CRIME DE AMOR (02) CAPITULO

(02)

CONTINUAÇÃO DA HISTORIA CRIME DE AMOR.

Presado leitor.

esta historia foi colocado em dois capitulo por ser muito grande antes de ler esta leia o capitulo nº 1 e muito obrigado pela sua atenção.

e será sempre minha amiga numero um, só parei de falar com ela depois de casada pois não fica bem uma mulher casada ficar falando com um homem solteiro.

E agora que lhe aconteceu esta desgraça porque não eu o seu melhor amigo lhe ajudar em tudo. Depois parou um pouco e perguntou ao delegado.

__O senhor não esta pensando que matei esse desgraçado Dr! __Não seu Pedro respondeu o delegado, pelas informações que tenho o senhor não tinha condição de matar nem uma barata ontem que lhe fosse lamber sua boca.

No dia seguinte do enterro de Mário a tristeza ainda pairava na casa de Lúcia, mas já no outro dia ela já mostrava uns filetes de dente num meio sorriso, é claro que o Mário deixava um vazio e um sentimento de como quem perde um animalzinho de estimação é claro que num animalzinho o sentimento é bem maior, pois os animais nós dão prazer e o Mário dava desgosto.

Conversando com as vizinhas Lúcia disse. __È agora eu devo correr atrás do alimento para as minhas crianças.

E uma das vizinhas falou, mas faz muito tempo que ele estava desempregado e era você quem trabalhava e comprava a alimentação das crianças e ainda dava dinheiro para aquele traste.

__É, isso é verdade mas, um pouco de dinheiro vinha dele e que agora vai fazer falta. Mas Lúcia se o peste não trabalhava onde ele arrumava dinheiro!

Sei não dona Amelha, eu nunca perguntei onde ele arrumava aquele dinheiro em quanto Lúcia e as vizinha conversavam Parou no portão uma carrocinha cheia de compras e perguntou qual delas era a dona Lúcia e a mulher disse.

__ Sou eu, e foi lhe dar atenção chegando junto ao portão disse, porque a pergunta senhor. È que mandaram eu entregar estas compras aqui em sua casa.

E Lúcia queria saber quem foi que mandou aquela fartura para sua casa e o carroceiro respondeu. __Não sei! senhora eu chego ao armazém e lá esta amontoado as compras e os endereços eu só faço as entregas.

Mas ai tem um envelope que eu devo entregar em mãos talvez o nome que a senhora quer saber esteja ai dentro e já que a compra estava entregue chamou os animais e foi embora.

Lúcia abriu o envelope e lá dentro continha um bilhete e trezentos reais e o diminuto bilhete que dizia: ===Lúcia isso que estou lhe enviando pode não ser tudo o que você precisa, mas acho que vai amenizar até que o INSS lhe de sua pensão e que vai demorar de noventa a cento e vinte dias, se precisar de algo mais venha falar com seu amigo Pedro que estou aqui para te ajudar.

Lúcia um pouco surpresa e até contente falou entre seus dentes, só o Pedro mesmo para se lembrar dessas coisas é um grande amigo me ajudando num momento de aflição.

O delegado investigou o caso do Mário e achou que assaltante não era, e assalto também não era, só podia ser um caso ciúmes e se isso fosse o principal culpado tinha de ser o Pedro esta certo que ele tem muita testemunha que na noite do crime ele tinha bebido tanto que não mataria nem uma barata, mas podia ter pagado para alguém fazer em seu lugar e mandou intimar, ele veio a delegacia como cidade era pequena todos se conhecem, ele entrou na delegacia cumprimentou o delegado e sentou-se na cadeira em frente do Dr. e este lhe disse.

__Pedro, sei de cor e salteado que você não matou o senhor Mário, mas era seu inimigo numero certo? Pedro respondeu calmamente sem pensar muito.

__È Dr. de certa forma eu odiava ele, mas só depois que descobri que ele maltratava sua mulher Lúcia. Antes disso eu e Mario éramos muito amigo.

O delegado encarou Pedro e disse: __ Você não vai me esconder que é apaixonado pôr Lúcia vai.

Pedro olhou em volta para certificar que estavam sozinhos e disse com a vós baixa: __Eu amo a Lúcia desde quando ela era uma criança delegado. Mas não é pôr esse amor que eu iria matar o infeliz, Dr., mas ele merecia morrer isso merecia, agora quanto essa descoberta do meu amor pôr Lúcia espero que fique só entre nos dois.

__ Claro Pedro o meu interesse neste caso é só descobrir e prender o assassino nada mais, mas olhando os arquivos eu descobri que você tem um revolver 38 será que eu poderia ver essa arma.

Claro que pode Dr. ela esta um pouco enferrujada, mas ainda atira.

E como você sabe que ela atira, andou praticando tiro ao alvo pôr estes dias. Não Dr. faz mais de um ano que eu dei o ultimo tiro com aquela arma. Ótimo a perícia vai nos dizer quando foi a ultima vez que ela atirou.

Pedro você esta liberado, pode voltar aos seus afazeres e eu vou mandar uma viatura ir buscar sua arma depois de periciada poderá vir busca - lá.

No dia seguinte uma viatura da policia civil foi na casa de Pedro apanhou a arma e dias depois Pedro foi buscá-lo e a arma estava limpa, com certeza essa arma não foi a que atirou no Mário.

O legista retirou as balas do corpo do defunto e era de um revolver trinta e dois e duas balas de garrucha calibre vinte e dois já o revolver periciado pela policia que era do Pedro era um tauros trinta e oito e não encontrando o suspeito o caso foi arquivado.

Quando Lúcia encontrou se com Pedro ela lhe falou: __Pedro, não é justo você estar mandando compras lá em casa, eu trabalho e já fazia tempo que eu sustentava a casa o Mário só entrava com umas migalhas e assim que eu receber do INSS eu lhe pago o trezentos real.

Pedro lhe acariciou os cabelos lindos que Lúcia tinha coisa que com os maus tratos do Mário não tinha conseguido acabar e disse.

__Não! Lúcia você não me deve nada, e nem precisa trabalhar mais cuide de seus filhos e de sua casa que tudo o que eu puder fazer para você não é nenhum sacrifício, mas sim uma satisfação, e assim pôr diante todos os meses a coisa se repetia à compra chegava, junto vinha um envelope com dinheiro, que muitas vezes era até mais que o dinheiro que o próprio INSS lhe pagava e o que o Pedro dava, não era uma cesta básica, mas uma carroça de compras, mais material escolar as crianças tinha retornado a escola, o maior dela também estava estudando e ao mesmo tempo trabalhando e o Pedro apoiando tudo.

Quando podia o Pedro vinha fazer uma visita de inspeção na casa, como ele fazia em todas as suas casas, mas com a casa da Lúcia ele demorava mais, conversava com as crianças e todas gostavam dele e assim se passou se mais ou menos uns dois anos.

Sendo a cidade muito pequena e sendo a distribuição d’água muito precária, lugar para lavar as roupas era comunitária, onde tinha vários tanques e uma ou duas torneiras para abastecer e nesse dia varias mulheres se encontravam ali e também os comentários era vários e Lúcia também estava pôr ali e dona Josefina perguntou a Lúcia assim na bucha.

