Vida
Não é uma carta, um fragmento ou uma poesia. É um amontoado de vida, desordenada, traduzida em letras inconsistentes.
Composta a partir da insegurança em que dançam os corpos, mas não tardou em ser o espaço vazio da fuga. Fragmentos de vozes, que habitam e desocupam lugares, não físicos dessa vez.
Dos sentimentos inerentes ao mundo ela apenas é. Lacunar e instável. Não me atrevo a atribuir sentidos ou desfazer apocalipses.
Vaga, rala, incoerente.
Um rosário inútil, transbordante de conteúdo, que desocupa significações ao se repetir.