Desabafo
Pô meu amigo, põe sentido na vida! Ah! Ela tem? Então por favor põe sentido em mim.
E por falar em sentido, as únicas coisas que tenho sentido, é vontade de não sentir mais nada. Estou cansado, mas cá entre nós que ninguém saiba ta? Isso é entre mim e você. Estou cansado de ter que administrar o que não tenho técnica para fazer. Estou cansado de ver, ouvir, de dizer.
Sabe às vezes me sinto como um arquiteto. É, desse jeito mesmo um arquiteto. Imagino como construir o lugar de meus sonhos, da imaginação, vou a execução, da execução chego à realização só que, depois de tudo pronto, descubro que não é bem assim, não basta sonhar e realizar para desfrutar.
Para que isso aconteça são necessárias varias medidas. Derrepente você despenca do sonho não até a realidade, mas ao arrependimento. Você se arrepende de ter investido antes, você se arrepende de não ter demolido a tempo. Você se arrepende de não ter se empenhado em construir de imediato, de ser acomodado, de ser grato, de ser referencia, de ser parado e de tantas outras coisas mais.
Ah meu amigo! se não der para por sentido, me ajude, põe razão.
De-me discernimento para entender que o que preciso, na verdade já tenho. Ajude-me a provar que tudo que penso em fazer, eu já fiz. Que certas idéias não passam de órfãos amaldiçoados em busca de um pai de mente doentia.
Sabe se eu pudesse arrancava de meu peito esse coração que no momento não passa de um arquivo morto e que ainda possui compartimentos vazios, e que não faz exigências alguma a quem ou a que desejar se instalar dentro dele, mesmo que isso o espedace ainda mais.
A você eu conto. Às vezes me dá vontade de apressar o ultimo ato, mas quando beiro a esta decisão, do nada, surge um passaro a cantar, e aí parceiro, bate a dúvida:-Ele canta na intenção de aproveitar ao máximo o tempo antes que chegue o último ato, ou ele canta por saber que o último ato não existe?
É, e por incrível que pareça, é nessa pequena criatura alegre e frágil que nesse momento encontro forças para atuar um pouco mais e quem sabe, adiar o baixar das cortinas do ULTIMO ATO.
Após ouvir o desabafo do amigo, de onde se encontrava Ertsem demonstrando não esta nada preocupado com a fúria do visitante exclamou:
- Ah! A cada momento que passa sinto cada vez mais a presença do Criador. Quem poderia dar esse verde ás arvores e tingir essas flores com cores tão amenas e ao mesmo tempo de uma vivacidade tão forte?
E essa água que desce das montanhas como se estivesse desfilando em uma passarela sem fim, e que enquanto esbanja sua beleza, rega e dá de beber carinhosamente a seres vivos que perplexos, não sabem se suprem suas necessidades orgânicas ou se deixam enfeitiçar-se pela coreografia que de parceria com as espumas, ela, imperante e límpida proporciona. Mansa, porem forte, segue seu caminho desviando de cada obstáculo até chegar a seu destino. A brisa que corre, parece proporcional à necessidade do frescor de cada ser. Docemente ela toca as folhas sem contudo desalinhá-las. O viço mistura-se a gotículas que se atrevem a saltar mais alto levando-as ao encontro da relva mais distante. Pássaros entoam notas musicais que em combinação com suas belas plumagens transformam o bosque em Paraíso.
Ah! Quanta paz, quanta complexidade, quanta beleza.
Dito isto, Ertsem sentou-se sem contudo desviar o olhar do horizonte.
- Que mal lhe pergunte. Diz Diguinho
- Por acaso o amigo percebeu que estou nervoso, agitado?
- Sinceramente, não. Responde Ertsem
- Não! Mas o que o faz tão indiferente assim a ponto de não perceber a angustia de alguém?
-Nada me tornaria indiferente diante da angustia de alguém. Mas também nada amigo me causaria angustia simplesmente porque alguém supõe estar angustiado.
-Agora além das duvidas que já trazia comigo, vejo que adquiri outras. Você me entende? -Diz o visitante ainda eufórico.
- Pode ser...
Passado alguns minutos vendo que seus gestos nada amistosos não surtiam o efeito esperado, Diguinho começa a se acalmar.
- Ertsem, por favor, me diz uma coisa. O que você acha de nossa chegada a esse planeta?
- Acho proporcional a nossa saída. Foi essa a resposta que Diguinho obteve
- Mas Ertsem o que na verdade eu queria saber é porque estou aqui e pra que?
- Não sei meu amigo. O fato e que estás, e sendo assim deve aproveitar o máximo sua estadia por aqui.
- Acho que sou meio que cabeça-dura, custo a entender. Diz Diguinho
- Por falar nisso- completa Ertsem
- Nunca é por demais lembrar ao amigo um antigo Provérbio que diz:
“Sobre tudo o que deves guardar, guarda teu coração, porque dele procedem a saídas da vida”.* Prov. 4.23.
