AS FORTUNAS DE BENZON SERIE (2ª capitulo)
E assim sendo ele foi ao local para dar uma olhada, olhou e quase caiu de costas quando viu que ali não tinha nenhum ninho de gatos; mas sim um recém nascido e chorava muito.
Vicente viu a criança, e virou nos pés, e saiu correndo sentido a delegacia de policia, iria pedir socorro para a criança, tinha até esquecido dos cachorros. Mas quando já tinha percorrido alguns metros e ao ver eles os cachorros, se lembrou, também já pensou () e se esses animais acham a criança, vão comer o coitadinho.
E voltou na mesma carreira, chegando aos tambores quase sem fôlego; pegou a criança do jeito que estava e voltou andando depressa, quase correndo, e assim chegou à delegacia com a criança no colo, ai acordou o policial, que despertou e vendo que era o vigilante, e disse. __Se for, problema fale com o sargento, e Vicente foi acordar o sargento.
Este acordou sentou-se na cama e ouviu o relato do vigilante, e levantou e olhou a criança ai ele se apavorou, pois a criança estava suja de sangue devido ter acabado de nascer, e muito mal cuidado, ai o soldado também se levantou e os três saíram, e foram levar a criança ao orfanato.
Lá foram atendida pela irmã Carmèla, que fazia o plantão naquele dia, enquanto a irmã cuidava da criança, os dois homens esperavam, visto que o soldado já tinha voltado, para a delegacia.
Uma vez cuidado, a irmã pôs uma mamadeira, em sua boca e ele parou de chorar, o desespero dele era fome e chupava com vontade, a freira se aproximou dos dois homens, que ficaram encantados com a beleza do menino; que acabou de mamar e dormiu ai o sargento pediu para carregar um pouco, depois foi à vez do Vicente, em pegar um pouco a criança, e perguntou é homem ou mulher irmã; e a irmã Carmèla lhes disse.
__É do sexo masculino, ai Vicente devolveu a criança para a madre e o sargento falou às duas horas irmã, a senhora deve ir ate o foro amanhã para nós decidirmos o que fazer com essa criança. Devo levar a criança sargento. ___Claro! Irmã, ele é o principal desta historia, já iam saído na porta, e o sargento virou-se e disse. __Não se esqueça irmã, duas horas no foro.
Enquanto tudo isso acontecia ali, o outro guarda o senhor Benedito, chegava ao ponto combinado, aguardou um pouco, mas o Vicente não apareceu e pensou () o Vicente não conseguiu esperar, esta muito frio, e ele já é velho e foi embora para a casa, eu também vou dormir.
Às treze horas e quarenta e cinco minutos, na sala de espera estavam o vigilante e o sargento a madre Carmela e o bebe, mais uma outra madre que o acompanhava era a irmã Salete ainda muito jovem ela era uma noviça aguardavam.
O Juiz Zacaro, ele era o Juiz da vara criminal, mas também atendia a vara da criança e do adolescente, tomou sua posição, em sua mesa, estava acompanhada de sua escrivã Dona Laura e recebeu os três ali.
O vigilante quem achou a criança, o sargento que fez o boletim de ocorrência, e a madre quem cuidou.
O Juiz ouviu os relatos de cada um e perguntou? __A policia pretende localizar a mãe da criança; falou olhando para o sargento que representava a lei ali, mas foi à madre Carmèla, quem respondeu.
__Excelência, senhor Juiz, o delegado Munhoz, queria até fazer uma investigação para achar a mãe da criança, mas eu achei que isso não é importante, pois se a mãe já o abandonou é porque esta com dificuldade para cria-ló, e nós no orfanato já temos tantas crianças que se aumentarmos mais uma não fará diferença.
E o Juiz disse então eu dou pôr encerrado este assunto, mas as crianças precisas de um nome e um sobrenome, já pensaram nisso.
Novamente foi a irmã Carmèla quem falou primeiro. __Bem senhores nomes a criança já tem, eu e a Salete colocamos o nome de Benzon, e foi o Juiz quem deu uma outra boa sugestão que agradou a todos.
__Bem senhores o sobre nome podia ser o de um dos senhores ou até dos dois.
O sargento e o Vigilante se entreolharam e se abraçaram dizendo com orgulho ótimo. Senhor Juiz pode ser, e o Vicente disse: __O meu nome é Vicente Barbosa e eu empresto o meu Barbosa para ele.
E o sargento estufou o peito e disse eu empresto o meu Córtex, Excelência e assim ficou o nome do neném Benzon Barbosa Córtex.
Dali para frente tudo voltou ao normal com cada qual cuidando de sua vida, as madres cuidando do orfanato, e também do Benzon, que ia se tornando um garoto bonito inteligente, e muito estudioso.
E os anos iam se passando, o sargento e o Vigilante já haviam falecido, o Juiz Zacaro já velho de barbas brancas, estava aposentado.
De manhã ele lia vários jornais da região, e da capital, também alguns livros e ainda fazia compras para sua mulher a dona Mara.
À tarde logo depois do almoço ele assistia o jornal da teve e depois saia à varanda e apreciava o movimento da cidade de sua varanda de inverno, visto que sua casa era assobradada, e tinha - se uma boa visão da cidade quando a cerração deixava.
E isso já havia passado dezessete anos, desde que o vigilante tinha achado o pequeno, junto dos tambores, e hoje ele já era um rapagão, com boa profissão, e trabalhava na fabrica de tecelagens, e já trabalhava desde os quatorze anos, e ajudava um pouquinho no orfanato, e o restante ele poupava, tinha uma boa soma no banco, pois o seu salário era muito bom, só ganhava dele, quem tivesse o cargo de engenharia para cima, porque de engenheiro operacional para baixo ele ganhava o dobro.
Pois a sua profissão era de Técnico Eletro e Eletrônico, e nessa área ele era doutor, já tinha uma pequena fortuna no banco.