Sado-Baronesa

Bati forte na cara dela. sorriu e agradeceu. Queria apanhar mais. Mas não gosto de bater de graça Gosto de um motivo, porque ai o braço corre carregado de razão. foi por isso que sai dessa área de sadomazoquismo. Bem que lá nessa epoca nem tinha esse nome, a gente chama de baronesa. Por que? Sei lá. A gente não questiona quando chega num lugar que não conhece. Foi um amigo meu que me apresentou o grupo, Eduardo Martelo, puts, já tinha me esquecido desse cara. Um dos mais loucos que conheci. Em fim, disse que tinha uma bar, que rolava bebida barata e tinhas umas negas que gostava de umas coisas diferentes. Era uma sexta-feira feira. Os dois solteiros, curtindo muito a vida. depois a gente vai se cansando, mas confesso que fiz algumas merdas, que so me aliviou o peso desse céu que empurra a gente pra baixo.

o bar funcionava numa casa, numa estradinha, perto da fazenda de Lídio, uma fazenda enorme, que no final havia um mata-burro, que dava passagem, pra esse caminho longo de terra. Fechada, mas com lua daquele dia e o céu cinza, dava um aspecto onírico, que fazia um gente relaxar. Tinhamos bebida no carro, uma cachaça boa que o pai dele vendia, muita musica ruim. Embreagados e falando de mulher. Todas que comi, que ele comeu, e quem queria comer. Nossas conversas girava em torno disso. Em que buraco guardaríamos nossa eternidade.

Lá perto, poucos carros dispersos em baixo de arvores que naquele angulo da noite, eram pretas. Alguns sons ligados, uma outro carro com casal se beijando, mas a mairia estava vazio. Na porta um homem de preto. Negro e serio, deveria ser o segurança. Fato raro nessas redondeza onde a pureza das coisas na carece de tantos cuidados.

Na entrada nos identificamos, mostramos nossos documentos, que nem sequer foi conferido, o homem grande conferiu nosso bolsos procurando alguma coisa, arma suponho. Lá dentro, que era uma sala que se abria numa luz vermelha depois do corredor, tinha varia mesas, principalmente nos cantos, e um banco comprido que praticamente rodeava toda a a sala. Mais ao fundo um outro corredor, que dava acesso para o banheiro, e longo adiante, infinidade portas, numeradas, de onde vinha barulhos de pancadas, gritos, e que parecia horror que desvalecia para o prazer nem nuances dificeis de acompanhar. Confesso que o prazer estranho me tomou o corpo, junto com um medo. Aquela luz que mostra as pessoas quase só contornos, os olhos destancando em meio a languidez do ambiente, me dava a sensação de algo infernal. Todo o caminho misterioso que passamos, parece ter se comprimido

Dentro desse lugar.

E foi que apareceu uma mulher, branca de cabelos trançados, olhos trincados, paralisados, que perfurava o coração de quem olhava. Perguntou

Se agente queria o cardápio. Meu amigo do meu lado disse que sim e aproveitou e pediu, uma cachaça e cerveja. Disse isso folheando o cardápio. A afastou a vela e minha direção e abriu o livreto, em cada paginas uma mulher, uma foto dela de roupas intimas, mostrando gestos de impiedade. Todas bom bons corpos, e tinhas as negras, forte e grandes, que não era de nossa cidade. Meu amigo logo anotou no quardanapo o número 54, e disse pra eu escolher um também. Imaginei logo que fosse um puteiro. Enquanto tomava sua cachaça, me perguntou

– você curte baronesa?

– O que é isso?

– Pegar uma cadelinha dessa e meter o sarrafo nela.

– Bater?

– É.. encher ela de tapa na cara até ela gozar..

– Mulher goza quando apanha?

– Se você souber fazer. Se bater sem culpa, na sua condição de macho.

