Pronto, já estava decidido. Depois do sucesso do nosso lançamento  do V . II do livro Poetas Contemporâneos do Brasil e da nossa Agenda Poética na Bienal do Rio de Janeiro, estaríamos indo rumo a Maceió na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Agora com um stand somente para o Portal do Poeta Brasileiro. Todos animadíssimos!

Resolvi que não iria direto do Rio para encontrar-me com a Aline Romariz, fui antes para Campinas para participar de um Sarau Poético e compramos passagens todos juntos  para sairmos de lá. Empolgados por poder divulgar o trabalho do Portal e lançar mais uma coletânea na Bienal. Aproveitei também para resolver algumas coisas pendentes sobre o meu livro individual com a Mariela e levar material de pesquisa para o novo livro do Fabio Renato Vilella.
Mas havia um motivo maior, eu convencera a Betina Marcondes, ir de avião para Maceió, então eu deveria estar junto dela, pois seria seu primeiro vôo, e eu tinha que estar lá para segurar a sua mão.
Tudo preparado, a trupe de Poetas segue no primeiro vôo entre Campinas e Salvador e a Betina e o Afranio se comportara super bem.
Mas quando fizemos a escala em Salvador, entramos num avião com muitos passageiros. Eu como sempre, quero ir na janela vendo tudo, ou nada porque era de noite. Mas estávamos lá. Então ouvimos todas as instruções de vôo e lá vamos nós. Acho mesmo que desta vez a Betina nem segurou a minha mão. Foi nesta hora, quando o avião aumentou a velocidade para decolar... Ele parou bruscamente e voltou ao chão e isto foi sentido por todos,  e pior por eu, que do lado de dentro só vi aquela fumaça preta vindo asa. Fechei rapidamente a janela para que a Betina não pudesse ver, e ela nem estava olhando... Eu e Aline nos olhamos, a Betina ja estava apertando a minha mão e o Teco branco que nem cera. Um susto daqueles! E que se prolongava, pois o piloto por três vezes falou: um vento muito forte de superfície, uns quinze minutos depois, falou que precisamos esperar que seria trocado um pneu de pouso e demoraria meia hora , e finalmente que tinha havido um problema na turbina, e teríamos que trocar de aeronave! Pareceram horas, o tempo que um ônibus veio nos buscar na pista, no meio da chuva, fazer todo um percurso, para entrarmos até o outro avião. Silenciosos e apavorados.
O vôo que era para ser de três horas e meia virou a madrugada.
Chegando em Maceió, já refeitos e num vôo tranqüilo, fomos recepcionados com um belo café da manha e por onze dia foi só de trabalho com folgas para praia, piscina, muita água de coco e comidas típicas. No paraíso de Poesia e Mar, tudo que amo!
Talvez algum de nós só tenha lembrado o susto depois dos onze dias, na volta para Campinas mas... estávamos felizes demais , com saudades de casa... e tudo correu bem! A Betina pode ate fotografar as nuvens ao amanhecer!












Este texto faz parte do Exercício Criativo - Um Susto.
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Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 11/11/2011
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