Em apuros
— Puta que pariu! – Pensei em voz alta.
Uma ninfeta maravilhosa havia acabado de passar próximo da minha mesa.Ela não tinha “ânus”. Tinha “séculus”de tão grande que era sua bunda. Não me lembrava de ver uma mulher tão espetacular como ela há muito tempo.
De repente, Junior, um grande amigo meu que me fazia companhia disse:
— Vixi, fudeu. Olha com quem ela está acompanhada.
Era um brutamontes cujo braço era mais ou menos proporcional a bunda a pouco mencionada. Não deu tempo nem de respirar e o cara já estava em pé ao meu lado.
— E aí rapá! Tu gosta de mexer com a mulher dos outros, não gosta?
Me levantei da mesa com a intenção de me desculpar. Quando dei por mim, já estava literalmente nas garras do corno precoce. O cara me agarrou pelo o pescoço de tal forma que tive de ficar na pontinha dos pés para não ser levantado do chão. Meu desespero aumentou quando percebi a cartilagem toda destruída da sua orelha. Vi que se tratava de no mínimo um lutador de vale tudo.
— Vem aqui pro cantinho que vou deixar sua carinha em forma de cinzeiro – Disse a montanha de músculos.
Ele me arrastou bruscamente para próximo de uma pilastra ainda dentro do bar. Olhei em minha volta e todos estavam lá, apenas observando aquele espetáculo, para minha desolação. Foi quando me dei conta que na mesa do brutamontes havia porções de costela assada, uma das especialidades da casa. E me lembrei que sempre que eu as degustava, ficava com as mãos todas engorduradas.
De repente, um punho enorme serrou-se em minha direção. Julguei estar a um palmo de distância da pilastra. Numa fração de segundos me joguei violentamente para trás escapando assim da mão do meu algoz. Em seguida pendi meu corpo para o lado e vi aquele punho amedrontador sendo esmagado contra a pilastra.
Saí em disparada enquanto ouvia um grito horripilante de dor.
Depois daquele fatídico dia, sempre que eu via um lindo traseiro, me vinha automaticamente a imagem daquele punho.