O SEGREDO
Felisberto acorda assustado com o barulho que ouve no terreiro de sua casa. Já passava da meia noite. No sítio onde mora com a esposa são poucas as casas e estas são distantes uma das outras. Dificilmente seria em casa de vizinhos aquela conversação que aos poucos se tornava mais nítida e dando para se identificar como sendo um homem e uma mulher discutindo. Ele tem uma impressão de que conhece as vozes, mas não consegue identificar.
Cauteloso ele aguarda um pouco antes de abrir a porta para olhar o que estava acontecendo. Tudo fica em silêncio de repente e ele já está voltando à cama quando ouve um choro baixinho de um recém nascido. Pensando ser impressão ele se deita novamente e o choro começa a se tornar mais intenso e mais alto, quando Norma – sua esposa – de sobressalto levanta-se e diz:
- Felisberto, você está ouvindo? È um bebê!
Os dois levantam-se apressadas e vão até a porta principal da casa, que é de onde vem o choro. Ao abrir a porta se deparam com uma pequena cesta de vime forrada com alguns panos e um bebê embrulhado.
Norma não se contém e corre para pegar a cesta e tomar o bebê em seus braços que continua aos prantos, agora misturados ao choro compulsivo de Norma que aos quinze anos de casada não havia conseguido engravidar por um problema genético e tinha na maternidade o maior sonho de sua vida.
- "È um presente de Deus! "
Dizia ela abraçada ao recé nascido.
Felisberto recolhe um pequeno envelope que estava ao lado da cesta em que se encontrava o bebê e o lê em silêncio enquanto a mulher se dirige ao quarto para aconchegar o pequeno recém chegado.
Os dias que se passaram foram de grande felicidade. Todas as providências para adptar a residência para o novo membro, a compra de roupas, móveis, utensílios e a legalização da guarda e posterior adoção uniu o casal que ultimamente vivia em crise. A relação parecia ter tomado um outro rumo e as discussões e ciúmes já não faziam parte da rotina daquela famíla. Norma parecia ser outra pessoa. Mais carinhosa e compreensível, apesar da rotina trabalhosa de cuidar de um filho, estava de bem com a vida. Felsiberto também era outro. Não saia mais de casa e era toda atenção à esposa. Finalmente um filho havia trazido paz àquele lar.
Após seis meses, nos preparativos para o batizado do pequeno Ângelo, nome escolhido por Norma, ela comenta com Felisberto de que era estranho o fato de que a pessoa que deixou o bebê não ter deixado um bilhete ao menos para recomendar o filho ou dar alguma instrução sobre o mesmo. Felisberto se lembra do bilhete que recolhera naquela noite, mas permanece calado.
Após Norma se recolher, ele busca o bilhete que guardara sigilosamente em suas coisas e antes de queimá-lo, ler outra vez aquele pequeno escrito de apenas uma frase:
- “Felisberto eis aí o fruto do nosso proibido amor!”
Cauteloso ele aguarda um pouco antes de abrir a porta para olhar o que estava acontecendo. Tudo fica em silêncio de repente e ele já está voltando à cama quando ouve um choro baixinho de um recém nascido. Pensando ser impressão ele se deita novamente e o choro começa a se tornar mais intenso e mais alto, quando Norma – sua esposa – de sobressalto levanta-se e diz:
- Felisberto, você está ouvindo? È um bebê!
Os dois levantam-se apressadas e vão até a porta principal da casa, que é de onde vem o choro. Ao abrir a porta se deparam com uma pequena cesta de vime forrada com alguns panos e um bebê embrulhado.
Norma não se contém e corre para pegar a cesta e tomar o bebê em seus braços que continua aos prantos, agora misturados ao choro compulsivo de Norma que aos quinze anos de casada não havia conseguido engravidar por um problema genético e tinha na maternidade o maior sonho de sua vida.
- "È um presente de Deus! "
Dizia ela abraçada ao recé nascido.
Felisberto recolhe um pequeno envelope que estava ao lado da cesta em que se encontrava o bebê e o lê em silêncio enquanto a mulher se dirige ao quarto para aconchegar o pequeno recém chegado.
Os dias que se passaram foram de grande felicidade. Todas as providências para adptar a residência para o novo membro, a compra de roupas, móveis, utensílios e a legalização da guarda e posterior adoção uniu o casal que ultimamente vivia em crise. A relação parecia ter tomado um outro rumo e as discussões e ciúmes já não faziam parte da rotina daquela famíla. Norma parecia ser outra pessoa. Mais carinhosa e compreensível, apesar da rotina trabalhosa de cuidar de um filho, estava de bem com a vida. Felsiberto também era outro. Não saia mais de casa e era toda atenção à esposa. Finalmente um filho havia trazido paz àquele lar.
Após seis meses, nos preparativos para o batizado do pequeno Ângelo, nome escolhido por Norma, ela comenta com Felisberto de que era estranho o fato de que a pessoa que deixou o bebê não ter deixado um bilhete ao menos para recomendar o filho ou dar alguma instrução sobre o mesmo. Felisberto se lembra do bilhete que recolhera naquela noite, mas permanece calado.
Após Norma se recolher, ele busca o bilhete que guardara sigilosamente em suas coisas e antes de queimá-lo, ler outra vez aquele pequeno escrito de apenas uma frase:
- “Felisberto eis aí o fruto do nosso proibido amor!”