O “desequilíbrio” do bêbado?

Estávamos eu e uma colega sentada em frente ao prédio em que moramos em uma linda tarde de inverno onde o sol resolveu aparecer, de repente apareceu um bêbado barbudo sujo empurrando um carrinho de supermercado encontrado no lixo creio eu. Vasculhou alguns lixeiros

Em seguida parou, gesticulando para nosso lado, começou a dançar, de repente desequilibrou-se e caiu, uma queda muito feia, pois caiu com o rosto no chão, pensamos em ir lá. Ficamos com medo e não fomos. Ao levantar percebemos que ele estava com o rosto muito ferido e sangrando, sentou-se pegando uma garrafa com água e lavou o rosto que por sinal não ficou melhor, comentei com minha colega que devíamos nos colocar no lugar do outro e mais uma vez pensamos em ir lá, mas o medo nos impedia ou quem sabe por algum motivo um anjo nos impediu de ir lá. Em seguida ao que estava acontecendo chega um carro da PM (Policia Militar), eles desceram do carro e se aproximaram de bêbado que aponta em nossa direção, em seguida os policias se dirigem a nós, um deles nos interroga sobre o que aconteceu,contamos o que vimos, o policial nos olhou com um olhar inquiridor e disse que em toda sua carreira por experiência ,tinha certeza que aquele homem foi espancado e nós vimos,pois o mesmo falou isso para eles.Simplesmente calei,falei para minha colega calar também,antes perguntei ao policial por que a certeza que ele tinha sido espancado.

Ele falou que um coronel passou de carro e viu o bêbado lá, os encontrou no caminho para casa e mandou que fossem fazer socorro e descobrir quem bateu nele. Logo após chega a SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) faz o socorro no local. Em seguida chega o carro do coronel que afirmou categoricamente que o bêbado foi espancado, eu simplesmente não falei mais nada, e só observava se falasse muito ia ser levada eu e minha colega pelo andar dos acontecimentos (risos). Inclusive os médicos afirmaram o mesmo, minha colega indignada foi ao local ignorando os meus pedidos de que não fosse que não iria adiantar, ela afirmou que ele tinha caído ninguém lhe deu ouvido. O coronel entrou em seu possante carro, foi embora, a ambulância, em seguida o bêbado pegou seu carrinho com a cabeça enfaixada e foi-se... E por último os policiais.

De tudo que vi e ouvi uma conclusão: o coronel “mandou” e foi cumprida a sua “ordem” independente de qualquer coisa.

Obs. Claro que o ser humano tinha que ser socorrido... Se espancado ou caído.

Pergunto-me;

É o meu estado?

É o meu país?

É o mundo?