A LÍNGUA DE ALEXY

A LÍNGUA DE ALEXY

No ano de 1948 um jovem biólogo português chamado Alexy, apaixonado pelas águas desconhecidas, resolve fazer uma pesquisa no mar e suas dimensões no oceano atlântico. Durante sua pesquisa Alexy encantava-se com as belezas naturais, ficava maravilhado com suas descobertas e mistérios que as águas atlânticas tinham para Alexy o mar era sua fonte de inspiração. Mas em certo dia as águas que tanto fascinavam sua vida atingiu fortemente sua embarcação fazendo-o naufragar.

Quando acordou Alexy encontrava-se a beira da praia, cercado de árvores e muita terra. Assustado do ocorrido levantou-se e põe-se a caminhar, escutando os pássaros a cantar, Alexy amenizava sua dor, pois além de tudo a natureza era sua vida.

Durante sua caminhada em meio aquela terra, uma linda jovem de cabelos pretos lisos, vestida de roupa natural feita de folhas, em seus cabelos penas de pássaro que abrilhantavam ainda mais a sua beleza, a linda jovem tentou se comunicar com Alexy, porém, ele não a entendeu, mais com os simples cuidados que a linda jovem demonstrou para ele, fez com que eles se apaixonassem. A jovem pegou em sua mão e o conduziu para sua morada, chegando lá aos outras pessoas que se vestiam da mesma forma, ficaram espantados ao vê-lo, mais algo que ela disse fez com que todos o recebessem. Depois de duas semanas, Alexy recebia todo tipo de assistência como comida, roupas e cuidados, a cada momento ele ensinava a jovem sua língua, explicando-lhe que esta surgiu das grandes invasões de sua terra, ele ensinava e ela admirava em saber que a língua portuguesa teve origem em batalhas.

Após um mês, Alexy aprendeu quase todos os nomes daquele povo, inclusive o nome da Iaça, a linda jovem que salvou sua vida, ele também se admirava como aquele povo aprendia com facilidade sua língua.

Todas as vezes que o sol ficava atrás dos coqueiros, a sombra harmonizava aquele lugar e essa era a hora do almoço e no relógio de Alexy marcava incrivelmente meio dia. Em um desses almoços Alexy conversava com todos:

ALEXY: Quero agradecer todos vocês por me acolherem e me tratarem tão bem.

IAÇA: Eu e meu povo que agradece sua companhia, você é um homem muito bom.

CRIANÇAS: Você é muito legal. Obrigado por cuidar de nós. Os peixes que você faz é muito gostoso.

Um dia após o termino do almoço, Alexy e Iaça caminhavam pela costa do mar, conversavam, brincavam e riam muito, porém em um descuido de Iaça, Alexy acabara comendo uma pequena fruta capaz de matá-lo e oferece a Iaça que explica que esta fruta é venenosa.

IAÇA: Você não pode comer, vai mata você.

ALEXY: (Triste) Mais eu já comi.

Alexy começa a passar mal e seu corpo é tomado pela fraqueza, logo ele cai nas areias brancas e Iaça que o amava desde o primeiro instante, não pensou muito e também ingeriu várias sementes daquela fruta. Deitou ao seu lado esperando sua morte. As ondas que se lançavam fortemente a beira da praia levaram seus corpos juntos para o mar, deixando apenas lembranças dos costumes, crenças e a língua portuguesa viva naquele lugar.