Espectros capitulo 02 A origem

ESPECTROS

Capitulo 02 A origem

No princípio de nossa Orbe a terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas tudo era trevas, e nosso planeta estava mergulhado na escuridão profunda do espaço, então Deus Ordenou “que se faça a luz”, e assim se fez, mas juntamente com a luz surgiram as sombras. Deus chamou à luz dia, e às trevas noite.

Este dia era um dos mais importantes, atacavam o inimigo sem piedade, sabiam que os mesmos não teriam com eles. Maurus Avelas General da lendária 13º Legião estava à frente da batalha, comandava seus homens, valentes guerreiros de bravuras imagináveis e verdadeiros companheiros, seriam capazes de dar as próprias vidas pela de seu General. Centenas de subordinados queimavam no chão caído naquele território infértil, seus corpos a carne queimava até os ossos muitos mortos, outros ainda agonizando, as flechas flamejantes do inimigo caiam sem cessar sobre eles.

Olhando para aquele Céu estrelado não se podia notar uma sequer nuvem, a Lua cheia revelava a localização ao inimigo.

Se pudesse comparar com algo o que os olhos cansados do General o faziam ver, aquelas saraivadas de flechas incandescentes pareceriam com. “um imenso enxame de vagalumes de fogo”.

Em segundos ele se viu como em um pesadelo, distanciava do corpo ali inerte naquele chão úmido, seu sangue encharcava aquela terra morta, algo o puxava para longe, escutava vozes gritos, gemidos por todos os lados. Será que são os meus homens pedindo ajuda ao seu General? - Pensava ele. Juntamente com ele outros eram levados por uma força ainda não conhecida, ele os sentia.

Caindo em um abismo, parecia não ter fim a escuridão era quase total, conseguia perceber que junto muitos outros caiam.

Prezo como em um furacão, uma força descomunal arrebentava o corpo e jogava para todos os lados, a dor era tanta que perdeu a consciência.

Ficou ali desacordado por muito tempo, quando abriu os olhos percebeu que não estava mais em seu continente, - que lugar é esse? Seria esse o inferno os deuses estariam me castigando por tantas mortes. Pensava o General Maurus Avelas, o corpo quase nu somente a vestis da parte de baixo do traje de batalha sentia frio, os membros relutavam a obedecer, os pensamentos eram confusos quase não se sustentava em pé.

O esforço foi imenso para poder levantar e começar a andar, tinha de procurar uma forma de sair daquele local, andou até seus pés não agüentarem mais.

A paisagem era estranha tudo parecia noite, em alguns pontos o fogo rompia a terra e queimava o solo iluminando por alguns minutos aquele vale dos mortos. Não se percebia passar o tempo, mais passava a fome e a sede já se faziam sentir, o General não entendia, achava que estava morto, mas ao mesmo tempo pensava. – “Como posso estar morto se sinto todas as dores da carne”.

Chegou ao alto do vale. No outro lado viu centenas de pessoas gritando, outras agonizando em meio a pântanos negros caudalosos e o fogo que hora ou outra queimava.

Era até difícil descrever algo já mais visto por ele. Como esse lugar ele viu inúmeros, sempre caminhando tentando encontrar algo ou alguma coisa que o pudesse ajudar a sair ou pelo menos entender aquele lugar.

Assim ele caminhou por vales umbralinos, até quase esquecer completamente quem fora em vida, aquele grande general estrategista, um dos maiores guerreiros do império Lemúria, agora parecia um cadáver ambulante, protegia o frágil corpo com restos de trapo que encontrara pelo caminho se um dos seus o vissem assim nunca o reconheceriam pensava ele.

Parou para descansar encostou-se a uma pedra e ficou ali em meio a centenas de outros, alguns desfigurados outros mutilados, indiferente aquilo para Maurus já não causava espanto ele mesmo parecia um cadáver em decomposição.

Alguém gritou ao longe. – “eles estão vindo”.

O ex-general se quer esboçou levantar o rosto permaneceu ali cabisbaixo, face escondida pelo capuz, os outros apavorados tentavam fugir de algo que aproximava, aquela região umbralina era escura por natureza tudo parecia noite, mas se podia enxergar e perceber as coisas, as estranhas criaturas pareciam escurecer ainda mais o local, como uma tempestade negra, escondendo qualquer feixe de luz que pudera haver ali.

Passaram pela região aparentemente não iriam parar, mas parecia que procuravam alguma coisa ou alguém em meio à multidão, do alto eles olhavam as almas dos aflitos, e os enxergavam diferente, eles podiam ver como se fosse a áurea uma assinatura de cores das almas e em meio a tantos correndo um deles identificou o que procurava.

Eles começaram a descer um a um agora mantos negros que cobriam totalmente o corpo era um total de 7, tomou a frente um parecia ser o líder, se aproximou de Maurus Avelas que permanecia ali cabisbaixo sem interesse no que estava acontecendo a sua volta.

- Levante se condenado. Falou o ser.

Maurus permaneceu do mesmo modo, não se importando com mais nada.

- Eu te ordeno! Falou o ser.

Maurus então levantou levemente o rosto à criatura aproximou sua mão com pele avermelhada, ressecada e com dedos longos de unhas negras e falou.

- Te procuramos há tempos. - soubemos que desencarnou e tínhamos planos para você.

Maurus sem entender pergunta;

- Quem são vocês criaturas das trevas?

- Somos espectros a serviço de nossos senhores da escuridão os magos negros. Respondeu o ser.

- Você estava sendo aguardado. - nossos senhores já o sondavam em vida.

- Mas porque eu? Pergunta Maurus.

O espectro responde. – Você e um estrategista nato, um grande líder e acima de tudo um pecador. – Nossos superiores querem você em nossas tropas de espectros.

- Você será como eu um espectro de primeira grandeza o levaremos deste local e ficara a nossa custodia te ensinarei pessoalmente tudo que devera aprender e fazer. Fala o espectro.

O ex-general já cansado de tudo que vivera naquele inferno não pensa duas vezes, sentindo que pudera novamente ser aquilo que nascera para fazer comandar e lutar diz ‘’sim’’.

Os espectros o rodeiam e começam a novamente modificar a roupa fluídica, eles o levantam suas vestis vão saindo de seu corpo, castigado pela permanência naquela região, com os braços abertos ele grita os espectros vão proferindo algumas palavras incompreensíveis. Maurus agora com o corpo sem ferimentos some juntamente com os espectros na mesma nuvem negra de antes.

Vagner Silva Penna
Enviado por Vagner Silva Penna em 16/08/2011
Código do texto: T3163526
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