__Lúcia esse homem já cantou você! __ Ho! Não, Dona Josefina ele é um homem muito respeitador e eu sou uma viúva seria, somos só bons amigos.

__È esse homem gosta de você.(falou dona Margarida). __ A não dona Margarida, nos somos amigos desde dos tempos de escola quando éramos crianças.

__Nenhuma amizade faz o que ele esta fazendo Lúcia, isso é amor mesmo e amor muito velho falou (Rosa) e dona Josefina contra atacou dizendo: __Bem ele gosta de você e você também gosta dele não minta para nos Lúcia.

Lúcia avermelhou-se e com um sorriso meio amarelo falou: __Eu amo esse homem desde quando eu tinha três anos, mas se ele gosta de mim porque nunca de declarou.

__Pode ser que ele seja muito tímido e então cabe a você dar um empurrão nas coisas, quando ele estiver em sua casa se arrume um pouco e crie um bom clima, quem sabe se ele não se declara e se isso não acontecer se declare você em vez dele.

Mas isso é ridículo e muito feio uma mulher se declarar a um homem. __Ridícula mesmo minha filha é viver perto de quem a gente ama sem ser feliz, e Lúcia fez o que dona Josefina lhe dissera.

E pôr três dias ela se preparou para esse acontecimento, mas ele não vinha e só no quarto dia ele chegou, Lúcia sempre o recebia com seu traje simples sem maquilagem, mas nesse dia ela estava radiante, com sua “melhor” indumentária vestida, muito bem produzida e perfumada e mesmo com os maus tratos com que Mário lhe tratara a vida toda nada tirou sua beleza e tudo isso fez Pedro gaguejar enquanto conversava com a mulher e em seu pensamento já ocorreu que outro namorado lhe tivesse saído a sua frente e novamente ele teria perdido de novo seu grande amor.

E num repente de momento Pedro pensou, eu posso até perder de vez, Mas desta eu vou lhe dizer o quanto eu a amo essa mulher, e tirando a carteira do bolso, deu dinheiro as crianças e mandou tomar sorvetes num bar ali próximo e as crianças saíram e ele e Lúcia ficaram ali um olhando para o outro sem nada dizer e foi Lúcia quem quebrou o silencio e disse: __As crianças estão demorando não.

E Pedro disse: É bom que demore Lúcia, eu preciso lhe falar alguma coisa. __Então fale logo Pedro, pois estou escutando as crianças que já estão chegados, isso tudo ela inventou para acelerar o que ele tinha que falar, Pedro falou rápido e gaguejando muito falou: __ LÚCIA EU AMO VOCE A MUITO TEMPO, DESDE QUANDO NOS ERAMOS CRIANÇAS. Na medida em que ele o falava amassava seu chapéu.

Lúcia em resposta pulou em seu pescoço e abraçando, ela lhe beijou igual aquele beijo que ela tinha lhe dado no dia do seu casamento com Mario. Quando se separaram ela lhes disse.

__Pedro eu amo você desde quando eu tinha três anos de idade só casei com Mário, porque pensei que você não me amasse, nisso as crianças chegaram e eles se separaram e Lúcia foi fazer o café para comer com bolinhos de chuva e ai ela disse aos dois mais velhos, o de dose anos e a menina de nove o outro de dezessete anos que estava trabalhando e não estava presente e ela falou vocês sabiam que eu e tio Pedro vamos nos casar.

A alegria se aflorou nos três então abraçaram o Pedro e beijando lhe o rosto ali naquela casa todos estava feliz.

Fazendo o homem se embasbacar, pois ele não sabia que era tão querido assim ali, mas faltava o mais velho e Pedro estava com medo dele não aprovar.

E Lúcia foi taxativa, você esta preocupada com o Pedrinho! ele adora você, ele vai adorar quando souber da noticia e de fato não deu outra o rapazinho vibrou com a noticia.

Em pouco tempo de namoro o casamento saiu e foi nessas núpcias que Lúcia foi mesmo muito feliz, Pedro a cercava ela e as crianças com muito amor e conforto, deu estudos para os quatro filhos dela com o Mário.

Pedro o mais velho se formou em administração de Empresa, o casal mais novo se tornaram advogado, a menina também se casou com um advogado e os três junto com ajuda do Pedro tinham montado um bom escritório de advocacia, os filhos não era dele, mas ele a amava como se fossem e até netos ele já tinha, quando as vizinhas encontravam com Lúcia, elas que conheceram bem o primeiro casamento da mulher falavam, Lúcia com esse homem você esta no céu. E ela.

Sorrindo replicava: __Mas eu sempre amei esse homem, casei-me com outro, pôr puro engano e paguei dezessete anos de minha vida pôr esse engano.

Mas agora sou feliz, como nunca pensei que seria um dia, Deus me premiou. Como Pedro não gostava de ficar parado ele comprou uma fazendinha tipo padrão, que toucava com três caseiros onde ele plantava de tudo, primeiro ele e os filhos o Pedro já casado e Marilis também casada com André e João Carlos solteiro e depois o que sobrava ele vendia.

E sua vida era levantar cedo ir buscar o pão na padaria às seis horas da manha, ele se levantava, colocava a chaleira no fogo baixo e saia para pegar o pão se aparecia um papo, ele já saia dizendo, estou com água no fogo, me aguardando para fazer o café e assim ele se saia das conversas na rua, de volta ele passava o café e ia tomar com sua mulher no quarto.

E depois com um beijinho, ele ia para sua fazendinha. Lá ele mais os caseiros trabalhavam até as três horas, ai ele voltava para a casa com seu carrinho lotado de coisas, produzido da fazendinha, depois de um banho ele ia se sentar na praça num banco que ele mesmo mandara fazer, dai vinham seus amigos e ali se reunião para jogar conversa fora.

Muitos anos se passarão, mas aquele seu amigo da fabrica soube do assassinato do Mário e do casamento do Pedro com a viúva e escreveu para o delegado, contando uma parte da historia.

O delegado já não era nem o mesmo, mas com a carta nas mãos ele resolveu ir ver esse caso...

Pegou a pasta toda empoeirada e levou ao seu gabinete e leu com atenção os detalhes, pôr detalhes todos os manuscritos e lá estava crime de origem desconhecida, no corpo da vitima dectava quatro perfuração de balas, dois nas costa, muito próximo um do outro, o que diz que os gatilhos tinha sido acionado quase em seguida e como era de calibre 22 possivelmente de garrucha os tiros entrou nas costas e saio na frente e saio de atravessado típico de garrucha calibre vinte e dois e mais dois tiro no rosto e na vertical como se esse tiro fosse o de misericórdia, nas costa os tiros estavam quase na horizontal com pequeno ângulo, como se o assassino estivesse prostrado no chão quando atirou já os dois do rosto foi na vertical com o assassino já de pé e a vitima caída no chão .

E achou pôr bem mandar deter o Pedro, para uma averiguação, pois o álibi do Pedro era muito bom e como delegado velho, ele sabia que quem faz um bom álibi é pôr certo o criminoso. Era quase uma da tarde quando o delegado mandou os investigadores irem até a fazendinha deter o Pedro para esclarecimento.

