Risco de morte.
 
Ele é cidadão pacato e trabalhador honesto. Casado fiel ao juramento feito no altar da igreja da matriz. Na alegria na tristeza, na riqueza ou na pobreza até o fim dos dias. Pai de três meninos e uma menina. Era noite e chovia, ele voltava para o lar onde encontraria as pessoas que mais ama, esposa e filhos. Gostaria de poder passar mais tempo no seu templo de paz e amor, seu lar. Mas o trabalho é necessidade primeira. Parou seu automóvel em cruzamento obedecendo ao sinal vermelho. Sentiu o forte baque na traseira do veículo. Passados algum tempo, recuperado do susto, ele desce do carro. O carro estava muito danificado, não poderia seguir viajem com ele. Sentiu que pegavam em seu ombro e virou-se ainda atordoado pela pancada sofrida.
 
-PORRA como é que você para assim de repente na minha frente, olha a merda que você fez seu filho da puta.
 

-Que isso cavalheiro, o sinal estava fechado tanto para mim quanto para o senhor, o senhor deveria parar seu carro. O senhor foi o culpado por esse acidente, eu poderia ter morrido por culpa de sua falta de atenção.
 
-Você sabe com quem está falando? EU SOU TENENTE-CORONEL DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
 
No dia seguinte na delegacia do bairro onde mora, uma senhora aos prantos registrava o desparecimento de seu amado marido. Mas algo em seu íntimo insistia em dizer que ela nunca mais o veria.
 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 29/09/2011
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