SEMPRE É TEMPO
Travou o despertador antes do disparo da irritante campainha. Levantou-se da cama pelo lado esquerdo sem olhar para a mulher que dormia em profundo silêncio. Entrou no banheiro da suíte mecanicamente. Fazia a barba durante o banho para amolecer os pelos e para isso a água do banho fervia enevoando o ambiente. Barba feita e banho terminado sentava-se na pequena cadeira, ainda no banheiro, e dedicava minutos a enxugar os pés esmeradamente. Usava para este fim toalhas específicas, apenas para secagem dos pés. Uma toalha para cada pé. Completamente secos, corpo e pés, voltou para o quarto e deu início ao vestir-se para mais um dia de trabalho.
Dormira poucas horas aquela noite. Homem dedicado ao trabalho ficou madrugada as voltas com relatório contábil de grande complexidade. Ele sempre resolvia os casos complexos do escritório. Era respeitado tanto pelos colegas quanto pelos diretores da grande empresa de consultoria.
Agora vestido fazia retoques no laço da gravata salmão, presente de seu irmão Rabino lá em São Paulo. Tendo aprovado sua aparência frente o grande espelho, pegou sua pasta com a papelada e saiu do quarto fechando a porta delicadamente para não acordar a mulher que ainda dormia silenciosamente.
Olhou para relógio de pendulo da sala de estar. Tinha tempo para rápido desjejum. Ao passar pela sala de jantar rumo a cozinha, a surpresa. Pequeno, mais muito bem arrumado sobre a mesa estava seu desjejum. No centro da toalha um cravo uma rosa um cartão cor de rosas. “Feliz aniversário de casamento, meu amor”.
Em vinte e nove anos ele nunca havia esquecido o dia de aniversário de seu casamento. Assustou-se com o esquecimento. Não tocou em nada sobre a mesa, voltou a passos largos para o quarto. Parou ao lado da cama, olhou para a mulher que ainda dormia silenciosamente. Ajoelhou-se, tocou delicadamente a face da mulher adormecida com a ponta dos dedos, aproximou seus lábios e murmurou; Amo-te.
Primeiro dia de todos os dias de sua vida em que faltou ao trabalho.
Travou o despertador antes do disparo da irritante campainha. Levantou-se da cama pelo lado esquerdo sem olhar para a mulher que dormia em profundo silêncio. Entrou no banheiro da suíte mecanicamente. Fazia a barba durante o banho para amolecer os pelos e para isso a água do banho fervia enevoando o ambiente. Barba feita e banho terminado sentava-se na pequena cadeira, ainda no banheiro, e dedicava minutos a enxugar os pés esmeradamente. Usava para este fim toalhas específicas, apenas para secagem dos pés. Uma toalha para cada pé. Completamente secos, corpo e pés, voltou para o quarto e deu início ao vestir-se para mais um dia de trabalho.
Dormira poucas horas aquela noite. Homem dedicado ao trabalho ficou madrugada as voltas com relatório contábil de grande complexidade. Ele sempre resolvia os casos complexos do escritório. Era respeitado tanto pelos colegas quanto pelos diretores da grande empresa de consultoria.
Agora vestido fazia retoques no laço da gravata salmão, presente de seu irmão Rabino lá em São Paulo. Tendo aprovado sua aparência frente o grande espelho, pegou sua pasta com a papelada e saiu do quarto fechando a porta delicadamente para não acordar a mulher que ainda dormia silenciosamente.
Olhou para relógio de pendulo da sala de estar. Tinha tempo para rápido desjejum. Ao passar pela sala de jantar rumo a cozinha, a surpresa. Pequeno, mais muito bem arrumado sobre a mesa estava seu desjejum. No centro da toalha um cravo uma rosa um cartão cor de rosas. “Feliz aniversário de casamento, meu amor”.
Em vinte e nove anos ele nunca havia esquecido o dia de aniversário de seu casamento. Assustou-se com o esquecimento. Não tocou em nada sobre a mesa, voltou a passos largos para o quarto. Parou ao lado da cama, olhou para a mulher que ainda dormia silenciosamente. Ajoelhou-se, tocou delicadamente a face da mulher adormecida com a ponta dos dedos, aproximou seus lábios e murmurou; Amo-te.
Primeiro dia de todos os dias de sua vida em que faltou ao trabalho.