Já era quase três horas, Pedro e um dos caseiros estava cuidando da plantação de mandioca e arrancando algumas para dar aos porcos, quando seu caseiro, lhes disse: __ Seu Pedro tem uma viatura de policia no portão da fazenda, e Pedro foi atender lá os policiais lhe disseram que estavam incumbido de o levarem ele até a presença do Dr. Delegado para uns esclarecimentos.

Ele aceitou com a maior calma e só disse: __Posso ir com o meu carro. Claro seu Pedro, o senhor não esta preso, só detido para prestar esclarecimento ao Dr. delegado sobre ainda à morte misteriosa do seu amigo senhor Mário.

Pedro foi para dentro da casa da fazendinha e ligou para Lúcia dizendo que ia demorar devido ter que passar na delegacia, Pedro entrou junto com os investigadores conversando como bons amigos.

Os policiais largaram o Pedro ali junto ao delegado e saíram para o pátio e o Dr. depois dos cumprimentos perguntou de chofre ao Pedro.

__Senhor Pedro, me diga com franqueza e sinceridade, foi o senhor quem matou o senhor Mário! Pedro ameaçou um sorriso e respondeu: __Mas que pergunta direta Dr. depois de tantos anos.

È de fato é uma pergunta muito direta senhor Pedro, mas pelas investigações da época, foi eliminado assalto, pois nada foi roubado da vitima.

O criminoso ou os criminosos não foi preso o senhor que deveria ser o principal suspeito tinha um álibi perfeito e eu pela minha larga experiência, sei que quem tem os álibis perfeitos são sempre os criminosos, e uma boa testemunha levantou suspeita em cima do senhor.

Parou um pouco observou o rosto de Pedro se aparecia alguma alteração, mas Pedro se mantinha passível como se ele fosse um santo e nada devesse a justiça.

E o delegado voltou com toda a carga dizendo se foi o senhor seria melhor nos contar, porque ajudando a lei, a própria lei pode ajudar o senhor, mas se descobrirmos pôr nossa conta, tudo fica mais difícil, para o senhor e hoje nos temos meios mais cientifico de apurarmos provas, o senhor deve pensar e nos dizer com.

Franqueza se matou e porque o fez e um júri vai julgar, se o senhor tinha ou não motivos para cometer o tal crime.

Pedro com a maior calma do mundo disse, __Dr. não precisa ter todo esse trabalho para procurar o assassino do Mário, fui eu mesmo que despachei o infeliz, para ir tomar café com o diabo mais cedo.

O delegado que já tinha quase certeza que era o Pedro e já esperava pôr essa afirmação, quase caio de costa diante da resposta do Pedro.

E concluiu: __Então seu Pedro o senhor deve ter uma boa historia para me contar. __Tenho sim senhor e das bem cumpridas. __Então me conte seu Pedro, pois eu estou curioso para ouvir.

Eu conto Dr. Delegado, mas ao meu advogado e em Juízo, para o senhor fica só na minha confissão, onde eu já lhes disse que fui eu que matei aquele infeliz, permita me ligar para minha casa e avisar minha esposa que eu estou preso pela morte do Ex. marido.

Mas o senhor não precisa telefonar, pois não esta preso, poderá responder em liberdade este processo. __Não Dr. eu quero ficar preso, até pela minha segurança, os filhos do Mário são todos adultos, e eu não sei o que eles podem fazer com a minha pessoa depois dessa descoberta.

__Bem pensando, assim eu posso deter o senhor pôr alguns dias, mas só pôr alguns dias. E o delegado recolheu o Pedro numa das celas e despachou um investigador para ir à casa do Pedro avisar sua esposa do ocorrido, o investigador ao cumprir a determinação do delegado já contou a alguns amigos, na rua principalmente a um jornalista, pois assim ele faturava uns trocos com o furo jornalístico.

E a própria Lúcia quando soube fez um escarcéu, que todos da rua ficaram sabendo e logo uma pequena multidão se formava na porta da delegacia mas essa multidão, não vinha para condenar Pedro mas sim para apoiar e pedir a sua soltura.

Pouco tempo depois desse ocorrido, o delegado pessoalmente foi avisar Pedro que ele tinha visita. E o homem respondeu se for a Lúcia eu não quero ver, leve ela embora daqui o quanto antes, pois o sofrimento dela deve ser terrível estar casada com o carrasco de seu marido.

Mas Lúcia já tinha invadido o corredor das celas e ouviu o que o marido dizia ao delegado e gritou.

__Não! Pedro eu não saio daqui nem arrastada, e sofrendo estou, mas é pôr você, que esta preso que para mim você não é criminoso, mas um anjo que Deus me mandou para me libertar dos meus sofrimentos, que eu padeci dezessete anos na mão daquele diabo.

Ai o Pedro perdeu aquele seu ar de sorriso e duas lagrimas lhe correram em seu rosto e o jornalista lhe perguntou.

__O senhor esta arrependido do que fez seu Pedro. __Não! Senhor jornalista, nem um pouco, eu matei Mário e o fazia quantas vezes fosse necessária para ver a Lúcia não sofrer mais quanto a mim não me importo, eu já fui feliz ao lado dela mais que suficiente e mesmo preso, eu estou feliz porque sei que ninguém esta maltratando ela.

Lúcia aos prantos pediu a sua filha que era advogada para que fizesse alguma coisa para tirar seu marido da prisão e Marilis lhes disse.

__Mamãe se acalme, meu marido já esta tomando essa providencia. Mas o delegado falou, mas ele não esta preso, à porta de sua cela esta aberta dona Lúcia, ele pode ir embora quando quiser, mas a Lúcia mais sua filha e seu marido o abraçaram e o levaram para a casa.

Lá a enteada e o marido dela já tinham providenciado um colega, um excelente advogado, para defender o padrasto de sua mulher e seu sogro, e esse advogado ao ouvir a historia do Pedro e depois disse não, Pedro essa historia você deve contar para o delegado, pois matar ele o senhor o fez e contando essa historia fica mais fácil eu o defender.

E assim chegou a noite e Pedro foi para o quarto e lá ele e a esposa ficou a conversar, ele lhe dizia que só não matou o Mário antes, porque era um covarde e Lúcia lhe acariciava e também chorava, porque seu amor estava complicado porque fez algo errado, só para lhe salvar de seus algozes.

Passados dois meses, Pedro foi chamado à delegacia para dar seu depoimento e de cabeça baixa ele começou.

Dr. Delegado, eu amo essa mulher desde criança e pôr timidez e medo de perde-lá eu nunca lhe declarei amor. Ai chegou o Mário e a roubou de mim casando se com ela,

E o delegado interferiu e perguntou. __Ai o senhor magoado porque perdeu sua amada começou arquitetar um plano para matar o Mário não foi assim seu Pedro.

__Não, Dr., não foi assim não, porque o meu amor era tonto, que se Lúcia fosse feliz, eu também seria e tanto é verdade que eu dei uma casa para eles morar, sem pagar nada.

