meu valor ao vento...
A que tal passo caminho eu, perdida por estes espinhos, e eu, já por demais cansada, anestesiada pelo rancor e ainda sim, sonhadora, persisto em vão neste ambiente tão insólito e me sentindo incapaz; num pé ante pé, desconfiando do tempo, antes fiel amigo, ao tal obsoleto e sem valia. Que para ti nada a mim pertence, e nem ao menos olha-me, por esta casca disforme e fraca, deixando sua figura passar, brilhando e sumindo na imensidão e mergulhando neste desespero.
Me pego a falar sozinha, esperando talvez que meus botões decidam entre eles qual será o próximo a me enfatizar a realidade, e despedindo-me talvez desta felicidade ímpar, mesmo triste. Aquela companhia que tanto esperei, não sentará mais comigo à mesa, pois já desfalecido de sono, perece no suor noturno, no cansaço do dia angustiante, do trabalho já nem tanto árduo, pois por pecar nas palavras, em nenhum instante sofre por mim. E esta minha alma, perece no desgosto; e adormece, esperando por alguém que nem venha, mas que ao caminhar, deixa seus pequenos rastros na areia.
Vim, e vou, sozinha e abandonada pela dor.
louca, sem juízo. mas um tanto feliz...