A GUERRA É QUE ESPERE
Num campo de batalha, os soldados aterrorizados invadem um casebre para se defenderem das balas que ricocheteavam por todos os lados, e depararam com uma velhinha coando café.
— Minha senhora, esconda-se embaixo da cama, as balas estão acertando a sua casa. Ela responde:
— Não posso, meu filho, estou coando o meu café, a guerra é que espere. Os soldados se olharam perplexos.
Depois... após o café coado a velhinha coloca na rústica mesa e chama os soldados para tomá-lo. Saindo do quarto onde se escondiam das balas, os soldados cônscios do perigo que corriam, tremendo, no auge do desespero, vão cuidadosamente até a porta e olham para fora, O combate havia cessado. Nem um tiro se escutava mais, o silêncio era uma bênção.
E eles voltaram para dentro do casebre e tomaram o café.