__Pedro é do meu conhecimento que dona Lúcia e seu Ex. marido a vitima, pagavam o aluguel, nas investigações a. Gente levantou isso.

__È de certa forma é verdade, Dr., mas o dinheiro eu aplicava em nome de Lúcia e ainda esta no banco. E Lúcia que tudo assistia lembrou-se, de como ela apanhou, quando o Mário descobriu que ela tinha uma poupança e ela nem sabia que tinha uma.

E o delegado lhe perguntou. __Mas então me diga senhor Pedro, quando esse seu ódio para com Mário começou e quando o senhor começou arquitetar um plano para matá-lo com um ótimo álibi.

Eu nunca tive idéia de mata ló mas, o meu ódio começou quando eu descobri que ele batia na Lúcia e a idéia de despachar o infeliz aconteceu quando eu vi com meus próprios olhos a surra que ela levou só porque me cumprimentou um dia quando eu passei na frente de sua casa.

Ai eu achei que o único jeito de livrar ela das mãos de Mário era com a morte dele, mas ele gozava de boa saúde e ai eu tive de dar uma mãozinha para ele ir visitar o Diabo mais cedo.

E ainda assim eu com o Mário na mira, ainda não tive, a coragem de puxar o gatilho e ele como era mais forte que eu ainda me tomou o revolver e me deu um soco na minha cara que me criou um grande hematoma e depois que tomou me a arma ele não me agrediu mais, nem me xingou.

Ai o delegado interrompeu perguntando? __Mas seu Pedro se ele lhe tomou a arma e não lhe agrediu, porque o senhor então o matou e com que arma, visto que o revolver ele tinha tomado do senhor.

Pedro respirou fundo, pediu água, tomou um gole e continuou a falar, ele não me agrediu, mas fez pior que agredir, ele rindo do meu fracasso, disse-me que ia para a casa e ia tirar Lúcia da cama a paulada e que ia quebrar lhe os dentes da frente, para eu saber que de fato ele a batera nela só porque eu tivera a idéia de afrontá-la com uma arma, e isso eu sabia, que ele cumpriria mesmo essa ameaça, virando as costas foi embora para cumprir sua promessa e eu ali prostrado no chão, só podia fazer duas coisas, ou eu atirava nele, ou dava fim em mim próprio e eu assim decidi dar fim nele e atirei com uma garrucha velha, ai ele cai e começou a estrebuchar, eu sabia que de tiro de garrucha ninguém escapa, mas eu não sou ruim e tive dó dele, ali no chão sofrendo e socorrer ele nem pensar, então eu fui obrigado a dar mais dois tiros de misericórdia na sua cabeça, e para isso eu tomei o meu revolver, que ele tinha tomado de mim e estava em sua cintura e disparei duas vezes na vertical.

O delegado disse sua historia é maravilhosa seu Pedro, mas como fez para que a pólvora não deixasse marcas em sua mão. Eu usei luvas de raspa de couro cru senhor Dr. delegado.

É de fato motivo o senhor tinha, mas a gente não deve nunca fazer justiça com as próprias mãos, mas agora nos vamos marcar a reconstituição do crime e depois eu os remeto para o judiciário e ele é quem ira julgar seus atos seu Pedro, agora o senhor esta liberado, só não deve sair da cidade sem comunicar as autoridades.

Na reconstituição o Pedro fez exatamente como aconteceu e pode assim o delegado ter certeza que Pedro falava a verdade. Em reunião com a família, os próprios filhos da vitima, estava apoiando o Pedro, alem dos vizinhos e o delegado disse depois da reconstituição, falou ao Pedro junto com seu advogado que o réu podia aguardar em sua casa ao pronunciamento da justiça.

Pedro tinha contado exatamente onde tinha jogado os revolveres, os bombeiros foram lá e de fato estava no exato lugar que foi mencionado pôr Pedro e com a balística mais a reconstituição e o depoimento de Pedro o delegado encaminhou tudo para o fórum.

Passados dois meses o Pedro foi chamado para depor na frente do Juiz, lá estava o advogado dele pessoa da confiança do marido de sua enteada e dois advogados do Mário contratado pela família do Mario, Pedro entrou sentou se na cadeira de frente para o Juiz e de costas para os dois advogados e o Juiz lhes disse __Senhor Pedro, o senhor esta em julgamento pelo crime que cometeu contra o senhor Mário de Azevedo Sobrinho, e aqui o senhor não pode mentir, mas deve falar somente a verdade, nada mais que a verdade sobre pena de responder pôr falso testemunho. Agora nos conte porque fez esse crime.

Como seu advogado lhe tinha dito que ele tinha que contar tudo, como realmente tinha acontecido ele o fez e pausadamente falou.

Essa historia começou quando Lúcia tinha três anos de idade e eu tinha cinco, nessa época eu já era apaixonado pôr ela, quando ficamos jovens nós muito tímidos, não me declarei para ela e ai o Mário o fez e ganhou ela de mim, eu então pensei que se ela tinha aceitado o amor de Mário, era porque não gostava de mim e ai eu pensei, se ela for feliz, eu também serei tão verdade que até uma casa, eu forneci para eles morarem

To certo que o Mário sempre pagou o aluguel, mas esse dinheiro eu aplicava em nome de Lúcia e aqui esta a caderneta

De poupança em nome dela, porque quando casada com Mário eu não podia lhe dar essa caderneta para não criar dissabor entre os dois e agora casada comigo ela não precisa desse dinheiro, eu mesmo amando Lúcia, era de certa forma feliz, ate que eu soube pelo pai de Lucia, que ele a maltratava todos os dias com surras e espancamento.

Tentei falar com ele, mas foi pior, porque ai ele alegou que ela era minha amante e as surras se intensificaram muito mais. Foi ai que eu tive a primeira idéia de que ela a Lúcia só estaria livre das garras desse marido se ele morresse, mas como ele gozava de boa saúde eu tive de dar um jeito.

Fez uma pausa, respirou fundo e continuou a falar ai eu comecei a arquitetar esse plano que executei, mas mesmo com ele na minha mira, eu ainda não tinha a coragem de apertar o gatilho, até que ele pulou em cima de mim e me tomou a arma, Poderia ter me matado, surrado, mas não o fez ‘ou melhor’ me entregar para as autoridades, mas também não o fez, mas não fez nada disso, e ele me disse, ali quando eu estava caído a sua mercê, que ele iria para a casa e tiraria Lúcia da cama a pancada e ainda para que eu tivesse a certeza de que ele cumprira a promessa, ele quebraria os dentes da frente dela, para eu ver que ele tinha cumprido a promessa, ai eu não agüentei mais e com uma garrucha, eu disparei nas suas costas, dai eu levantei-me e aproximei dele e vi que os tiros tinha sido fatal, mas ele demoraria a morrer e como não sou ruim e não gosto de ver ninguém sofrer nem mesmo um meu inimigo, eu dei os tiros de misericórdia.

O resto os senhores já conhecem que foi o meu jeito de fazer o álibi e tentar escapar sem responder a lei.

Falou isso e abaixou a cabeça. O Juiz autorizou e impressão e Pedro assinou e foi liberado e foi para sua casa lá aguardaria seu processo.

