Vivendo ali em uma casinha, com muitas dificuldades...

Vivendo ali em uma casinha, com muitas dificuldades seu Florêncio casado com dona. Eva; era uma casinha feita de pau a pique de chão batido, com três peças; dois quarto, uma cama em cada quarto. As camas se chamavam de tarimba; era feita de tabuas bruta. O colchão era de palha. Eram assim: _ um saco bem grade cheio de
Palhas de milho desfiada.
Bem no centro da cozinha tinha um fogo.  de chão estava sempre acesso.
Tinha uma corrente pendurada à cima do fogo com um gancho na ponta, que pendurava uma panela de ferro; para cozinhar. Quando não ficava uma chaleira de ferro com água quente para o chimarrão também pendurada no gancho.
Um bule com café estava lá também! O cafezinho sempre quentinho e bolinhos de fubá... Ah, mas como e
668026.jpgra gostosa uma broa que
 a dona Eva fazia! Ela abria as brasas e colocava uma panela de ferro com a broa no meio das brasas, para assar. Na noite cobria de brasa e só tirava de manhã. A broa ficava bem marronzinha! Que gotosa; com café! Depois do café seu Florêncio pegava os bois ia lavrar a terra para planta; era da terra lavrada que eles tiravam o seu sustento. A dona Eva ia cuidar de tratar os porcos, as galinhas, tirar o leite, colher os ovos, cuidar da horta e lava
r a roupa no riacho. O sabão era feito de torresmo e da buchada dos porcos. Quando matava um porco tudo era aproveitado à soda era feita de cinzas deixava a cinzas, em um recipiente com água pelo menos umas duas semanas depois usavam a água curtida nas cinzas. O sabão era usado para toda a limpeza; até para tomar banho.
Quando ia chegando perto da casa já se 
sentia o cheiro das flor es do jardim; até parecia que aquela era uma cazinha mágica de tão lindo aquele lugar! Havia roseiras
De varias espéc
ies, de cores variadas. A dália colorida, palmas estava sempre florida, o
Jar
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dim à tardinha o cheiro das flores se misturava; o jasmim era o mais cheiroso. A lua parecia que descia no riacho para se banh
ar, era tudo mágico à noite ali as
Estrelas
 forma
vam um lençol nas águas com a lua no centro do céu
. A casa ficava na beira do riacho de águas muito clara as arvores eram cobertas de orquídeas e azaléias coloridas. Dona Eva era uma mulher muito lind
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a com a pele morena, quase preta, cabelos longos encaracolados, com cheiro de manjericão, ela esmagava o manjericão em uma vasilha com água limpa. Quando se banhava na cachoeira, as águas espalhavam os cabelos longos formando um espetáculo como, se fase u
m quadro pintado ali se juntava com as margens do riac
ho, as azaléias, orquídeas, pás
saros coloridos voando baixinho, quase tocando nas águas. Seu Florêncio também era um moço muito lindo de cabelos loiros olhos azuis com corpo forte, eles tinham três filhos: duas meninas que eram morenas como a mãe e um menino loiro como o pai; as crianças nem parecia ser irmãos, na escola as meninas eram rejeitada enquanto o menino era bajulado. Um dia só voltou o menino para casa; quando os pais perguntaram das irmãs o menino respondeu: _ que as irmãs aviam fic
ado de castigo. Florêncio esperou até a tarde; como
As meninas não chegaram foi até a escola. A professora falou que quando
Termina-se o turno da tarde ela soltava as meninas que estavam de castigo
Encima do forro da escola; elas ficariam ali para aprender a ler, o menino também
Não sabia, mas não ficou de castigo. O pai ficou ali esperando. A professora falou que as meninas gritaram um pouco por que estavam com medo do escuro, mas depois ficaram quietas. Castigo é assim mesmo! Quando ac
abou o castigo a professora abriu a entrada do forro da escola e uma enorme surucucu pulou encima dela estava furiosa logo a pico
u bem no rosto varias vezes e saiu dali se arrastando
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 se embrenhou na mata que ficava perto da escola seu. Florêncio estava desesperado por causa das filhas que nem se preocupou em salvar a professora, ou em matar a cobra.
 
ra chamou pelas filhas
muitas vezes elas não respondiam subiu ate o forro as e
ncontrou abraçadas dormindo
um sono profundo! Elas disseram que havia uma cobra muito grande lá, mas que um anjo deu ordens para a cobra não tocar nelas. E disseram que era um anjo moreno que parecia com a mãe delas! Brilhava como a lua lá no riacho! Os cabelos pareciam
 com os da mãe
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, mas que estavam cheio de estrelas espalhados com aquele brilho elas fecharam os olhos e dormiram. Não viram mais nada. Com as filhas nos braços seu Florêncio agradecia ao Deus dos altos dos céus que 
mandou o seu anjo em socorro das filhas livrando-as, da enorme cobra que vivia lá no forro da escola quando desceu de lá com
as filhas o seu coração estava cheio de amor! Correu para salvar a professora que ainda pediu perdão por ter castigado as meninas, dando um castigo que a cobra poderia ter matado as duas as menin as, e o pai perdoou a professora que morreu alguns minutos depois. As meninas abraçadas na professora pediam em prantos que ela não morresse.
O menino era filhos do mesmo pai da mesma mãe também não sabia o alfabeto, mas não ficou de castigo. Somente as meninas ficaram.
Por muito tempo podia se ver as duas meninas com um punhado 
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de flores do campo que colhiam com muito amor levando na sepultura da professora; se ajoelhavam e faziam uma oração ate parecia que se sentiam culpadas pela morte dela. {fim}
 

Dona Joana
Enviado por Dona Joana em 25/10/2011
Reeditado em 20/11/2011
Código do texto: T3297013
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