A Bailarina
Ela sente como se não pertencesse a este local, e não pertence. Observe pela janela dos teus olhos, todos têm pressa de viver
Mas espere, criança, não há nada para você!
Não chore, espreite a lâmina suave e maldosa transpassar a tua pele alva, rasgando até o âmago da tua alma.
Os sons de risos te machucam. Oh, melancólica solidão, quanto dela ainda queres?! Levante-se, alimente-se, puna-se! Agora contemple o mar. Sinta o vinho fertilizando teus pulsos,
Dance, bailarina, dance! O teu espetáculo fúnebre persistirá morosamente. Paciência, bela flor, a escuridão é para todos.