No dia seguinte foi intimada a Lúcia para depor. E o Juiz perguntou desde quando o seu Ex. marido lhe agredia e Lúcia falou.

__Tudo começou com meu erro, quando eu engravidei do meu primeiro filho, eu pedi ajuda ao Pedro para que ajudasse fazer com que Mário não fugisse da responsabilidade de pai, e a partir daí, mesmo casando comigo, Mário achava que o filho era de Pedro e com isso ele me torturava para que eu contasse a verdade, verdade essa que nunca existiu.

A mulher fez uma pausa e o Juiz perguntou, __Senhora esse seu primeiro filho é realmente do senhor Pedro! Não excelência eu amava Pedro desde criança, mas nunca nos declaramos um para o outro, as coisas só aconteceram agora que estou viúva e depois de dois anos e três meses.

E o Juiz tornou a perguntar __E durante o seu tempo de casada à senhora conversava normalmente com o senhor Pedro? __Não! Excelência a única vez que respondi um cumprimento de Pedro, Mário me bateu com violência eu precisei ficar internada para me recuperar da surra, era para eu ter o quinto filho, mas eu abortei, depois de uma violenta surra que o Mário me deu, só porque o Pedro soube através de meu pai que eu estava sofrendo nas mãos de Mário e foi pedir a ele satisfações, tudo isso esta lavrada em boletim de ocorrência na delegacia deve ter dezenas.

Quando ouve o assassinato às crianças eram já bem crescidas e todas conheciam o gênio do pai e o sofrimento da mãe, e depois do casamento com o Pedro a vida deles mudou da água para o vinho e pôr causa disso que todos o perdoaram o seu crime.

Pedro aguardou em liberdade o seu julgamento seus enteados a Marilis com o marido eram bons advogados, mas mesmo assim eles acharam melhor. Arrumarem um advogado neutro. Para a defesa do réu. Os parentes do Mário também arrumaram bons advogados e estes junto ao promotor optaram para colocar os três filhos do Mário, junto aos jurados, na cabeça dos advogados pensavam eles () que os filhos iriam condenar o réu. E os jurados eram num total de treze. No dia do julgamento a cidade, quase parou, todos queriam assistir o desenrolar dessa historia, que já em partes todos já conheciam muito bem, como não havia condições de acolher a todos dentro do recinto foi colocado auto falante, para ser transmitida aos que ficaram fora do fórum. E às dez horas seria começado esse famoso julgamento.

Com todos os presentes à secretaria anunciou que trouxesse o réu, Pedro entrou pôr uma porta lateral estava acompanhado de dois policiais, mas não estava algemado e andava com passos lentos, mas firmes, a escrivã os advogados, tanto de defesa como acusação e os promotores, estavam em seus devidos lugares, na primeira fila de poltronas estava Lúcia sua mulher e Ex. viúva da vitima em julgamento, ele olhou para a esposa e ela estava muito bonita, mas demonstrando no rosto a expressão dos últimos acontecimentos.

Ele olhou para ela e viu algumas lagrima escorrerem pelas suas faces e ele tinha a certeza que essas lagrimas não eram pela vitima, olhou para os trezes Jurados e viu seus três enteados no meio deles, isso o deixou apreensivo, mas agora o que estava feito não estava pôr fazer e o negocio era encarar as coisas como elas iriam acontecendo.

Chegou junto ao seu advogado ele sentou se, não estava nem triste e nem alegre, podemos dizer que ele estava normal.

O secretario pediu silencio e anunciou a entrada do Juiz. __O Eminentíssimo senhor, Dr. Juiz Rodolfo se fará presença para presidir esta seção. Todos se levantaram e o Juiz entrou com sua indumentária característica. Ele era um senhor de meia idade, com as têmporas brancas, rosto carrancudo demonstrando ser muito enérgico, mandou todos sentarem, ouve uns zum, zum que o Juiz batendo com o martelo na mesa, pediu silencio e assim que foi atendido, deu inicio ao julgamento.

O relator se levantou se e começou a ler todo o processo, só para isso ele levou quatro horas, depois disso o Juiz avisou um recesso para um lanche e que voltaria dentro de duas horas.

Assim que retornaram o promotor se levantou e chamou sua primeira testemunha, um rapaz de uns vinte e oito anos de idade Favor entrar o senhor Robson Vieira o moço entrou e sentou se na cadeira, fez o seu juramento sobre a bíblia, e dai o promotor começou a perguntar.

O senhor conhece este homem, e apontou para o réu. __Sim, senhor só de vista, mas conheço.

E quando foi que o senhor o conheceu, __Ha muito tempo atrás, quando nos eu mais alguns amigos tomávamos cerveja junto ao falecido, num bar esse cidadão entrou e disse ao Mário que precisava lhe falar em particular. __E o que o senhor Mário respondeu, Ele disse a esse senhor e (apontou para o Réu) que não tinha segredo, para nos seus amigos e que se podia falar na nossa frente mesmo.

E o promotor lhe perguntou de novo e o que o réu respondeu que era assunto de família e se tratava da esposa do seu Mário e com a insistência do seu Mário para que ele falasse na nossa presença, ele ai falou que não estava gostando do modo que o senhor Mário, estava tratando da sua esposa dona Lúcia.

E que ele esse cidadão, não admitia que Mário a maltratasse. O promotor liberou a testemunha e o primeiro advogado de acusação levantou se e foi inquirir a testemunha e perguntou! __O senhor Mário, a vitima mostrou ciúmes quando da interpelação do réu. (Testemunha falou) __Não, mas nos disse em auto e bom som, que ali se encontrava o amante de sua esposa. O advogado olhando para o Juiz disse, não tenho mais perguntas Excelência.

O advogado da defesa o Dr. marcos já era um veterano, em causa criminal e tinha a fama de nunca perder uma só causa, se ao estuda - lá ele percebia que as chances de perder o existiam não pegava, e todos que eram defendidos pôr ele tinha a quase certeza que era causa ganha.

Levantou - se de sua cadeira sem pressa, passeou pela sala encarando cada um dos jurados e as pessoas ali presentes e parando em frente da testemunha perguntou. __O senhor conheceu bem a vitima, o senhor Mário (perguntou o Dr. Marcos. Advogado. Da defesa.) __HÁ muito tempo senhor, ele trabalhava comigo. (respondeu a testemunha de acusação) __Alguma vez o senhor o ouviuele reclamar da esposa. (perguntou o advogado. Da defesa.) todos nós reclamamos de nossas esposas. Eu não perguntei se o senhor reclama de sua esposa, nós queremos saber se a vitima reclamava. (tornou a perguntar o advogado da defesa) __Ha! Sim muitas. E muitas vezes, inclusive ele nós falava que o seu primeiro filho, não era dele, mas sim do cidadão Pedro e apontou para o réu.

O advogado de acusação gritou: __Protesto Eminentíssimo Dr. Juiz, o advogado da defesa quer confundir a testemunhas.

E o advogado da defesa respondeu não Eminentíssimo eu só quero ajudar a esclarecer o processo, e para isso eu preciso saber se o falecido reclamava da esposa. E o juiz disse __Protesto negado a testemunha pôr favor responda a pergunta. E o jovem disse:__ Reclamava.

