ACIDENTE FATAL
ACIDENTE FATAL
Na vida militar desde muito cedo aprendi que os erros devem ser aproveitados como exemplos para a instrução afim de que fatos desta natureza não venham mais acontecer.
Lembro nitidamente de março de 1968, quando fui designado para fazer o curso de bombeiros na seção de contra incêndio da Base Aérea de Fortaleza.
Naquela época a maioria das instruções era ministrada por cabos, que logo em uma das primeiras semanas a título de instrução, relatou sobre um acidente ocorrido com um avião T-33 que fez um pouso forçado na cabeceira da pista 31.
Contava o cabo velho que rapidamente os carros de bombeiros com suas respectivas guarnições deslocaram-se para o local do sinistro, chegando lá encontraram o piloto desacordado dentro da nacela do avião, de pronto o chefe da equipe determinou que um soldado ficasse atento com um extintor próximo da aeronave, enquanto seria feito o resgate do piloto, imediatamente os homens de salvamento entraram em ação, eis que de repente surge um princípio de incêndio, o soldado prontamente desloca-se para as proximidades e começa apertar o gatilho do extintor sem que o mesmo funcionasse, o soldado grita para o chefe equipe e diz o extintor não presta, o cabo instintivamente gritou pega outro e assim foi feito, tendo se repetido a mesma coisa por mais de duas vezes, enquanto isso acontecia o fogo se propagou ocasionando um incêndio de grandes proporções, tendo a equipe de salvamento que recuar, até que os carros de bombeiros entrassem em ação, após debelado do incêndio os homens de salvamento retiraram o piloto totalmente carbonizado.
Ao chegar à seção o cabo chefe da equipe foi verificar o que tinha acontecido com os extintores, constatou que o soldado que manuseava os extintores não havia retirado as travas, tendo apertado o gatilho com tanta força que tinha ficado torto.