Pô meu amigo, põe sentido na vida! Ah! Ela tem? Então por favor põe sentido em mim.
E por falar em sentido, as únicas coisas que tenho sentido, é vontade de não sentir mais nada. Estou cansado, mas cá entre nós que ninguém saiba ta? Isso é entre mim e você. Estou cansado de ter que administrar o que não tenho técnica para fazer. Estou cansado de ver, ouvir, de dizer.
Sabe às vezes me sinto como um arquiteto. É, desse jeito mesmo um arquiteto. Imagino como construir o lugar de meus sonhos, da imaginação, vou a execução, da execução chego à realização só que, depois de tudo pronto, descubro que não é bem assim, não basta sonhar e realizar para desfrutar.
Para que isso aconteça são necessárias varias medidas. Derrepente você despenca do sonho não até a realidade, mas ao arrependimento. Você se arrepende de ter investido antes, você se arrepende de não ter demolido a tempo. Você se arrepende de não ter se empenhado em construir de imediato, de ser acomodado, de ser grato, de ser referencia, de ser parado e de tantas outras coisas mais.
Ah meu amigo! se não der para por sentido, me ajude, põe razão.
De-me discernimento para entender que o que preciso, na verdade já tenho. Ajude-me a provar que tudo que penso em fazer, eu já fiz. Que certas idéias não passam de órfãos amaldiçoados em busca de um pai de mente doentia.
Sabe se eu pudesse arrancava de meu peito esse coração que no momento não passa de um arquivo morto e que ainda possui compartimentos vazios, e que não faz exigências alguma a quem ou a que desejar se instalar dentro dele, mesmo que isso o espedace ainda mais.
A você eu conto. Às vezes me dá vontade de apressar o ultimo ato, mas quando beiro a esta decisão, do nada, surge um passaro a cantar, e aí parceiro, bate a dúvida:-Ele canta na intenção de aproveitar ao máximo o tempo antes que chegue o último ato, ou ele canta por saber que o último ato não existe?
É, e por incrível que pareça, é nessa pequena criatura alegre e frágil que nesse momento encontro forças para atuar um pouco mais e quem sabe, adiar o baixar das cortinas do ULTIMO ATO.
Após ouvir o desabafo do amigo, de onde se encontrava Ertsem demonstrando não esta nada preocupado com a fúria do visitante exclamou:
- Ah! A cada momento que passa sinto cada vez mais a presença do Criador. Quem poderia dar esse verde ás arvores e tingir essas flores com cores tão amenas e ao mesmo tempo de uma vivacidade tão forte?
E essa água que desce das montanhas como se estivesse desfilando em uma passarela sem fim, e que enquanto esbanja sua beleza, rega e dá de beber carinhosamente a seres vivos que perplexos, não sabem se suprem suas necessidades orgânicas ou se deixam enfeitiçar-se pela coreografia que de parceria com as espumas, ela, imperante e límpida proporciona. Mansa, porem forte, segue seu caminho desviando de cada obstáculo até chegar a seu destino. A brisa que corre, parece proporcional à necessidade do frescor de cada ser. Docemente ela toca as folhas sem contudo desalinhá-las. O viço mistura-se a gotículas que se atrevem a saltar mais alto levando-as ao encontro da relva mais distante. Pássaros entoam notas musicais que em combinação com suas belas plumagens transformam o bosque em Paraíso.
Ah! Quanta paz, quanta complexidade, quanta beleza.
Dito isto, Ertsem sentou-se sem contudo desviar o olhar do horizonte.
- Que mal lhe pergunte. Diz Diguinho
- Por acaso o amigo percebeu que estou nervoso, agitado?
- Sinceramente, não. Responde Ertsem
- Não! Mas o que o faz tão indiferente assim a ponto de não perceber a angustia de alguém?
-Nada me tornaria indiferente diante da angustia de alguém. Mas também nada amigo me causaria angustia simplesmente porque alguém supõe estar angustiado.
-Agora além das duvidas que já trazia comigo, vejo que adquiri outras. Você me entende? -Diz o visitante ainda eufórico.
- Pode ser...
Passado alguns minutos vendo que seus gestos nada amistosos não surtiam o efeito esperado, Diguinho começa a se acalmar.
- Ertsem, por favor, me diz uma coisa. O que você acha de nossa chegada a esse planeta?
- Acho proporcional a nossa saída. Foi essa a resposta que Diguinho obteve
- Mas Ertsem o que na verdade eu queria saber é porque estou aqui e pra que?
- Não sei meu amigo. O fato e que estás, e sendo assim deve aproveitar o máximo sua estadia por aqui.
- Acho que sou meio que cabeça-dura, custo a entender. Diz Diguinho
- Por falar nisso- completa Ertsem
- Nunca é por demais lembrar ao amigo um antigo Provérbio que diz:
“Sobre tudo o que deves guardar, guarda teu coração, porque dele procedem a saídas da vida”.* Prov. 4.23.