E no bar, quando os senhores se encontravam, as despesas eram repartidas ou sós o senhor Mário é quem pagava as contas sozinhas. (falou o Dr. Marcos). __Nós dividíamos as despesas (falou a testemunha) è interessante essa declaração, pois tenho aqui um papel escrito pôr sua mulher, que me diz que o senhor estava passando dificuldade financeira e, portanto não tinha dinheiro para pagar as contas do bar.

O rapaz amarelou e respondeu, È verdade senhor, ele dividia com os outros, eu quase nunca pagava, estava sempre duro, (duro quer dizer sem dinheiro) Mas Desta vez quem gritou foi o Promotor.

__Protesto Eminentíssimo, o advogado da defesa esta confundindo a. Testemunha e ainda esta querendo provocar briga entre o casal, criando problema entre marido e mulher.

E a defesa replicou, __Não Excelência só estou tentando provar ao corpo de jurado, que as testemunha de acusação esta orientado, pela promotoria e advogados de acusação e pôr assim podemos dizer, que jurou dizer a verdade, mas mente para os jurados, fui só eu cortar e ele se perde e fica sem saber o que responder, a esposa dele nada me declarou este papel esta em branco, eu só armei uma armadilha para provar que a testemunha não esta dizendo a verdade.

Eu nem conheço a esposa da testemunha. Mas se as testemunhas não falarem a verdade jamais conseguiremos fazer justiça.

O Juiz disse olhando para o jovem, no banco das testemunhas; __Quando o senhor sentou ai, nos jurou dizer nós só à verdade e sabia que a mentira pode lhe trazer sérios aborrecimentos com a justiça e também aviso à promotoria e a acusação para não instruir as testemunhas.

E o advogado da defesa falou __Não tenho mais pergunta a testemunha, e retornou para sua cadeira. E o advogado da acusação mandou chamar outra testemunha para acusar. Era o senhor Sérgio Nunes.

O homem entrou devia ter uns trinta anos de idade tinha um rosto de homem muito serio.

O advogado da acusação levantou - se e foi inquirir a testemunha, começando pôr perguntar O senhor era amigo da vitima o falecido senhor Mário. __Sim senhor respondeu a testemunha.

E o advogado Dr. Jair falou. __Estava também presente na mesa onde o réu senhor Pedro foi tomar satisfações com a vitima. __Estava. È verdade que o réu o senhor Pedro acertou um murro no Mário. Sim respondeu a testemunha. E o Dr. Jair disse então o senhor confirma na frente deste júri, que os dois a vitima e os réus eram inimigos ferrenhos pôr causa da esposa da vitima.

__E a testemunha pensou () um pouco e respondeu, Inimigo eu não posso afirmar, mas discutiram na minha presença pôr causa da esposa do seu Mário. E o Dr. Jair satisfeito com as duas perguntas disse: __Não tenho mais perguntas Excelência.

O advogado da defesa, Dr. Borges levantou - se e foi até a testemunha e perguntou senhor Sérgio, pode nos dizer se pôr acaso é amigo do réu ali sentado (e apontou para o Pedro). __Não senhor, eu era amigo da vitima o senhor Mário. E o Dr. Borges perguntou. __O senhor sempre se reunia com a vitima para beber. __A gente sempre se reunia, Jogávamos um truco e tomávamos umas cervejas. (truco é um tipo de jogo de cartas intitulado como jogo de azar). É verdade que o senhor Mário sempre pagava sua parte nas rodadas. __Só quando ele ganhava nas cartas, porque ele estava desempregado e quase nunca tinha dinheiro. __E quem cobria as despesas das rodadas. Sérgio respondia sempre era eu, que sempre estava com dinheiro no bolso. E o Dr. Borges perguntou. __Poderia nos descrever o que aconteceu nesse dia, em que o réu foi pedir satisfações ao senhor Mário.

Protesto Eminentíssimo falou o advogado da acusação. A primeira testemunha, já nos tinha dado essa informação. E o Dr. Borges respondeu. __É verdade Excelência, mas também sabemos que a primeira testemunha mentiu e pôr isso eu quero saber da segunda, como esse fato ocorreu de verdade para os jurados fazer justiça ao julgarem os fatos.

E o Juiz respondeu protesto negado à testemunha pôr favor responda a pergunta do advogado. __Bem nesse dia nós não estávamos jogando, mas sim, só bebendo e o senhor ali presente chegou e depois de cumprimentar todos nos, disse a Mário que queria falar em particular com ele, e Mário respondeu que não tinha segredo para nos seus amigos e que o senhor Pedro podia falar ali mesmo e o senhor Pedro insistiu dizendo que o assunto era de suma importância e que se tratava da mulher do seu Mário que era quase uma sua irmã.

Mas como o Mario insistia em que o senhor Pedro falasse ali na nossa frente ele falou que, não admitia Que Mário o a maltratasse, e Mário rindo olhou para nos e respondeu.

Ai amigo acabei de descobrir o amante da minha esposa, e encarando o Pedro, ele disse que como marido, ele sabia como lidar com a esposa, se merecesse carinho ele dava carinho se não ele dava pancada mesmo.

E o advogado da defesa perguntou. __E qual foi à reação do réu na frente dessa resposta. E a testemunha disse: __ O senhor Pedro deu lhe um murro no meio da cara do Mário que o jogou ele com mesa e tudo no chão.

E nós prontamente agarramos o senhor Pedro. E o Dr. Borges perguntou: Então quando o Mário levantou se do chão ele aproveitou o senhor Pedro contido pêlos senhores e deu uma boa surra no réu.

__Nada disso senhor, O seu Mário levantou limpando o sangue que saia do seu nariz e boca e disse: exatamente estas palavras e ai o advogado da acusação gritou Protesto Eminentíssimo o advogado da defesa quer pôr menores.

__Não replicou o Dr. Borges, eu só quero a verdade e gostaria que o senhor Dr. Eminentíssimo autorizasse a testemunha a nos contar essa historia direitinho, como de fato ela aconteceu.

Protesto negado a testemunha, pôr favor continue a explanar os acontecimento, e a testemunha disse: Ele o Mario falou, eu podia baixinho moer você no pau, dar lhe uma surra que nunca mais você se incomodaria com a mulher dos outros, mas bater em você não vai doer em você, e nem vai aplacar a minha raiva, que eu estou sentindo desse constrangimento, que a Lúcia me vês passar em frente dos meus amigos, mas vou agora mesmo para a casa e vou dar essa surra na Lúcia, que tenho quase a certeza que vai doer muito mais em você, do que nela e à medida que eu estiver lhe batendo, eu vou contando para ela porque ela esta apanhando.

E ainda rindo, ele tomou o resto da cerveja que tinha no copo e olhando para os amigos disse: __solte esse pintor de roda pé. E saindo foi embora, e o Dr. Borges disse: __ Excelência não tenho mais pergunta.

E o Juiz dispensou a testemunha e disse batendo com o martelo na pedra. Recesso de duas horas para um descanso e um lanche, levantou - se e saiu.

