estavam insepultos no terreno do cemitério e diz: mulher eis insepulto o teu filho amado. PARA DESESPERO DESSA MÃE O RECONHECIMENTO DO CORPO FOI FEITO PELO QUE RESTAVA DA ROUPINHA COM A QUAL FOI SEPULTADA A CRIANÇA.

Diante dessa denúncia outras apareceram, carissimos leitores eu vi o vídeo de um oveiro, funcionário o cemitério retirano um corpo que ainda expelia fuidos do corpo para sepultar um morador novato que nem imagina o que poderá acontecer om seu corpo dali para frente o caos pós morten.

Imaginei o Dom Aires nos rigores da Igreja Católica testimunhando como alma não sei se penada ou se com pena dos corpos retirados da sepultura e do seu leito de descanso eterno dessa forma quem pagaria no inferno? O Prefeito, a Administração, os coveiros? Coitados esses cavam, apenas cavam e cavam em meio ao ambiente infecto de carne humana apodrecida e de outros túmulos que foram violados por animais, cães de ruas cavaram e arrastaram corpos pelo barro do SAnto Campo. Caro leitor eu falo em cães, aquele bichinho de quatro patinhas que faz au au e é o melhor amigo do homem. O cão! Cão do inferno só para quem merece a geena por deixar acontecer uma barbárie desse tamanho com as famílias que estão sofrendo o luto, e só quem sabe o sentimento de perda é quem já passou pelo fato.

Agora vamos ao aterrorizante esparrame de ossos, ataúdes são quebrados ou largados em poças d´água com restos mortais ainda com carnes grudadas na ossada e a desfiguração da face apodrecida. Uma verdadeira cena para os filmes de Zé o CAixão.

Vi a cena de um corpo enrolado em vestes podres que sorria um sorriso esquelético e cobrava o seu cantinho de repouso, mas estava fétido, semi ressequido pelo pouco tempo de sete palmos de areia sobre o ataúde e agora ali largado sob sol escaldante ou enxarcando das chuvaradas sem sentido que tem acontecido estranhamente na região norte.

Os viventes que foram chorar os seus mortos viram o quanto as promessas de alguns irresponsáveis que brincam de política e pedem votos aos que ainda estão por aqui são engodos, mas quem esquece que familia de defunto vota! E Elege! Ou despreza do mesmo jeito que estão fazendo com os mortinhos da Silva em Abreu e Lima.

Os ossinhos do General Abreu e Lima devem estar tilintando na sepultura no cemitério dos ingleses! O Bispo Cardozo Aires arrependido da besteira que fez deve se sentar na pontinha do seu mausoléu e se imagina lá no cemitério de Abreu e Lima.

O Dom entrou para a História porque não permitiu o seputamento do General no cemitério de Santo Amaro porque ele era maçon e na cidade em que lhe deram o nome não permitem ao morto o direito ao descanso numa cova rasa porém limpa digna de alguém que já produziu, pagou impostos, riu, dançou, chorou pelos seus antepassados mortos e também se despendeu de casa para votat em alguém.

Carissimos não há quem responda serieamente pela dor do cidadão que deixa ali alguém que somou afeições, e sim ao eterno DESCASO por causa da irresponsabilidade, da negação administrativa de fiscalização como também a falta de compromisso das igrejas, aonde estão os pastores e os padres que botam a boca no trombone a cantar e louvar? Diante de tamanha denuncia se acovardam e se esondem!

É bem verdade que se os vivos apenas choram como defunto fala ou reivindica direitos?

O desconhecimento do próprio povo que o Campo Santo é mantido com dinheiro do governo que por sua vez sai do bolso de cada vivente que paga os impostos.

Mas, fazer o quê com aquela memória presa na moldura da foto histórica do abraço ou aperto de mão e com o sorri dentes político, pois é, sorridentes políticos em ano de eleição devem responder no futuro a negação do que está por trás dos muros, até os do cemitério?

Um voto errado pode deixar mais um defunto sem teto ops! sem areia nas covas.

Lia Lúcia de Sá Leitão
Enviado por Lia Lúcia de Sá Leitão em 15/11/2011
Reeditado em 16/11/2011
Código do texto: T3337826
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