Adormecendo em outro quarto.
Preparou a cama, como se soubesse o que estava por vir.
Aninhou-se, queria a perfeição das horas que não estavam sob seu controle, longas horas de respostas, suspiros e sonhou.
Se lembrou do som das risadas ecoando pelo comodo vazio, e também sorriu. Adormeceu.
Percebeu-se , e não tardiamente, ainda carregava em sí, a lisura dos cabelos de corte proximo ao ombro.
Entrevia todos os poréns, e divinas desvantagens, mas amanhece todo dia com o pé direito saindo da cama, e plantando-se no chão cresce e não há furacões na previsão do tempo.
Descobriu porque há bolso no pijama, é para se levar os sonhos para cama todos os dias.
Alí mais adiante uma torre com um relógio, um rio abaixo, a mesma paisagem romântica de um quadro-vivo. Fitou-o.
O passo rasteiro, sonolento da manhã , não se contrasta, tem como companheiro as sensações de um jardim cheio de flores, há também o perfume, perfume cor-de-pele recém amada, muito lembrada, jamais esquecida.
Brinca com as sensações e torpores impressos na força das ações, ama e não titubeia, e caminha, ainda que duvidando das proprias forças.
É feliz, mesmo quando não quer ser
É feliz quando acha que não deve ser
É feliz quando adormece, e vê vagar pelo proprio sono, a mesma lisura dos cabelos , os mesmo com o corte próximo ao ombro.
Estava sozinha no quarto, mas com o sono sendo vigiado, pelo tilintar dos olhos de tigre balançando meninas de asas ao vento.