Passado o tempo de recesso o Juiz foi novamente anunciado e retornou. Ai a acusação mandou chamar a testemunha que tinha acionado o delegado pôr carta, seu nome Jairo ele entrou, Pedro olhou, mas não tinha ódio, em seu olhar, o rapaz percorreu o caminho sentou se ao lado da mesa do Juiz fez o juramento de praxe e o advogado de acusação lhe foi inquirir. Senhor Jairo o senhor era ou é amigo do réu ou da vitima.

O rapaz tornou a encarar o réu e disse, Pedro desculpe me pôr lhe causar estes aborrecimentos, mas achei que era minha obrigação de cidadão.

E como Pedro não esboçou nada, ele olhou para o advogado e disse: __Eu não era e nem sou amigo de nenhum dos dois éramos só companheiros de serviço; e na época o senhor Pedro veio desabafar comigo.

Dizendo-me que ele amava essa senhora, que na época era a mulher do Mário, desde quando ela ainda tinha três anos de idade, amor muito antigo e a perdeu para o Mário, porque ele era tímido e nunca se declarou a ela sua paixão.

O advogado de acusação muito satisfeito com essas respostas disse Excelência não tenho mais pergunta. E rindo ele falou ao Dr. Borges a testemunha é sua.

O advogado da defesa foi até a testemunha e perguntou: __Diante das afirmações que o senhor acaba de fazer e conhecendo os dois, que não eram seu amigo, mas sim colega de trabalho o senhor acha que o réu o senhor Pedro era amante da mulher da vitima.

A testemunha nem pensou para falar e disse. __Não senhor, segundo o senhor Pedro, ela nunca iria se submeter a ser sua amante devido a sua honestidade e a sua formação religiosa.

E o Dr. Borges insistiu, perguntando: __E essa informação o senhor conseguiu como, perguntando para o mesmo se ele já era amante dela.

__Não! Respondeu a testemunha foi eu que dei ao senhor Pedro essa dica, falando que se ela era infeliz com o marido ele podia muito bem, formar com ela um triângulo amoroso, e foi ai que ele me deu essa resposta e ainda complementou que ele também era muito honesto, para trair até mesmo um péssimo elemento como o Mário.

Ai eu fui mandado embora e quando eu soube que o Mário tinha sido assassinado e que ninguém tinha descoberto o criminoso e logo em seguida o Pedro tinha se casado com ela eu deduzi, que poderia ser ele o assassino e avisei o delegado pôr carta, era um tiro no escuro, mas valia à pena investigar.

O advogado da defesa perguntou. __E o senhor fez esse favor a policia, só pôr ser cidadão honesto.

__Não senhor, respondeu a testemunha, é que eu sou um policial e como cidadão e policial é meu dever auxiliar as investigações, sobre qualquer crime.

E Dr. Borges disse, não tenho mais pergunta Excelência. E o Juiz dispensou a testemunha. Agora não tinha mais nenhuma testemunha, da parte da acusação e a defesa começava a chamar suas testemunhas. E mandou chamar dona Alice uma vizinha da casa onde o casal Mário e Lúcia morava.

O secretario chamou, dona Alice Pinheira e a senhora entraram. Sentou se e fez o juramento e o Dr. Borges foi o primeiro a inquirir à senhora. Dona Alice era uma senhora de uns cinqüenta anos aproximadamente e ele perguntou: A senhora conheceu o réu o senhor Pedro.

Que este ali sentado. A mulher olhou nitidamente para o réu e respondeu não senhor, eu só o vi uma única vês. __E quando foi isso senhora perguntou o Dr. Borges. __Foi um dia de tarde, quando esse homem cai na rua em frente de minha casa com ataque cardíaco e fui eu e meu irmão quem o socorremos (respondeu dona Alice).

(Advog.) A senhora sabia que o réu o senhor Pedro quase morreu do coração porque viu dona Lúcia apanhar de seu marido o senhor Mário a vitima neste julgamento.

(D. Alice) disse: __ não senhor, eu vi ele cair chamei meu marido e o socorremos, levando ele para um hospital. (Advogado.) Mas nesse exato momento dona Lúcia estava apanhando do marido à senhora presenciou esse fato. (D. Alice) Bem dona Lúcia apanhar, não era novidade, no bairro, ela apanhava todos os dias, tinha dias que seu marido lhe batia nela o dia inteiro, nós já estávamos até acostumado com esse drama.

(Advogado.) Os vizinhos viam isso e ninguém interferia. (D. Alice) no começo mais ou menos um ou dois anos de seu casamento quando começou o problema à gente interferia, mas descobrimos que era pior, para ela, ele ficava mais bravo e ela que pagava o pato. __Não tenho mais pergunta Excelência falou Dr. Borges.

A testemunha foi liberada para a acusação e quem foi inquirir foi o promotor e lhe perguntou, __Senhora dona Lúcia apanhava quieta ou também batia (promotor).

__O! Não, isso acontecia ao meio de uma briga ela se defendia e também batia, mas ele sendo mais forte a vencia e quem acabava levando a pior era ela com certeza.

(Promotor), mas se ela apanhava desse jeito porque não se separava do marido. (dona Alice) bem como ela sempre contava para nós seus vizinhos, era que ele ameaçava de morte em caso dela se separar dele.

(promotor) não tenho mais pergunta Excelência. O advogado de acusação também não quis perguntar nada e o Juiz liberou a testemunha. E o Dr. Borges mandou chamar a própria viúva e atual mulher do réu para inquirir, ela saiu da prateia onde estava sentada e entrou no recinto do julgamento, sentou na cadeira das testemunhas e o Juiz lhes disse: __Minha senhora aqui a senhora não pode mentir.

Deve falar só a verdade, para que se faça à justiça, a senhora jura. A dona Lúcia jurou e quem a inquiriu primeira foi à acusação que perguntou. __A senhora quando se casou com o senhor Mário a senhora o amava seu marido. (promotor).

Não senhor eu não o amava. (Lúcia). __Se não o amava porque se casou com ele pergunta o (promotor).

Primeiro porque estava passando da idade de se casar, É que eu estava ficando para titia, e moças naquela idade que não se casasse o povo já começava a falar mal, segundo, porque ele insistia em me namorar, terceiro porque ele era mais bonito da turma e todas as meninas davam em cima dele e ele só queria mim. (Lúcia). __A senhora nega que naquela época já amava o réu senhor Pedro. (promotor). __Não, não nego, tão é verdade que hoje estou casada com ele. (Lúcia).

A senhora quando soube que o seu EX marido tinha sido assassinado, pêlo seu atual marido à senhora o condenou ou perdoou. (promotor).

Só nesse momento é que a dona Lúcia parou pensou um pouco e respondeu, fiquei um pouco chateada, pois fui eu o pivô dessas historia e a vida só Deus pode-nos dar ou tira - lá a nossa vida, mas não o considero ele um assassino.

Ele deve ser um anjo, mandado pêlo senhor meu Deus, pois me tirou do meu martírio, que eu vivia. (Lúcia).