Aquilo me encheu de excitação. Ele terminou de explicar, falou que poderia ter sexo, mas ninguem estava ali pra isso. estava pela baronesa. Se quiser outra coisa, vai na rua de baixo da praça, não precisa vir tão longe. E continuou. É ilegal, não pode contar pra ninguém. Até policial vem aqui. Então cala a boca.

Inferno pra curtir, não é pra ser divulgado. Senão vem um monte de anjo

Atras de nossos demonios. Que são deliciosas, não acha? Escolhe logo a sua. Estou no quarto 54, sempre é uma surpresa la dentro. Cada um tem o inferno que gostar. Aqui você pode escolher o seu. Recomendo um bem regalado, mas que saiba aguentar. Disse saindo da mesa e entrando no corredor da morte. Eu durante algum tempo fiquei pensando que merda eu estava fazando ali. Numa propriedade tão perto de casa e tão desconhecida, com mulheres gostosas, que so aparecem na cidade em epocas de festas, mas que ali, se encontra em cada pagina num livro grande daqueles. O corredor que não dava pra ver o fim e aqueles gritos de cemitério..

Acabei escolhendo o cartão 33, imaginei jesus ou a idade de minha morta nessa idade. E quando fiz isso, as imagens de horror veio como uma rajada

Entorpecida, que fazia meus passos querer retornar. Voltar pra noite e esperar tudo passar...

Dentro do quarto, que estava apenas encostado, tinha um cama grande, correias espalhadas, couro, argolas, uma mulher nua, totalmente nua, apenas com com correntinha de nossa senhora nos tornozelos. Entrei sem graça, ela como acendeu outra lamparina, que estava atras dela que destacava meu rosto, de jeito seu, ficava cada vez mais distante e sem limetes, quando ria os dentes ganhava a feiçao de aparição, pois a boca escura, deixava suas presas quase em primeiro plano. Ela foi olhando meu rosto e perguntando de meus gostos,

Papo sem interesse, passagem de tempo, e enquanto falava foi afastando a lampada de meu rosto e o seu foi se destacando, aparecendo um mulher anjo, de ternura infinita, que deixou meu peito como um lado sereno. Todo aquele medo foi tomado por outras sensações que explicavam a beleza da moça.

Olhou no meu esto e virou a cabeça pra lateral, tipo meninha colegial, pegou minhas mãos e passou um tinta vermelha, e controlando meus movimentos, foi deixando seu corpo com minha marcas, nos seios, barriga e xoxota, mas tudo lento, sem pressa, como uma esposa ou um grande amor, cada momento

Era pra ele e sua solidão. Parecia que não existia, eu era minhas mãos e gosto

Que meus dedos captava o tocar seus labios grandes, molhados liquidos...e seu olhar que em nenhum momento largava dos meus. Era um anjo, um anjo de deus, ou do inferno, deve ser igual cada um gostoso a seu modo, não tive vontade de fazer nada, apenas abraçar suas pernas e amar suas terras de medo.

Quando estava num transe de medo e prazer ela disse precisa me bater, eu preciso dos eu tapa, do seu homem, que você homem agora. Afastando e dando espaço para que minhas mãos vermelhas e tremulas ganhasse velocidade. Lembrei da voz de meu amigo dizendo com tanta verdade sua perversão. Vi eu pervetido também, no lugar longicuo com tesão em bater

Nessa mulher que tem olhos que não merece surra, mas sim um passeio de mãos dadas. No meio de todo esse verbo disparou um fluxo de raiva em forma de tapa, que jogou seu rosto para o canto. com os olhos cheio d’agua e sorrido pediu mais, que eu sabia o que estava fazendo. Eu era um escolhido. Ali entedi que quando a beleza alta que não alcançamos só conseguimos ver

Por meio de um chicote. Por isso a baronesa gosta de apanhar.

Voltamos pra pra cidade de madrugada. Conheci um pouco do inferno.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 12/09/2011
Código do texto: T3215111