O paparazzo e a celebridade
Antes tão irritada com a demora na alfândega Paloma agora borboleteava pela praia De La Condesa.
Que bom! Em Acapulco não era uma celebridade e por isso agora podia desfrutar da privacidade que tanto necessitava.
Ou o que mais poderia desejar... se o mar estava calmo, o céu sempre azul, e as margaritas trazidas na praia por solícitos garçons. Embora o salva vidas já apitasse para que os dois não fossem ainda mais para o fundo.
Mas que ondinha mais marota! Pensou o papparazo, de cima do rochedo, enfiado num sombrero - a câmera fotográfica acoplada no cabo do guitarron - enquanto uivava um sonoro Kukurukuku para abafar o ruído dos flashs.
- Amor, olha só um mariachi! maravilhou-se Paloma, sempre tão bobinha,já aderindo ao refrãozinho: "Ay, ay, ay, ay, ay, cantaba! Ay, Ay, ay, ay , ay , ay, gemia! "
Quando naquele mar cor de esmeralda, de Acapulco - abraçada ao saltador que conheceu no penhasco de La Quebrada - nada parecia poder tirar a sua tranquilidade.