__Dona Lúcia a senhora quando apanhava de seu finado marido, apanhava quieta ou revidava os ataques. (promotor).

É claro que eu revidava, sou descendente de italiano, tenho sangue quente, se apanho, eu revido, mas isso o deixava ele mais bravo ainda, e muito mais violento e me batia, mais e mais. (Lúcia).

E quando isso o acontecia o seu finado marido, quando o agredia ele citava que as surras tinham algo em haver com o réu. (promotor).

__Sim ele me dizia que estava me batendo porque o Pedro tivera a ousadia de me defender em publico e isso o fez ele passar vergonha (Lúcia).

__E ele o seu finado Marido tinha motivos para achar que a senhora e o réu eram amantes (promotor)

__Não! Não tinha, eu mesmo não amando ele sempre o respeitei como marido (Lúcia).

E o promotor disse Excelência não tenho mais perguntas à testemunha é da defesa.

O advogado da defesa foi até a testemunha e perguntou. __Dona Lúcia o seu primeiro marido falava abertamente que o seu primeiro filho, não era dele, mas sim do réu, o que a senhora tem para nós contar a respeito disso. (Advogado da defesa).

__Bem! Senhor isso ocorreu, quando eu Ainda era solteira e aconteceu de pôr um descuido eu me engravidar - me do Mário e com medo dele me largar e eu ficar falada eu não tendo coragem o suficiente para me aconselhar com meus pais, pedi ajuda à senhora mãe do Pedro, que ela mandou o Pedro ir falar com o Mário e ai ele ficou com uma pulga atrás da orelha, pensando que o filho fosse do Pedro, mas não era, pois eu só tive relação com o Mário, mas para provar a ele, eu fiz um DNA e lá ficou provado que o filho era de fato do Mário, mas ele usava isso para me espancar dizendo-me que não acreditava nos exames. (Lúcia).

__Dona Lúcia todas as vezes que a senhora apanhava, a senhora dava parte, fazia boletim de ocorrência na delegacia. (advogado de defesa).

__No começo sim senhor, mas isso estava mais atrapalhando do que ajudando, pois ele voltava mais bravo ainda e eu apanhava dobrado e até que eu parei de fazer essas ocorrências, mas deve ter umas vinte, com data de muito tempo atrás. (Lúcia). E o advogado da defesa falou não tenho mais perguntas Excelência, mas gostaria que essa ocorrência constasse nos autos do processo. O Juiz autorizou que fossem incluídas no processo as ocorrências e liberou a viúva que se levantou e foi para seu lugar na prateia.

Esse processo estava já em seção pôr mais de quarenta horas e ainda precisavas ouvir uma testemunha chave da defesa dona Aurora, ela foi chamada e entrou sentou na cadeira das testemunhas e fez o juramento e quem ira inquirir era o advogado da defesa o Dr. Borges, ele foi até a senhora e perguntou: __Dona Aurora a senhora conhece o réu.

(D. Aurora) __Sim senhor e a mais de quarenta anos.

(Dr. Borges) __A senhora é amiga do réu. __não senhor, eu conheço ele porque sou sua inquilina a mais de quarenta anos. (Dr. Borges) __E a vitima a senhora também conhecia. (D. Aurora) Também a vinte sete anos.

(Dr. Borges) Mas como à senhora conheceu ele.

(D. Aurora) ele se tornou meu vizinho assim que casou com a coitada da Lúcia.

(Dr.Borges) __Então a senhora tem alguma coisa para nos contar, sobre o relacionamento da dona Lúcia e seu marido.

(D. Aurora) chiiii se tenho a vida dessa mulher para mim é como um livro aberto.

(Dr. Borges) __Então é verdade que ela apanhava do marido o senhor Mário.

(D. Aurora) Nossa, a vida dessa mulher era um inferno, eu muitas vezes, fui obrigado a segurar o meu marido para ele não ir lá, na casa dela, matar esse Demônio que já foi tarde esse seu Mário. (Dr. Borges) __A senhora poderia nos contar uma só passagem na vida dessa mulher à viúva do senhor Mário.

(Advogado de acusação) Gritou Protesto Eminentíssimo, a defesa quer azucrinar este tribunal, pedindo a testemunha para que conte historia para os jurados.

Não! Excelência replicou o Dr. Borges, eu só pedi para a testemunha contar a nós, alguma coisa para que o jurado não confunda ao fato da senhora ser inquilino e ao mesmo tempo vizinha da vitima.

O Juiz falou __Protesto negado à testemunha deve contar o que sabe para a defesa.

Chiiii se eu for contar tudo, nós ficaremos aqui mais de mês. Mas o senhor pediu um só caso e eu vou citar um de muitas vezes a dona Lúcia, não tinha comida, para dar a seus filhos, eu quebrava esse galho, dando lhe as sobra da minha mesa e quando o sem vergonha do marido dela chegava com o córneo cheio de bebida, E olhando para o Juiz disse: __ Desculpe-me senhor Juiz da palavra córneos e continuou a falar ele brigava com a coitada e jogava a comida fora e assim dona Lúcia e as crianças iam dormir com fome.

(Dr. Borges) __E depois que a dona Lúcia se casou com o réu à vida dela melhorou ou ela ainda continua a apanhar desse também.

(D. Aurora) Tomou fôlego e respondeu, a vida dela melhorou como da água para o vinho, esse seu segundo marido é um santo enquanto o outro era um Demônio, se eu fosse o juiz eu já mandava esse réu, embora cuidar da vida dele e, percebendo que tinha falado novamente bobagem ela pediu desculpa.

__Desculpe senhor Juiz, falei besteira de novo. Todos riram e o Juiz bateu energicamente o martelo na pedra e exigiu silencio e assim que todos atenderam o Dr. Borges disse: Excelência não tem mais perguntas e retornou para sua cadeira e o Juiz falou Recesso para descanso, voltaremos amanhã as dez em ponto.

No dia seguinte tornaram se reunir no foro e os jurados trouxeram os resultados de suas decisões e o Juiz disse: __Que o Réu fique de pé para ouvir a sentença, tudo era silencio ali no foro e o Juiz disse: por treze voto uma inumanidade os jurados declaram, que o réu aqui julgado é inocente e matou para defesa de outra vitima, aqui apurada e que dou a verdade e por isso o senhor. Pedro, esta livre de qualquer acusação desse assassinato e a secção esta encerrada e bateu seu martelo na pedra.

Aqui termina uma historia é inventada, mas se procurarmos dentro do nosso pais iremos encontrar centenas de casos parecido, não que um apaixonado venha matar seu rival, mas sim nossas mulheres serem mortas por causa de ciúmes desmedido dos marido namorado.

As namoradas não devem admiti-los que seu namorado lhe agridão e as casada assim que forem agredidas pela primeira vez dêem parte na policia e se houve uma segunda agreção separem de seus maridos e depois tomem cuidado para não fazerem programa com seus ex marido porque ninguém sabe o que ocorre nos pensamentos dos outros.

QUEM AMA NÃO MATA.

José Teodoro Ramos AB/H/AIII.

É proibido copiar reproduzir partes ou por inteiro sem a devida autorização de seu autor.

FIM

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 02/06/2011
Reeditado em 09/06/2011
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